English Made in Brazil
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Schütz & Kanomata - ESL
NATIVE SPOKEN ENGLISH
 PATROCINADOR
 

ARQUIVO 10 - PERGUNTAS  E  RESPOSTAS  DE  JANEIRO A MARÇO 2000

Este foro é aberto ao público. Todos são convidados a perguntar, questionar, divergir, opinar, ou esclarecer. Mande suas consultas e opiniões para um dos endereços abaixo e nós responderemos com a maior brevidade possível. As mensagens de interesse geral, juntamente com as respostas, serão publicadas com o nome do autor. Consultas em inglês serão respondidas em inglês; consultas em português serão respondidas em português.

As opiniões aqui emitidas não são de responsabilidade do patrocinador deste site.

Conheça aqui a equipe do English Made in Brazil

Q #315: Srs, Procuro por um curso de imersão em São Paulo ou imediações, onde eu possa praticar antes de uma viagem ao exterior. Meu inglês está entre básico e intermediário. Por favor me indiquem algum lugar onde eu possa entrar em contato para conseguir tais cursos. Obrigado. "José Otávio de Souza" <jose.souza*spcorp.com> March 29, 2000
 
A: Prezado José Otávio,
Obrigado por sua participação e desculpe a demora em responder. Cursos de imersão, de uma forma geral, perderam o impulso e saíram da moda quando a moeda brasileira adquiriu um pouco de valor internacional e as companhias aéreas passaram a oferecer preços mais competitivos. Afinal, se é para gastar quase o mesmo, melhor experimentar o verdadeiro do que o faz-de-conta. A montagem de cursos de imersão (bem montados) tem um custo muito elevado, difícil de competir com os programas de ESL no exterior. Nossos patrocinadores oferecem um programa de imersão em Santa Cruz do Sul.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #314: Professor Ricardo e sua equipe,
Gostaria de parabenizá-los pelo excelente site e por mostrar a realidade do nosso ensino de inglês no Brasil. Antes de ler o seu site, me sentia realmente uma fracassada, pois já estudei e ainda continuo estudando muito (em vários cursos...), mas mesmo assim, não consigo me expressar em inglês, nem pensar nem responder a uma simples pergunta. Tudo o que eu sei, não representa nada. Não conseguia achar o porque, estava pensando que não levava jeito para línguas e com vontade de desistir. Mas agora consigo entender que o problema não está comigo e sim no método de ensino. Me identifiquei com várias pessoas que relataram o mesmo problema. Sempre pensei em fazer um intercâmbio nos USA, agora estou realmente decidida a ir. Procurei algumas escolas e optei ir para Toronto (Canadá), pois está financeiramente mais em conta do que ir para o USA. Pretendo passar 2 meses, mas estou em dúvida se é um tempo suficiente para a minha fluência no idioma. Sempre estudei o inglês americano e me disseram que no Canadá predomina o inglês britânico, será que isso poderá atrapalhar no aprendizado? Gostaria que me enviassem uma resposta, e desde já agradeço a atenção de vocês. "Marcia de Sant Anna Rodrigues" <margil*vcnet.com.br> March 25, 2000
 
A: Prezada Marcia,
Obrigado pela visita e pelas palavras de apoio. Você está certa em procurar uma experiência de convívio e imersão na língua e na cultura estrangeira através de uma viagem. Sua escolha de viajar ao Canadá, também é boa, pois o Canadian English desfruta de boa reputação por representar uma combinação de tendências e por ser a língua principal de um país que convive com o bilinguismo há mais de dois séculos. Professores de inglês canadenses são bem recebidos no mundo todo. Na verdade, o Canadian English é praticamente idêntico ao inglês norte-americano falado no norte, o Standard American English, de maneira que você não deverá ter qualquer dificuldade.
Não deixe de ver nossa lista de Escolas de Inglês no Canadá.
Cordialmente, Ricardo - EMB
Q #313: Olá!! Prezados Srs. Essa é a segunda vez que visito a página de vocês e, assim como da primeira, fico muito feliz por contar com o apoio de vós. Desta vez venho pedir orientações sobre advérbios de lugar, maneira, tempo e intensidade; e também o uso dos advérbios de frequência never, rarely e seldom, quando aparecem no início da oração. Gostaria de saber o que há de especial nesse caso, se possível, cite alguns exemplos.
Antecipadamente agradeço!! Adriano Moura <dru*claretianas.com.br> March 22, 2000
 
