English Made in Brazil
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ARQUIVO 16 - PERGUNTAS  E  RESPOSTAS  DE  JULHO A SETEMBRO 2001

Este foro é aberto ao público. Todos são convidados a perguntar, questionar, divergir, opinar, ou esclarecer. Mande suas consultas e opiniões para um dos endereços abaixo e nós responderemos com a maior brevidade possível. As mensagens de interesse geral, juntamente com as respostas, serão publicadas com o nome do autor. Consultas em inglês serão respondidas em inglês; consultas em português serão respondidas em português. Respostas já publicadas podem sofrer revisões.

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Conheça aqui a equipe do English Made in Brazil

Q#429: A carroça diante dos bois II - mais um exemplo da deficiência do ensino de inglês no Brasil
Olá! Estou com algumas dúvidas sobre a língua inglesa. Ajudem-me, pois não aguento mais decorar os famosos PHRASAL VERBS e as PREPOSITIONS. Sempre que faço alguma prova contendo estes temas, sinto dificuldades. Se vocês puderem me ajudar de algum jeito, ficaria grato, pois perco muitos pontos nas provas com isso.
Também preciso de ajuda sobre as provas TOEFL, TOEIC, IELTS e CPE, pois não sei a diferença entre elas.
Obrigado! "Fernando Bona Santin" <bonasantin*hotmail.com> Sep 30, 2001

Prezado Fernando,
Seu dilema é muito comum e revelador do grande erro no ensino de línguas. O que estão fazendo com você é equivalente a ensinar técnicas avançadas de direção, pelo manual, a pessoas que nunca sentaram à direção de um carro. Prova de que isso é uma absoluta perda de tempo é o fato de que, se você perguntar a um falante nativo de inglês, que naturalmente tem pleno domínio da língua, o que são phrasal verbs e pedir que liste os principais, este provavelmente lhe dirá que não sabe do que você está falando. Faça a sugestão a seus professores de inglês, que visitem o nosso site e entrem em contato conosco para trocarmos algumas ideias a respeito do ensino de inglês.
Sobre os exames internacionais de proficiência, leia nossa página TOEFL, TOEIC, IELTS e CPE.
Atenciosamente,
Ricardo - EMB


Q#428: Preocupe-se menos com a idade e mais com a oportunidade
Boa tarde,
Tenho que fazer uma pesquisa sobre qual a melhor idade para o aprendizado de um segundo idioma por crianças, mas estou tendo dificuldades em encontrar material. Será que vocês poderiam me auxiliar? Alguns dos livros que encontrei me deixaram mais sem rumo do que eu estava antes de iniciar a pesquisa.
Viviane <vimesi*bol.com.br> Sep 26, 01

Prezada Viviane,
Obrigado por sua participação.
Não sabemos lhe indicar mais bibliografia além daquela que você encontra em nosso site. Sugerimos a leitura de nossa página A Idade e o Aprendizado de Línguas, bem como de uma série de perguntas e respostas sobre o tema, as quais você encontra no índice desta seção de perguntas.
Não há dúvida que existe uma idade crítica, a partir da qual o aprendizado começa a ficar mais difícil e o teto começa a baixar. Essa idade crítica parece se situar entre os 12 e os 15 anos, podendo entretanto variar muito conforme a pessoa ou as características do ambiente linguístico. No nosso caso (brasileiros que vivem no Brasil), onde ambientes autênticos de língua e cultura estrangeira são raros, eu diria que não se trata tanto de idade, mas sim de oportunidade. De nada adiantaria colocar a criança cedo em contato com uma língua estrangeira se o modelo oferecido fosse caracterizado por desvios e ausência de elementos culturais.
Atenciosamente,
Ricardo - EMB


Q#427: Inglês pela Internet
Gostaria muito (muitíssimo) de aprender um pouco mais de English on line. Sendo assim, como devo proceder com relação a vocês? Existe professor para que se possa aprender on line? e vice versa?
desde já agradecida ! Imer <Toquefinal2001*aol.com> Sep 24, 01

Prezada Imer,
Nas páginas do site English Made in Brazil, você não aprende inglês. Você aprende como aprender inglês. Nós apenas lhe apontamos o caminho.
Dificilmente alguém aprende a falar uma língua estrangeira com fitas, videocassetes, CD-ROMs ou pela Internet. Para isso você precisa de contato com pessoas que falam a língua que você quer aprender.
Agora, se você já fala inglês parcialmente e quer desenvolver conhecimento linguístico, gramatical sobre o idioma, leia nossas páginas.
Atenciosamente,
Ricardo - EMB


