Piaget e Vygotsky, pais da psicologia cognitiva contemporânea, enfatizam que conhecimento é construído em ambientes naturais de interação social, estruturados culturalmente. Cada aluno constrói seu próprio aprendizado num processo de dentro para fora baseado em experiências de fundo psicológico.
Noam Chomsky revoluciona a linguística nos anos 60 afirmando que língua é uma habilidade criativa e não memorizada, e que não são as regras da gramática que determinam o que é certo e errado, mas sim o desempenho de um native speaker que determina o que é aceitável ou inaceitável. Mais recentemente as ideias de Chomsky passaram a inspirar a metodologia de ensino de línguas na direção de uma abordagem humanística baseada em comunicação e intermediação de um orientador carismático, e com participação ativa do aluno.
Stephen Krashen finalmente nos anos 80 cria o Natural Approach, trazendo ao ensino de línguas estrangeiras as contribuições de Piaget e Vygotsky à psicologia educacional. Em seu livro (Principles and Practice in Second Language Acquisition) Krashen estabelece uma distinção entre estudo formal e assimilação natural de idiomas e conclui que o ensino de línguas eficiente não é aquele que depende de receitas didáticas em pacote, de prática oral repetitiva, ou que busca apoio de equipamentos, mas sim aquele que explora a habilidade do instrutor em criar situações de comunicação autêntica, não necessariamente dentro de uma sala de aula, que enfatiza o intercâmbio entre pessoas de diferentes culturas, e que dissocia as atividades de ensino e aprendizado do plano técnico-didático, colocando-as num plano pessoal-psicológico.
As tendências mais recentes no campo da metodologia de ensino de línguas, seguem uma abordagem psicológico-comunicativa, inspirada na teoria de Krashen e em sintonia com Piaget, Vygotsky e Chomsky.
"Não seguimos nenhum plano didático pré-determinado", diz o orientador pedagógico do centro de idiomas S&K, cujo trabalho harmoniza perfeitamente com a teoria de Krashen. "Não acreditamos em ensino padronizado em pacote para línguas estrangeiras, mas sim no ensino pessoal e individualizado.
"O aluno tem diferentes necessidades e interesses, os quais têm uma grande influência na sua motivação para aprender e, consequentemente, na eficiência de seu aprendizado." (página 8)
Acreditamos também muito mais naquilo que Krashen chama de language acquisition do que em language learning. Procuramos criar condições ideais para que ocorra acquisition, respeitando o ritmo de assimilação de quem precisa de mais tempo, e explorando o talento dos mais rápidos. Não estabelecemos metas nem limites. Cada um constrói seu desenvolvimento de acordo com seu talento, motivação e disponibilidade. Alunos com talento se beneficiam significativamente da nossa abordagem (veja aqui o que significa talento). Temos presenciado na nossa escola pessoas progredirem de um nível TOEFL 0 a um TOEFL 450 (mais do que fluente) em menos de um ano! Assim como também existem as pessoas que demonstram um ritmo lento e um teto mais baixo, não podendo ser submetidas ao mesmo tratamento. Por esta razão qualquer marcha pré-determinada de Livro 1, Livro 2 dificilmente vai se adaptar de forma ideal às características individuais de cada um.
NATUREZA DAS LÍNGUAS
Sabe-se hoje que línguas são sistemas demasiadamente complexos, irregulares e abstratos para poderem ser resumidos e classificados em um conjunto de regras, e compreendidos através de esforço intelectual e estudo formal. Sabe-se também que língua é habilidade e não conhecimento; habilidade desenvolvida como resultado de interação humana, na presença de comprehensible input. Língua é fundamentalmente um fenômeno oral, sendo que communicability e fluency são inicialmente mais importantes do que accuracy, e accuracy é consequência direta de contato com native spoken language e da não existência de affective filters; isto é, deve haver o desejo de imitar e ser igual; deve haver identificação com a cultura.
Apesar da forte ênfase em assimilação natural através de comunicação criativa, não negligenciamos totalmente o estudo formal da língua. Semanalmente os alunos participam de uma aula tipo workshop em que são esclarecidos em suas dúvidas e dificuldades sobre fonética, gramática, interpretação de textos em inglês, etc.."