A: Prezado Adriano,
A classificação das palavras como advérbios, não é totalmente clara nem precisa, devido a sua grande heterogeneidade. Entretanto, de uma forma geral, advérbios são palavras que modificam ou acrescentam significado a verbos, adjetivos e outros advérbios.
Quanto ao tipo de significado que acrescentam, podem ser classificados em:
Adverbs of manner: actually, angrily, badly, beautifully, carefully, casually, certainly, foolishly, fortunately, generously, hopefully, kindly, naturally, officially, probably, quietly, reluctantly, secretly, slowly, stupidly, suspiciously, well, etc.
Adverbs of place or space: abroad, away, everywhere, here, nowhere, somewhere, there, upstairs, etc.
Adverbs of time: afterwards, eventually, immediately, lately, now, recently, soon, then, today, tomorrow, etc.
Adverbs of intensity or degree: absolutely, almost, approximately, barely, completely, enough, entirely, extremely, fairly, hardly, increasingly, just, much, nearly, only, quite, rather, really, scarcely, sufficiently, very, etc.
Adverbs of frequency: always, continually, frequently, monthly, normally, occasionally, often, once, twice, periodically, repeatedly, sometimes, usually, ever, hardly ever, never, rarely, scarcely ever, seldom.
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Alguns advérbios e locuções adverbiais, geralmente aqueles com sentido negativo ou restritivo, podem ser posicionados no início da frase para dar maior ênfase. Esta situação ocorre predominantemente em linguagem formal, e sempre que ocorrer, o verbo será formulado como se fosse modo interrogativo. Ex:
Obrigado a Tarciso Araujo por dois dos exemplos acima.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #312: "Wish" clauses
Olá! Em primeiro lugar, parabéns pelo excelente site. Simplesmente o melhor sobre línguas estrangeiras (leia-se inglês).. Em segundo lugar preciso de sua ajuda; preciso apresentar um trabalho em meu curso sobre "WISH CLAUSES", assunto que já procurei em diversos sites e não encontrei.. Desde já agradeço a atenção e desejo-lhes mais e mais sucesso. Luis Nero <luis.nero*bol.com.br> March 20, 2000
 
A: Prezado Nero,
Espero que as descrições e os exemplos abaixo das diferentes ocorrências do verbo wish possam lhe ajudar.
1) wish + infinitive (meaning of want).
2) I wish you ... (fixed expression used when greeting and meaning good wishes).
3) wish + subordinate clause (meaning regret that things are not different, same as It would be nice if ...).
a) wish + subject +past (a wish about the present)
b) wish + subject + past perfect (a wish about the past)
c) wish + subject + would (a wish about the future)
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #311: Inquietações frente a estrangeirismos
Como professora de Língua Portuguesa no curso de Tradutor e Intérprete de uma universidade em Franca, estado de São Paulo, gostaria, a princípio, de parabenizar a equipe responsável por este site. Não sou uma adepta de pesquisas e consultas na Internet, mas confesso que fiquei surpresa com o trabalho que vocês realizam.
Gostaria de fazer um comentário e obter uma opinião de vocês sobre um assunto que me causa inquietação. É inegável a necessidade de se "dominar" uma segunda língua nos dias de hoje. Não falo de uma língua qualquer mas sim do inglês. Considerando a perspectiva bakhtiniana de língua, em que um sujeito é, ao mesmo tempo, constituído e constituinte de um sistema de linguagem, como vocês julgam os estrangeirismos inseridos na língua portuguesa, principalmente através da informática? O não aportuguesamento não causa uma espécie de escravidão? Não é uma perpetuação de dependência? A língua inglesa não está se tornando um instrumento ainda maior de dominação? Não devíamos pensar o inglês simplesmente como uma possibilidade de ascensão? Por que não aportuguesar? O que vocês pensam sobre essas questões? Conhecem um referencial bibliográfico que trate com mais fundamentação estas indagações? A resposta de vocês é muito importante. Tenho desenvolvido algumas pesquisas nessa área. Caso possam me responder, ficarei grata.
Atenciosamente. Sheila Fernandes Pimenta e Oliveira - Franca - SP <sheila*netsite.com.br> March 9, 2000
 
A: Prezada Sheila,
Não esqueçamos que o próprio inglês já foi "invadido" por vocábulos de origem latina, a maioria galicismos introduzidos durante os cerca de 300 anos de domínio político francês, o que é reconhecido por muitos hoje ter sido enriquecedor não apenas linguisticamente, mas principalmente na organização política e social da Inglaterra. Que perdas isso teria representado para a cultura dos anglo-saxões? É difícil afirmar, mas é difícil também duvidar de que a influência tenha sido positiva. O fato é que foi inevitável, assim como também foi inevitável a morte do latim clássico, o surgimento do latim vulgar, e dele as belas línguas românicas de hoje.
Veja o que David Crystal diz a respeito de estrangeirismos no inglês:
Não nos parece grave a adoção de palavras novas para conceitos novos, principalmente quando ocorrem no plano técnico. O sistema fonológico e a estrutura gramatical de uma língua, praticamente invulneráveis a qualquer influência externa, são tão grandes em importância quando comparados a seu vocabulário, que qualquer alteração mesmo que substancial de seu vocabulário, pouco afetaria a língua em suas características e muito menos a cultura do povo que a fala.
Se a nossa cultura estiver ameaçada, não é pela adoção de estrangeirismos, mas sim pela falta de uma política que valorize a cultura nacional e pela forma escancarada com que nossos meios de comunicação se rendem à produção cultural estrangeira de baixa qualidade.
Em se tratando de línguas, a nós linguistas é reservado o papel de meros espectadores. Qualquer tentativa de prescrição acabará sentenciada ao ridículo pelo tribunal do tempo.

Sobre estrangeirismos no português, veja:
Carlos Albert Faraco. Estrangeirismos - guerras em torno da língua. Parábola Editorial, 2001.

Sobre estrangeirismos no inglês, veja:
David Crystal. English as a Global Language. Cambridge University Press, 1997.
David Crystal. The Cambridge Encyclopedia of the English Language. Cambridge University Press, 1999.

Veja temas relacionados em Inquietações frente à globalização I, Inquietações frente à globalização II e Esperanto.