Q#426: Como melhorar a pronúncia
Estou contente em ter encontrado um site tão interessante. Estou estudando inglês há mais de 6 anos, leio sem muitos problemas, entendo quase 90% do que escuto em filmes e televisão, conversas etc. Mas minha pronúncia é horrível. Moro aqui na Suíça e falo também alemão. Tenho uma prova pela frente para obter FCE. O que me recomendariam?. Já tentei falar na frente do espelho. Não sei o que acontece comigo.
Muito obrigada, Silvana König - Switzerland - <mailkoenig*yahoo.com> Sep 19, 01

Prezada Silvana,
Sua dificuldade com a pronúncia do inglês pode estar relacionada a uma acuidade auditiva reduzida. Você já fez uma avaliação audiométrica? É um exame de audição feita por fonoaudiólogos, que determina exatamente o quanto você ouve, assim como um exame de oculista avalia sua visão.
Sua dificuldade pode também estar simplesmente relacionada a uma abordagem que enfatiza o conhecimento a respeito da língua, em detrimento da habilidade comunicativa. Você fala que "estuda" inglês há mais de 6 anos. Este estudo inclui muita prática em situações reais de comunicação? As pessoas com que você interage são falantes nativos de inglês?
Além de avaliar sua audição e de buscar contato com a língua em ambientes próprios, você deve adquirir noções de fonologia. Estude principalmente os fonemas vogais do inglês comparados aos de sua língua materna e tome consciência da falta de correlação entre ortografia e pronúncia. Veja também As Vogais do Inglês e todas nossas demais páginas sobre pronúncia.
Atenciosamente,
Ricardo - EMB


Q#425: A sutil sinalização fonética do verbo to be
Boa tarde Ricardo!
Somos professoras de inglês na cidade de Piracicaba há cinco anos, e o site "English Made in Brazil" nos tem sido sempre uma ótima fonte de inspiração. Parabéns a toda a equipe!
Estamos escrevendo a respeito de uma dúvida sobre o método que temos adotado, que apesar de ter nos trazido bons resultados, notamos que alguns alunos insistem em confundir o uso de Simple Present com o uso do verbo to be. O verbo to be é o primeiro com que eles tem contato nas primeiras unidades do livro, e posteriormente, quando lhes são apresentadas as estruturas de S Present eles utilizam "I'm work..."
Qual seria a melhor maneira de abordar tal problema??
Desde já agradecemos a atenção, Nádia e Aysha <professores*selfidiomas.com.br> Sep 13, 01

Prezada Nádia e Aysha,
O problema que vocês relataram é comum e previsível com alunos iniciantes. É um caso típico de "overgeneralization", em que o aluno assimila uma forma e usa-a indiscriminadamente por falta de familiaridade com outras formas. Decorre normalmente de um trabalho atrelado a um plano didático que pratica excessivamente uma determinada estrutura, deixando outras estruturas "para a próxima lição" ou "para o próximo livro".
Do ponto de vista fonético, nas frases afirmativas, a presença ou não do verbo to be é quase imperceptível aos ouvidos do aluno principiante que está acostumado com a clara sinalização fonética da presença de qualquer verbo em português. Obviamente, a função gramatical de um verbo numa frase é preponderante. Portanto, se faltar onde deveria estar, ou se ocorrer quando não deveria, o erro é grosseiro.
O aluno com este tipo de dificuldade deve treinar o ouvido e a pronúncia, até acostumar-se a perceber a grande diferença funcional deste pequeno detalhe fonético. Vocês podem criar exercícios orais de substituição específicos para resolver esse problema, e adotar como prática na escola de vocês, mais contato com a linguagem natural, que ocorre em situações reais de comunicação, mesmo para alunos iniciantes.
Atenciosamente,
Ricardo - EMB


Q#424: Congratulations for your site. I would like to know the complete rule for knowing the difference between HUNDRED or HUNDREDS, thousand or thousands, million or millions. I already know how to use in most of the situation, but I would like to know the complete rule.
Isn't there a rule for four hundred dollars and four hundreds of dollars?
Can I say that you need OF to use the "s" or OF must be at least "implied"?
Thank you in advance, Leo <leog*terra.com.br> Sep 9, 2001

Dear Leo,
You can interpret it in different ways.