UMA HISTÓRIA COMUM
Duas pessoas idênticas, com a mesma idade, mesmo talento para línguas e mesma motivação resolveram aprender inglês. Uma foi matriculada num bom curso de línguas, e a outra foi para um país de língua inglesa para morar com uma família e lá se envolver com qualquer atividade. Dois ou três anos depois, entrevistamos aquele que estudou diligentemente no curso de línguas. Ele provavelmente dirá (já ouvi isso muitas vezes):
- A escola é boa, já terminei o Livro X e aprendi muito vocabulário, gramática ... Mas, não sei não, eu tenho um problema, me sinto muito trancado. No contato com norte-americanos, me limito a responder perguntas. Não tenho coragem de puxar um assunto. Quando ligo a televisão na CNN, não entendo nem a metade. Em reuniões com estrangeiros, só me manifesto quando a palavra é dirigida a mim; tenho dificuldade em defender meus pontos de vista, contra-argumentar. Aquelas situações do livro que eu praticava na sala de aula parecem nunca ocorrer na minha realidade.
Diagnóstico: Anos de tempo e dinheiro numa escola que enfatiza language learning e pattern drilling, e adota uma marcha predeterminada atrelada a um plano didático de lições e livros, acompanhado de exercícios repetitivos, resultaram em um conhecimento parcial a respeito do idioma que o aluno entretanto tem dificuldade para transformar em habilidade funcional. Não consegue pensar em inglês. Habilidade truncada. Autoconfiança parcialmente destruída por uma certa dose de frustração e sentimento de inferioridade. Vontade de parar por algum tempo.
Entretanto, quando entrevistarmos aquele que acabou de retornar do país de língua inglesa, depois de 6 ou 12 meses de convívio numa cultura estrangeira, veremos que ele fala com naturalidade, desenvoltura e fluência, embora possa ter algumas limitações de natureza técnica, como vocabulário, determinados tempos de verbo, etc. Pensa em inglês e se sente à vontade na presença de estrangeiros. É uma pessoa que onde ouve inglês sendo falado, é com ele mesmo: tem satisfação de mostrar esta habilidade já adquirida. Facilmente consegue trabalho, inclusive como instrutor em cursos de inglês menos exigentes. Enquanto tiver contato com o idioma, continuará a desenvolver sua habilidade, de forma auto-suficiente.
Se a ele perguntarmos (já que é tão bom em inglês): - Afinal, quando é que se usa o Perfect Tense e quando o Simple Past, ou se lhe perguntarmos para explicar melhor os tais de verbos modais, ele responderá: - Não me pergunta uma coisa dessas, eu não sei nada; nunca estudei isso, eu só sei é falar.
Diagnóstico: Pouco ou nenhum conhecimento a respeito do idioma, porém pleno domínio sobre o mesmo adquirido através de interação humana em ambiente de cultura estrangeira (language acquisition). Sua habilidade pode facilmente ser transformada em conhecimento. Alto grau de desembaraço e autoconfiança. Sentimento de realização e auto-suficiência. Forte vontade de continuar. Inglês sempre fará parte de sua vida.
O ensino de línguas efetivo é aquele que, ou leva o aluno ao exterior, ou busca proporcionar ao aluno uma experiência muito parecida com aquela que a pessoa tem ao conviver em meio à cultura estrangeira, sem viajar. Com a crescente globalização do mundo aumenta a facilidade de convênios com universidades ou outras entidades do exterior. Isso possibilita programas de intercâmbio cultural de vários tipos, colocando alunos de inglês em contato direto com estrangeiros native speakers, e possibilitando assim a assimilação do idioma em situações reais de comunicação. O ensino de línguas efetivo é aquele que proporciona uma experiência de convívio multicultural num clima de descontração e amizade, e não aquele que submete o aluno a um pacote didático pré-determinado. É aquele que possibilita ao aluno encontrar o meio ideal para construir seu próprio aprendizado, adequado a seu ritmo e modelado de acordo com seus interesses.
Sobre o aprendizado de crianças:
A criança, mais do que o adulto, precisa de contato humano. Crianças têm grande resistência ao aprendizado formal, artificial e dirigido. Elas só procuram assimilar e fazer uso da língua estrangeira em situações de autêntica necessidade, construindo seu próprio aprendizado a partir de situações reais. Se perceberem que a pessoa que deles se aproxima fala sua língua mãe, dificilmente se submeterão à difícil e frustrante artificialidade de usar outro meio de comunicação.
Além disso, só crianças conseguem assimilar uma segunda língua com pronúncia exata e isenta de outros desvios. Isto torna a qualificação do instrutor de fundamental importância. Se o instrutor falar inglês com sotaque estrangeiro, e com desvios idiomáticos que normalmente caracterizam aquele que não é nativo, a criança os assimilará, provavelmente para sempre. Portanto, além de habilidade no plano afetivo, o instrutor deve ter um domínio do idioma, equivalente ao de língua materna; melhor ainda se for um falante nativo e tiver dificuldade com a língua materna da criança, pois isto reforça a autenticidade do relacionamento que se pretende construir e possibilita a inversão de papéis fazendo a criança sentir-se por vezes superior e dessa forma desenvolvendo-lhe a autoestima.
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