Obrigado pela participação.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #310: Descobri recentemente seu site e o consulto regularmente para esclarecer minhas dúvidas. Parabéns pelo bom trabalho. Gostaria que me esclarecesse sobre uma frase que tem numa letra de música de Carly Simon (YOU'RE SO VAIN):
I HAD SOME DREAMS, THEY WERE CLOUDS IN MY COFFEE
Gratos Geraldo Foerster <servimar*argo.com.br> March 9, 2000
 
A: Prezado Geraldo,
Letras de música são mais intraduzíveis do que poesia porque além de frequentemente lidarem com significados abstratos, valorizarem o sentido poético e darem margem a livre interpretação, elas ainda têm o fundo musical, a melodia, para valorizar a obra e diluir a importância do texto. O importante é o que o ouvinte sente, ou simplesmente o número de sílabas e a rima. Não é difícil para nós encontrarmos letras de música em nossa língua materna que também deixam de fazer maior sentido se nos perguntarmos exatamente o que significam. Portanto, tente imaginar apenas.
Consultados um britânico de 54 anos e uma canadense de 47, nenhum deles soube dar algum significado especial para a frase acima. Talvez se você se concentrar no contexto em que a frase ocorre, possa sentir melhor a intenção do compositor.
Atenciosamente, Ricardo, Alan & Linda - EMB

Olá pessoal do www.sk.com.br

Uma rápida busca na página oficial da Carly simon (www.carlysimon.com) no link http://www.carlysimon.com/You're_So_Vain.html, explica exatamente o que significa a expressão, pelo menos nas palavras da autora (ou seja, no entendimento DELA). Lá está escrito:

What does "Clouds In My Coffee" mean?

But you gave away the things you loved and one of them was me
I had some dreams they were clouds in my coffee, clouds in my coffee....

"It came from an airplane flight that I took with Billy Mernit, who was my friend and piano player at the time. As I got my coffee, there were clouds outside the window of the airplane and you could see the reflection in the cup of coffee. Billy said to me, 'Look at the clouds in your coffee'." Carly liked the phrase and used that reference to an "illusion" to describe her dreams of having a relationship with the subject of the song.

Espero ter ajudado.
Ronaldo Jappe <ronjappe*yahoo.com.br> July 9, 2013

Obrigado pela colaboração, Ronaldo.
Ricardo - EMB

Q #309: Parabéns pelo site informativo, completo.
Atualmente estou estudando inglês, porém estou com muitas dificuldades, estou lutando para não desistir, o aprendizado está sendo chato, enfadonho, mas quero cursar um pós-graduação, por isso estou tentando. Sei que um dos fatores é que sou tímida e fico muito envergonhada quando não consigo responder o que o professor pergunta eu "travo" e não sai mais nada. Li no site que o ideal são grupos pequenos, o grupo é grande nos primeiro e segundo estágios, tem dias que chega a vinte pessoas. Gostaria de saber se vocês têm cursos pela Internet ou alguma outra sugestão.
Agradecida, "ELISABETH SANTOS DA SILVA" <betesilva*uol.com.br> March 8, 2000
 
A: Dear Beth,
Provavelmente não há nada de errado com você. Habilidade comunicativa em línguas é algo que se desenvolve como fruto de interação humana, e não numa sala de aula com 20 pessoas atreladas a um conjunto de lições e livros. Veja mais sobre isso nas páginas <O que significa aprender Inglês>, <Aprendizado de línguas: retrospectiva> e <Language Acquisition x Language Learning>.
Sobre o que pensamos a respeito de inglês pela Internet, veja <Inglês pela Internet>.
Sobre como escolher um programa de inglês, veja <Como escolher um programa de inglês no Brasil>.
Boa sorte. Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #308: Primeiramente gostaria de parabenizá-los pelo excelente trabalho, e pela ótima qualidade de profissionais que atuam com vocês! Estou precisando fazer um trabalho escolar que pede os seguintes assuntos: Future Perfect e Future Perfect Progressive, mas não tenho encontrado material pra fazê-lo! Eu precisaria somente saber de como são formados, quando se usa e exemplos de uso desses tempos verbais. Ficarei muito grato se puderem me auxiliar!!! Adriano <dru*claretianas.com.br> Mar 3, 2000
 
A: Prezado Adriano,
Obrigado pela visita e pelas palavras de apoio.
Future perfect:
By the end of the year we will have been here for ten years. Lá pelo fim do ano vai fazer dez anos que estamos aqui.
By the end of the year we will have built twenty houses. Lá pelo fim do ano teremos construído vinte casas.
Future Perfect Progressive:
By the end of the year we will have been building houses for ten years.
Lá pelo fim do ano, vai completar dez anos que estamos construindo casas.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #307: Você acha que nunca um não-nativo falará fluentemente o inglês se ele não fizer algum curso no exterior? Por que? Você acha que passar 6 meses nos Estados Unidos sem frequentar nenhuma escola, trará resultados tão positivos quanto entender os noticiários da CNN? "SILVANA N. DA ROCHA" <silbaby.com.br*uol.com.br> Mar 3, 2000
 