1) Quirk et al. give the following explanation:
When nouns have the same spoken and written form in both singular and plural, the plural form is called 'zero plural'. Quantitative nouns like dozen, hundred, thousand, and million have zero plurals when they are premodified by another quantitative word. Ex:

three dozen glasses
two hundred people
many thousand times
several million inhabitants

Million can take plural -s if no noun head follows:

They want a few hundred
They want ten thousand
They want several million(s)

The plural form is normally used with all four nouns when an of-phrase follows, with or without a preceding indefinite quantitative word:

(many) dozens of glasses
(many) hundreds of people
(several) thousands of spectators
(a few) millions of inhabitants

But the exceptional use of the zero form is common enough:

a few million of us
several hundred of them

2) There is another simpler way to explain the occurrence or not of the plural form with numeral words:
In four hundred dollars, "hundred" is functioning as an adjective, and adjectives are invariable. Compare:

four hundred dollars - four beautiful houses

The occurrence of the preposition of between the numeral and the following noun, makes the numeral stand as a noun. Compare:

four hundreds of dollars - four tables of wood

Numerals can also stand as nouns even when no of-phrase follows but is implied, as you say:

millions are starving

You'll find more about the use of nouns as adjectives in the grammar section of the table of contents of these questions and answers.

I can tell by your question that you believe more in learning than in acquisition (see Acquisition x Learning).
You must face the fact however that, if you know how to use the word in most of the situations without knowing what the rule is, it demonstrates that proficiency is not learned but acquired. Therefore, the recipe that has worked for you is the one you should prescribe to your students.
Regards,
Ricardo - EMB


Q#423: Prezados Professores,
Um site na Internet divulgou recentemente tema que consta também num livro, de que o verbo congratulate só pode ser seguido da preposição "on". Meu professor entretanto diz que "for" também é aceitável. Quem está certo? Elsa <arribaelsa*viavale.com.br> Sep 10, 01

Prezada Elsa,
Tanto o verbo congratulate quanto a expressão congratulations usarão a preposição "on" para fazerem a transição ao complemento. Entretanto, se este complemento for um verbo substantivado ...ing, a preposição preferencialmente usada por falantes nativos norte-americanos é "for".
Ex: Congratulations on your promotion. / Congratulations for doing such a nice job.
Portanto, seu professor está certo.
Atenciosamente,
Ricardo, Nicole (New York), Stacy (Massachusetts) - EMB


Q#422: Prezado Ricardo,
Gostaria de saber se você tem conhecimento de artigos, bibliografias e sites que tratem das vantagens e desvantagens da alfabetização de crianças brasileiras em língua estrangeira. Naveguei pela Internet e também procurei por bibliografia e nada encontrei.
Muito obrigada,
Patricia Dias <csatenas*terra.com.br> Sep 9, 01

Prezada Patrícia,
Se alfabetização para você significa oferecer às crianças contato predominantemente com textos, ou palavras na sua forma ortográfica, seria contraproducente, pois a criança assimilaria desvios devido à baixa correlação entre a ortografia e a pronúncia do inglês. Entretanto, se for oferecido predominantemente contato com a língua na sua forma oral, em situaçãoes reais de comunicação e convívio, ou seja, se a comunicação com a criança for na língua estrangeira e, esta, falada sem desvios, será extremamente positivo para o desenvolvimento da familiaridade da criança com a língua. Veja mais sobre esse tema em O Aprendizado de Línguas pelas Crianças.
Atenciosamente,
Ricardo - EMB


Q #421: Caros conselheiros de Inglês,
Gostaria de parabenizá-los pelo excelente conteúdo desta hp e gostaria de um conselho urgente. Estou estudando bastante e pretendo prestar vestibular para Letras/Inglês em universidade pública mas tenho receio de depois de formado não me tornar um bom profissional, pois não tenho condições de viajar para países que têm o inglês como língua pátria e também por que não tenho convívio com native speakers.
Vocês acham que vale a pena continuar estudando para conseguir este objetivo ou é melhor procurar um bom curso de inglês com especificação para magistério (se é que existe).
Obrigado pela atenção e desde já agradeço, Anderson Faleiro <andersonfaleiro*bol.com.br> Sep 6, 01.