A: Prezada Silvana,
Em primeiro lugar, ao estudarmos línguas, não devemos usar os advérbios nunca nem sempre.
Em segundo lugar, os fatores determinantes não são o exterior, muito menos o curso, mas sim o convívio humano em ambientes da cultura estrangeira e as situações reais de interação que dele decorrem.
Pouco adiantaria, por exemplo, você embarcar com uma turma de brasileiros para fazer um determinado curso de inglês no exterior. Vocês teriam apenas um agradável convívio num perfeito ambiente marcado pela língua e pela cultura brasileira.
É sabido também que em famílias de imigrantes nos EUA, sempre há aqueles que não se identificam com a cultura e que preferem o convívio junto de seus familiares. Normalmente são os membros mais idosos da família, os quais podem continuar tendo dificuldade com inglês mesmo depois de 5 anos.
Por outro lado, você pode desenvolver plena familiaridade e domínio sobre línguas estrangeiras sem sair do Brasil, bastando para isso que encontre oportunidades de convívio com a língua e a cultura estrangeira.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #306: Hi people, Just a little doubt: How can I explain to my students why we don't use a preposition before "home" or "downtown" in sentences like: I go home, I'll go downtown. Thanks, Yuri R. Siqueira <ensino*mnemosystem-sc.com.br> Mar 2, 2000
 
A: Dear Yuri,
In a superficial analysis you can divide the transition of the verb "to go" in three different groups:
1st group: go __ - These are predominantly fixed expressions.
2nd group: go to __ - In this group the meaning stresses the action rather than the place.
3rd group: go to the __ - This is an unlimited group. It's the regular way. The expressions here stress the place.
Don't forget to remind your students that languages in general - and English in particular - are predominantly irregular, not controlled by rules, and often illogical. The best way to acquire correctly the above is by getting exposure to the language as it is, like you probably did.
Atenciosamente, Ricardo & Linda - EMB
Q #305: Olá Ricardo, Estou estudando para fazer a prova de Cambridge (FCE) e preciso treinar para o "listening", pois sou péssima! Você poderia me indicar revistas ou livros que tenham fitas para que eu possa ouvir e treinar essa parte?
Atenciosamente, Renata Lemos <rlemos*cenpes.petrobras.com.br> Feb 23, 2000
 
A: Prezada Renata,
Sobre desenvolvimento de listening comprehension, considere o seguinte:
O entendimento da língua na sua forma oral é pré-requisito para as demais habilidades, ou seja, está para o idioma assim como o alicerce está para a casa.
Entender inglês quando falado por um native speaker é uma habilidade fundamental ao domínio do idioma, e depende de exposição ao mesmo. Principalmente no caso de inglês, devido à grande diferença entre as formas escrita e oral do idioma, a dificuldade de entendimento pode persistir apesar de um bom domínio sobre estruturas gramaticais e vocabulário. Alunos com dificuldade de entendimento normalmente aprenderam inglês através de métodos que enfatizam a língua escrita e com instrutores que, embora as vezes competentes, carecem de boa pronúncia, de formas idiomáticas e de linguagem coloquial. Além disto, provavelmente tiveram pouco contato com estrangeiros, nunca viajaram ao exterior ou lá permaneceram por muito pouco tempo. Contato com o exterior ou com estrangeiros pode ser substituído por um instrutor de boa pronúncia e realmente qualificado (TOEFL 600+), e complementado pelo hábito de se assistir filmes em inglês (cobrindo as legendas) e escutar gravações de forma persistente.
Atenciosamente, Ricardo - EMB

Q #304: Studying Linguistics I'd like to learn more about: competence and performance, creativity and productivity, grammaticality and acceptability. "Denise Ferreira Costa" <denise*prover.com.br> Feb 12, 2000
 
A: Dear Denise,
  1) competence and performance - In linguistics, it refers to the distinction between a person's knowledge of his language (competence) and use of it (performance). Performance contains slips of the tongue and false starts, and represents only a small sample of possible utterances. Ex: I own two-thirds of an emu. This is a good English sentence, but is unlikely to occur in any collected sample. The terms competence and performance were proposed by Noam Chomsky in Aspects of the Theory of Syntax, when he stressed the need for a generative grammar that mirrors a speaker's competence and captures the creative aspect of linguistic ability. In Knowledge of Language (1986), Chomsky replaced the terms with I-language (internalized language) and E-language (externalized language). Similar concepts (langue and parole) had been proposed by Ferdinand de Saussure in 1915, who stressed the social aspects of langue, regarding it as shared knowledge, whereas Chomsky stresses the individual nature of competence.
  2) creativity or productivity - In linguistics, creativity normally refers to the speaker's ability to combine the basic linguistic units to form an infinite set of "well-formed" grammatical sentences, most of which are novel, never before produced or heard. This creative capacity of language users to produce and understand an indefinitely large number of sentences is sometimes also refer to as productivity.
  3) grammaticality and acceptability - Grammaticality in linguistics refers to conformity to the rules of a language as formulated by a grammar based on a theory of language description. The concept became prominent with the rise of generative grammar in the 1960s, whose primary aim has been the construction of rules that would distinguish between the grammatical or well-formed sentences and the ungrammatical or ill-formed sentences of a language.It is asserted that for most sentences the distinction is clear to the native speaker. Acceptability is a concept in linguistics that goes a little beyond the concept of grammaticality. It relates to whether a phrase or sentence is not only grammatical but also semantically acceptable to a native speaker. Chomsky's sentence "Colorless green ideas sleep furiously" would be grammatical but semantically unacceptable because it does not make sense, cannot be interpreted, and is not likely to ever occur in the speech of a native speaker
Regards, Ricardo - EMB
Q #303: Dear Mr. Schuetz,
I'm really impressed with your English site level! Congratulations!!! I would like to know your opinion about ...... schools and their teaching method. What do you think of it? Is it worthwhile studying there? Do we really learn through their method? Thank you so much for spending time with me.
Regards, Ana <sampaio*netpoint.com.br> Feb 12, 2000
 
A: Dear Ana,
1) The fact that different schools operate under one name and color and using the same set of books does not mean they are the same. The teaching efficiency will depend significantly on the teacher's personal abilities. If we knew what the teachers' qualifications and experiences are, we would have facts upon which base our opinion. You should be skeptical about schools that do not provide personal information about their teachers.
2) The method used by most of the chain schools in Brazil, including the one you mentioned, is the audiolingual, which was popular in the 50's and 60's. The predominant activities are rote memorization, role playing and structure drilling, as prescribed by the book. These might lead to language-like behaviors, but they do not develop creative behavior and do not result in communicative competence.
Please read O Que É Aprender Inglês? and Como Escolher uma Escola de Inglês.
Regards, Ricardo - EMB
Q #302: Hello, I am writing from Buenos Aires, Argentina, to have a doubt cleared out. I would like to know how you define the word "syllable" from the phonetics point of view? I have been told a Spanish syllable is different from an English one, but no one has ever been able to explain to me what a syllable is and how to apply the term in practice. Some examples are more than welcome. Thank you for your attention. "mauroher" <mauroher*ciudad.com.ar> Feb 11, 2000
 
A: Dear Mauro,
The definition of syllable refers primarily to the spoken language. Therefore syllables are normally defined as a unit of speech and considered important phonological units.
According to The Oxford Companion to the English Language by Tom McArthur, a syllable is the smallest unit of speech that normally occurs in isolation, consisting of either a vowel alone (as in the pronunciation of ah) or a combination of vowel and consonant(s) (as in the pronunciation of no, on, and not). A vowel in the syllable margin is often referred to as a glide, as in bay and low. In English, some voiced consonants can be pronounced alone (mmm, zzz), and may be regarded as syllables, as in middle and midden.
Regards, Ricardo - EMB
Q #301: Tenho 38 anos, e na minha infância não tínhamos cursos de inglês em minha cidade. Já no vestibular começaram meus traumas e bloqueios com o inglês. Tentei entrar em uma escola, e passava a maior vergonha, porque não conseguia entender nada. Desisti. Depois fui tentar novamente, e entrei em uma escola de franchise. Em 6 meses de curso tive 10 professores, comecei a entender alguma coisa... mas a regra da escola era não dar explicações, deveríamos aprender a língua como os bebes... não tive capacidade e desisti, pois o décimo professor tinha sotaque africano, muito difícil de entender... Fui criando um bloqueio cada vez maior, reconhecendo que não tinha capacidade para o idioma. Mas a minha profissão exigia conhecimentos em inglês, e comecei tentando ser autodidata comprando CDs (acabava deixando de lado por falta de tempo). Decidi então fazer um curso de um mês nos USA, cheguei falante e prosa, mas no decorrer do curso quando percebi que falava muito errado comecei a me fechar. Estudava muito, muito, como uma paranóia, mas gravava pouco. Confesso não ter gostado muito do curso, porque as pessoas que eu tinha para conversar eram japoneses, coreanos, israelenses e que tinham o inglês ainda muito pior que o meu. Voltei para o Brasil animada, comprei um livrinho no aeroporto e vim lendo toda prosa. Quando cheguei em minha cidade procurei pela escola de franchise em que já havia estudado para poder continuar o curso. Neste momento tive que fazer um teste porque a escola tinha mudado de dono e eles iriam ver que nível o aluno poderia ingressar. Minha decepção foi total, pois eu deveria refazer até mesmo o semestre que eu já havia feito nesta mesma escola, neste momento tive um bloqueio quase que total, não consigo abrir a boca perto de outras pessoas e o pouco que eu estava falando fui bloqueada. Resumindo, estou desesperada preciso aprender o idioma não consigo (não tenho muito tempo), estou disposta a ir novamente fazer outro módulo nos USA, não sei que tipo de curso devo procurar (quero poder conversar com amigos, sair, conversar em um hotel, restaurante, etc...). Tentei professor particular, mas este não tinha sequência, didática, ficava trazendo textos para lermos... Se você souber de uma técnica ou curso que poderá funcionar a curto prazo, por favor diga-me como e onde. Desculpe pelo tamanho da carta. É que trata-se de um desabafo. Rita <evandro*overnet.com.br> Feb 8, 2000
 