Prezado Anderson,
Se você ainda não fala inglês fluentemente e se seu objetivo não for apenas arranjar um diploma, nem aprender literatura, e se este curso universitário não garantir que você só entra ou só sai dele se, além do conhecimento que vai adquirir, falar bem inglês, é melhor nem começar. Não alimente a esperança de que, além do diploma, vai sair falando inglês fluentemente e sem desvios. O próprio conhecimento metalinguístico que você vai adquirir ficará limitado e comprometido pelo fato de você não dispor da habilidade sobre a língua. Leia mais sobre isso em Deficiências do ensino de inglês no Brasil.
Também duvido que consiga realizar seu objetivo frequentando cursinhos atrelados a uma receita pronta de livros e fitas.
Você tem certeza que não tem condições de viver uma temporada no exterior? Muita gente tem feito isso, seja através de estágios, cursos de inglês de baixo custo, etc. Na Inglaterra, por exemplo, se você estiver regularmente matriculado numa escola de inglês, pode também obter uma permissão de trabalho temporário.
Na cidade onde você mora não existe nenhum programa que ofereça ambientes multiculturais de convívio, onde você possa ter contato com falantes nativos? Sobre isso, leia nossa página Como escolher um bom programa de inglês.
Indiscutivelmente, fluência (sem desvios) na língua estrangeira é pré-requisito para um professor de inglês. Características de personalidade apropriadas e formação acadêmica seriam as qualificações complementares. Você encontrará mais informações sobre as qualidades de um bom professor na mesma página.
Atenciosamente, Ricardo - EMB


Q #420: Dizer que o site “English Made in Brazil” é bom, já tornou-se redundante. Vocês são maravilhosos. Parabéns. Sou leitora número um.
Minha dúvida:. Sou formanda do curso de Letras Inglês em uma Universidade Federal brasileira, portanto professora de Língua Inglesa como Segunda Língua. Meu contato com a língua estrangeira vem do período de quatro anos na academia e de alguns cursinhos, onde já desisti de estudar devido às falhas que apresentam.
Concordo que o caminho para se aprender uma segunda língua não passa pela realização de muitos exercícios gramáticas, ou leituras de textos, programas de tv a cabo etc. Mas onde fica a relevância das maravilhosas publicações de vocês sobre pronúncia, escrita, leitura, etc. Isto tudo, se bem aproveitado, não será de grande ajuda? Porque o nome do site é “English Made in Brazil” já que quem deseja realmente aprender o inglês deve sair e estudar fora? Quando vocês escrevem sobre o perfil de um bom professor é desestimulante para mim porque não poderei morar 2 anos em país de língua inglesa pois sou casada e tenho duas filhas, uma de um ano e meio. E então, nunca poderei ser uma boa professora? Penso em esperar que minhas filhas cresçam para viajar por um ou dois meses. Onde poderei estudar por este curto período? Por favor não sugirem que mude de profissão. "didapvh" <didapvh*bol.com.br> Sep 2, 01

Prezada Dida,
Obrigado por sua participação e por suas palavras elogiosas.
Sobre o desenvolvimento da habilidade com a língua falada, não há dúvida de que a melhor maneira é a imersão total em ambiente da língua. Atualmente, a alternativa mais econômica é o Canadá. Além disso, você pode procurar falantes nativos em sua cidade para manter contato com a língua.
Sobre a relevância dos nossos materiais de ensino, sabemos que eles são úteis a quem se interessa em adquirir conhecimento sobre o fenômeno da língua inglesa. Não se esqueça, entretanto, que desenvolver habilidade sobre uma língua e adquirir conhecimento sobre a estrutura da mesma, são duas coisas diferentes. Com certeza, o que a maioria precisa, é desenvolver a habilidade comunicativa em inglês. Habilidade, aliás, que cursos superiores de Letras deveriam proporcionar. Sobre isso, leia Uma Deficiência de nosso Ensino Superior.
Sobre o nome English Made in Brazil, ele surgiu de um comentário feito pelo Prof. Dave Sperling em 1996, quando o EMB foi colocado no ar. O Dave provavelmente achou paradoxal o fato de num país latino-americano de língua portuguesa estar se produzindo conceitos e materiais sobre o ensino de inglês em sintonia com o que se estuda nos departamentos de linguística aplicada nos EUA.
Nós, entretanto, encontramos no nome um sentido de orgulho por podermos mostrar que aqui também se produz conhecimento. Além disso, se você ler nossas páginas O Papel da Escola e O Papel do Governo, verá que demonstramos ser fácil produzir inglês no Brasil através da criação de centros de convívio e de intercâmbio cultural dentro de escolas brasileiras para que não seja necessário ir ao exterior, colocando ao alcance de muitos aquilo que hoje é privilégio de poucos, e fazendo todos então jus ao nome English Made in Brazil.
Atenciosamente,
Ricardo - EMB