A: Prezada Rita,
Infelizmente não tenho um diagnóstico preciso para lhe dar, muito menos uma solução definitiva para lhe oferecer. A minha opinião, entretanto, é que tem lhe faltado um pouco mais de perseverança, e talvez tenha havido uma demasiada expectativa de resultados. Não esqueça que habilidade em línguas não é resultado de conhecimento acumulado, mas sim de contato humano. Se nos EUA você tivesse estudado menos e dedicado mais tempo para se divertir e fazer amizades, teria talvez desenvolvido mais.
Você também não poderia ter se deixado abater por uma avaliação superficial qualquer, provavelmente infeliz de seu inglês. A rotulação da habilidade comunicativa de alguém em Nível 1, 2 e 3, é absolutamente imprecisa. Afinal o que conta é como você se sente e o quanto consegue comunicar. Deveria ter procurado outro professor que soubesse desenvolver um trabalho mais comunicativo. Um bom instrutor de línguas não precisa tanto de didática, mas sim de habilidades no plano pessoal-psicológico. Saber construir um relacionamento em inglês com o aluno, demonstrar empatia, desenvolver autoestima e autoconfiança no aluno.
Finalmente, sugiro que você considere a possibilidade de novamente estudar no exterior e que leia as páginas <Acquisition x learning>, <O que é talento?>, <Como escolher uma escola de inglês no Brasil> e <A história de José Carlos>.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #300: Hi. Waving through Internet I've found your lovely site and now I have the chance to solve a problem: Which of the certificates are worthier? TOEFL or the Cambridge ones like FCE, CAE and CPE? Thanks in advance, "Rachel Strachicini" <rachels*uol.com.br> Feb 4, 2000
 
A: Dear Rachel,
The North-American TOEFL and the University of Cambridge exams (IELTS, KET, PET, FCE, CAE and CPE) have all the same goal: to evaluate English proficiency of non-native speakers. I don't see much difference between them. If you achieve a score of 600 in the old paper-based TOEFL or pass the CPE, both results indicate the same: that your English proficiency is very good.
A certificate is just an out-of-focus photograph, it's not the real thing.
Regards, Ricardo - EMB
Q #299: Prezado(a) Senhor(a):
Primeiramente muito obrigado pelo excelente site. O material disponível é de altíssimo nível. Por favor me esclareça:
a) Qual foi a influência da Gramática Gerativa na metodologia do ensino de línguas estrangeiras falando especificamente sobre as hipóteses sobre aquisição de linguagem, a análise de erros e a interlíngua?
b) Qual é a relação da Pragmática com o ensino de línguas? Obrigado antecipadamente pela atenção. A informação colhida será usada em um "paper" na minha pós-graduação, portanto, favor mandar as informações necessárias para que se possa citar a fonte. Atenciosamente, Jônatas David de Lima <cultura*baydejbc.com.br> Feb 3, 2000
 
A: Prezado Jônatas,
a) Chomsky, idealizador da Gramática Gerativa, nunca se preocupou diretamente com o estudo das metodologias de ensino de línguas, mas sim com o estudo da linguística pura e sua relação com o funcionamento do cérebro humano. Chomsky revolucionou o estudo da linguística. Como a linguística, junto com a psicologia cognitiva, são os dois alicerces principais das metodologias de aprendizado e ensino de línguas estrangeiras, a influência de Chomsky é inquestionável, porém indireta.
Chomsky sustenta que língua não é um conjunto estruturas adquiridas através do hábito. A característica fundamental da linguagem humana é a criatividade. Portanto, língua é uma habilidade criativa e não memorizada. Competência linguística é resultado de como a mente humana processa experiências de vida através da língua (veja aqui a relação com acquisition). Modelo de competência é o desempenho de um representante nativo da língua e da cultura, através do qual podemos determinar o que é usual ou não usual, aceitável ou inaceitável. A teoria de Chomsky a partir dos anos 60 foi um dentre muitos dos avanços científicos que impulsionaram o movimento em reação à característica mecanicista da metodologia audiolinguística então em voga e predominante até hoje no Brasil. Avanços na área da psicologia cognitiva, entretanto, tiveram uma influência maior nesse movimento. Veja também <Aprendizado de línguas - retrospectiva>.
b) Pragmática é o estudo dos fatores que influenciam nossas opções de linguagem em diferentes contextos sociais, e como essas nossas opções afetam os outros. Expressões populares tais como "captar a mensagem nas entrelinhas" e "descobrir o que está por detrás das palavras" referem-se exatamente àquilo que é o objeto de estudo da pragmática, àquele significado em linguagem humana que está além da semântica.
Portanto, a pragmática está diretamente ligada à questão cultural. Programas de língua estrangeira bem estruturados ou professores competentes não deixarão de apresentar e explorar esses aspectos.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #298: Olá Ricardo,
Estava lendo uma redação de uma amiga que e percebi certas coisas que me confundiram. Por que ela utiliza frases do tipo: I like dancing, going to the cinema, having sunbath... E não: I like dance, go to the cinema, have sunbath... Qual está certo e porque?
Um abraço, Renata Lemos <rlemos*cenpes.petrobras.com.br> Feb 2, 2000
 
A: Prezada Renata,
O sufixo ...ing é frequentemente a forma substantivada dos verbos. Equivalente ao infinitivo (...ar, ...er, ...ir) do português.
Ex: I like dancing = Gosto do ato de dançar. I like dance seria ungrammatical. Veja <Tips on reading>, item 3.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #297: Oi! Gostaria de saber a diferença do not para o no, em que situação devemos usá-los? Ficaria muito grata se respondessem esta pergunta até hoje. Muito obrigada "...." <raulino*msinternet.com.br> Feb 2, 2000
 
A: Prezada .....,
Not é normalmente advérbio, equivalente ao não do português, enquanto que no pode ser advérbio, mas também adjetivo e, neste caso, sem equivalente em português. Ex:
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #296: "a" or "an" before "u"?
Regarding to indefinite articles we use: "a" before consonants and "an" before vowels. I can explain the students that in "hour" we don't pronounce the H and therefore should say "an hour". But what about "unit", "university", "uniform" and "European" that sound like "iu" and we use "a" ? Thank you Yuri R. Siqueira <ensino*mnemosystem-sc.com.br> Jan 25, 2000
 
A: Dear Yuri,
First of all, let's take a look at the function of the "an" variation of the English indefinite article.
When compared to Portuguese, English is a language whose phonology does not accept well the joining of vowel phonemes. While in Portuguese we can merge vowel phonemes forming diphthongs with just about any possible combination of vowels, and even trithongs (ex: Eu e o João vamos ao Uruguai.), in English there are only a few possible diphthongs. The most common phonological descriptions of English will indicate the occurrence of only 3 diphthongs.
Therefore, the function of the "an" variation of the English indefinite article is merely a phonetic one. The consonant /n/ serves the purpose of providing a break between two vowel sounds to avoid the difficult transition from one to the other.
The English palatal glide /y/ in phonology is considered to be a consonant, and as such takes the article "a" rather than "an".
You may not agree at first, but if you analyze carefully, you'll see that when correctly pronounced /y/ represents a little break in the flow of vowel sounds, very similar to Spanish "ll", and somewhat similar to Portuguese "lh".
Regards, Ricardo - EMB
Q #295: Qual a melhor tradução para "A união faz a força"? Encontrei "unity is strength" mas acredito que haja outra opção. Obrigada, Cassandra Camargo <LCOSTA*imf.org> Jan 18, 2000
 
A: Prezada Cassandra,
As seguintes expressões soam melhor aos ouvidos de uma canadense de 47 anos bem como aos de um norte-americano de 31 anos:      There is strength in numbers.
     United we stand, divided we fall.
Atenciosamente, Ricardo, Linda & Franklin - EMB
Q #294: Prezados Ricardo e equipe,
O foro está tão completo que gostaria de ver um livro publicado com todas essas perguntas e principalmente respostas. Tenho certeza que seria um best seller imediato e ainda um excelente manual de referência para alunos e professores de inglês. Melhor ainda, estaria a cada ano sendo atualizado com novas perguntas e respostas. É tão bom podermos ter um livro à mão com tanta informação junta.
Agora tenho uma dúvida e gostaria da ajuda de vocês. Estou cercada de livros de linguística e fonologia. Não consigo atinar para a diferença entre phonemic and phonetic transcription. Poderiam me dar uma explicação e pelo menos 1 exemplo de cada? Sei que a primeira vem entre // e a segunda entre []. Mas quanto ao conceito, qual é a verdadeira diferença?
Muito obrigada, Monica Puntel <puntel*bellatlantic.net> Jan 17, 2000
 
A: Prezada Monica,
A diferença entre descrição fonêmica e fonética está relacionada aos conceitos de fonema e alofone. Alofone são diferentes manifestações de um mesmo fonema. Por exemplo, no português brasileiro, o som do "r" de "rato" pronunciado por um carioca, e o mesmo pronunciado por um gaúcho, embora consideravelmente diferentes, seriam alofones de um mesmo fonema porque a troca de um pelo outro não altera o significado da palavra. Uma descrição fonêmica da palavra "rato" usará um único símbolo para o som de "r", o símbolo representante do fonema, enquanto que uma descrição fonética retratará as diferenças de pronúncia entre os dois dialetos.
Infelizmente programas de email bem como a linguagem html usada na Internet são limitados para trabalharmos com símbolos fonéticos. Mesmo assim, não deixe de ver Vogais Inglês x Português e Consoantes Inglês x Português.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #293: Parabenizo a equipe do English Made in Brazil pela excelente página e conteúdo da mesma. Aproveito a oportunidade para tentar esclarecer uma dúvida e/ou pedir um auxílio. Sou professora e gosto muito de trabalhar com o construtivismo. Porém, na maioria das vezes, não consigo fazer com que minhas aulas de inglês levem os alunos a "construir" - geralmente tudo é dado pronto. Como posso trabalhar com a língua inglesa e o construtivismo juntos? Agradeço desde já pela ajuda! "Jaqueline Bampi" <jjbampi*zaz.com.br> Jan 11, 2000
 
A: Prezada Jaqueline,
Construtivismo é equivalente ao que a linguística aplicada chama de language acquisition: o desenvolvimento de habilidades e conhecimento como resultado de interação do ser inteligente com o ambiente. No caso de línguas estrangeiras, o ambiente apropriado é aquele que oferece convívio com a cultura estrangeira.
Portanto, o desafio consiste em criar-se o ambiente ideal, no qual predomine a língua estrangeira e, através da interação nesse ambiente, o aluno possa "construir", assimilar e desenvolver sua habilidade com a língua. Veja aqui uma definição mais precisa de acquisition, em oposição a learning e leia sobre as teorias Vygotsky e Krashen, que apontam para aquilo que poderíamos chamar de construtivismo no aprendizado de línguas.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #292: Por favor, poderiam me informar se o TOEFL oferecido pelas escolas da rede de franquia .... é o mesmo TOEFL reconhecido internacionalmente? Desde já agradeço e parabéns pelo site que está cada vez melhor. Elsa <arribaelsa*viavale.com.br> Jan 6, 2000
 
A: Prezada Elsa,
O Institutional Toefl e o Pre-Toefl são pacotes vendidos pelo ETS para exclusivo uso interno de empresas ou escolas que desejam avaliar o inglês de seus funcionários ou alunos ou simplesmente treiná-los. Não passam de uma simulação, não são ministrados por agentes credenciados, não têm validade nem reconhecimento internacional e não devem portanto ser confundidos com o TOEFL. Qualquer divulgação do nome TOEFL sem o devido esclarecimento acima, seria desonesto e enganoso para com o público. Veja aqui mais sobre o Institutional Toefl.
Atenciosamente,
Ricardo - EMB
Q #291: Sou professora de inglês e procuro bons livros didáticos para trabalhar com meus alunos de pré escola ao ensino médio. Vocês podem me ajudar? Obrigada Jaqueline Bampi <jjbampi*zaz.com.br> Jan 5, 2000
 
A: Prezada Jaqueline,
Se aprender inglês para você significa adquirir algum conhecimento sobre as estruturas gramaticais básicas da língua, tipo modo interrogativo, verbo auxiliar, presente, passado, etc., nossos conceitos de aprender inglês são muito diferentes, e pouco podemos lhe ajudar.
Entretanto, se aprender inglês significa para você (assim como para nós) desenvolver alguma familiaridade com a língua, preferencialmente na sua forma oral, em situações naturais de convívio, ou em atividades que levam espontânea e naturalmente à comunicação, então podemos lhe sugerir, em primeiro lugar, que se preocupe menos com o material didático.
Para alcançar êxito você deverá explorar o plano pessoal e psicológico, saber cativar sua clientela, conquistar sua amizade, buscar sintonia no plano afetivo, transformar-se numa criança para poder interagir com eles. Talvez liderá-los na elaboração de um projeto qualquer com o qual se indentifiquem e ao qual se dediquem com alto grau de envolvimento. Cartolina, tesoura e cola, ou farinha e ovos podem facilmente constituir-se em materiais mais úteis do que o último lançamento da Oxford University Press.
Lembre-se que línguas são fundamentalmente fenômenos orais e que, especialmente no caso do inglês, contato prematuro com textos são contraproducentes.
Você já pensou em criar na sua escola um ambiente de convívio multicultural? Veja mais sobre isso em <O Papel da Escola na Erradicação do Monolinguismo>.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #290: Gostaria de algum esclarecimento sobre sotaque, pronúncia. Por que é tão difícil perder o accent, mesmo quando há um boa pronúncia, vocês podem definir accent para mim? Há pessoas que falam um inglês belíssimo, porém com um accent que todos notam. O que fazer para minimizar o accent e o que é o accent (quando há boa pronúncia). Many thanks, I highly recommended your site in the Tesol Certificate I am taking. Monica <puntel*bellatlantic.net> Jan 3, 2000
 
A: Prezada Monica,
O uso que o ser humano faz de seu sistema articulatório de sons (cordas vocais, cavidade bucal, língua, etc.) para comunicar-se, varia consideravelmente de idioma para idioma.
Foreign accent, ou sotaque estrangeiro, é a interferência das características fonéticas da língua materna na segunda língua, e não deve ser confundido com diferenças entre dialetos. Por exemplo, se um brasileiro falar inglês, certamente o falará com algum sotaque estrangeiro. Se um gaúcho ou um baiano for ao Rio, será notado pelas diferenças que caracterizam seu dialeto.
Salvo raras exceções, foreign accent é a característica principal de todo aquele que fala uma língua que não sua língua materna. Isto porque é na pronúncia que se manifesta de forma mais evidente e persistente a interferência da língua materna. Esta interferência ocorre em todos os aspectos da pronúncia: na produção dos fonemas <Análise contrastada de sons vogais> e <Análise contrastada de sons consoantes>, na acentuação tônica das palavras <Diferenças entre inglês e português na acentuação tônica> e no ritmo <O ritmo e a redução de vogais>. O grau do desvio varia desde uma leve sonoridade característica, até uma pronúncia que dificulta o entendimento. Enquanto o sotaque estrangeiro não comprometer o entendimento, não há porque considerá-lo um problema, a não ser no caso de professores de línguas. O professor de línguas é um modelo de performance, e como tal deve reproduzir a língua exatamente como ela é. Sua função é equivalente a de um diapasão que se usa para afinar um instrumento musical: qualquer desvio será transferido e provavelmente amplificado pelo aluno. A responsabilidade é maior ainda no caso de crianças e adolescentes, os quais têm a capacidade única de assimilar a pronúncia estrangeira sem desvios. Veja mais sobre isso em <Aprendizado de crianças>.
O momento ideal para o desenvolvimento de uma boa pronúncia numa língua estrangeira é a infância, e, no caso de adolescentes e adultos, é o início do aprendizado, pois desvios de pronúncia tendem a cristalizar-se. É importante também adquirir noções de fonologia para conscientizar-se cedo da existência de diferenças, e identificá-las individualmente. A partir daí, o estudante deve exercitar os novos sons e aplicá-los, gradativamente corrigindo seus desvios já fossilizados.
Thank you for recommending our site.
Atenciosamente, Ricardo - EMB

PERGUNTAS & RESPOSTAS:
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JULHO - SETEMBRO 99  |  ABRIL - JUNHO  99
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