Q #419: Olá pessoal! Que bom que vocês estão aí!
Me chamo Priscila e estou fazendo pós graduação em ensino de Língua Inglesa.
Como trabalho de pesquisa terei que desenvolver uma Action Resarch e optei por desenvolver um trabalho voltado para o auto-estudo, aperfeiçoando o meu Listening e Speaking.
Estou precisando de ajuda no sentido de indicações de sites, livros, teses, dissertações que abordem o auto-estudo de L2, bem como os métodos eficientes de desenvolvimento de Listening e Speaking em auto-estudo.
Obrigada pela atenção. Priscila Freitas <priscila*comnt.com.br> Aug 29, 01

Prezada Priscila,
Língua é essencialmente fruto de interação humana. Portanto, nunca é auto, mas sempre inter. A substituição de uma das partes da interação por uma máquina descaracterizará o ato na sua natureza.
A pessoa pode praticar e desenvolver a habilidade de compreensão oral (listening) através de materiais gravados ou TV. É isto inclusive que a metodologia audiolinguística dos anos 60 e ainda hoje inspiradora da maioria dos cursinhos preconiza. Esta forma de contato e de exercício com a língua, entretanto, carece do elemento criativo, parte fundamental do ato comunicativo. É uma via de mão única que serve apenas como complemento esporádico.
A eficácia de um esforço complementar com materiais gravados dependerá significativamente do grau de interesse para o aluno da informação contida na gravação. Por exemplo, se alguém que aprecia literatura norte-americana e já leu a obra "Grapes of Wrath" de Steinbeck tendo apreciado-a profundamente, se dedicar a escutar a versão gravada do livro, terá um alto grau de motivação e aproveitamento.
Não sabemos lhe indicar bibliografia sobre o assunto nem sites na internet, mas sugiro que você pesquise o método audiolingual.
Atenciosamente,
Ricardo - EMB


Q #418: A carroça diante dos bois I
Meu nome é Graziela. Eu gostaria de ter algumas informações a respeito dos verbos auxiliares para passado (did), presente (do, does) e futuro (will). Estou estudando o terceiro nível da minha escola e sinto muita dificuldade nessa parte do aprendizado. Antecipadamente, muito obrigada. <LUIZGABI*msn.com> Aug 28, 01

Prezada Graziela,
Você está tendo dificuldades porque não nunca teve contato suficiente com a língua falada para desenvolver um pouco de familiaridade com a mesma. Mesmo que lhe explicássemos o funcionamento dos verbos auxiliares, você continuaria encontrando dificuldades de outro tipo qualquer.
Não se esqueça que acumular conhecimento memorizado sobre a estrutura gramatical de uma língua e adquirir habilidade comunicativa sobre essa língua na sua forma falada, são duas coisas diferentes. A habilidade não depende do conhecimento, mas este sim, depende muito de familiaridade com a língua, senão torna-se extremamente frustrante.
Sua escola parece estar fazendo o contrário do que deveria fazer.
Se você quiser saber mais sobre isso, leia Assimilação Natural x Estudo Formal e O Papel da Escola na Erradicação do Monolinguismo.
Boa sorte em seus estudos.
Atenciosamente,
Ricardo - EMB


  Q #417: Olá, gostaria de saber se o exame CPE é reconhecido pelo MEC e se há possibilidade de me tornar professor com este certificado? Obrigado, Erlon <mondeo7*hotmail.com> Aug 28, 01

Prezado Erlon,
Obrigado por sua participação e desculpe a demora em responder.
O CPE é apenas um exame de avaliação de proficiência, o qual se propõe unicamente a medir o nível de competência do aluno no momento em que os testes forem aplicados. Não é um certificado de qualificação profissional.
Em segundo lugar, caso fosse reconhecido pelo MEC, na nossa opinião isso não representaria grande mérito a julgar pelo que se vê naquelas áreas em que existe a interferência do MEC. Exemplo disso são muitos dos egressos de cursos de Letras, com diplomas de professores de inglês reconhecidos pelo MEC, que sequer falam a língua sem evidentes desvios. Veja mais sobre isso em Deficiências do ensino de inglês no Brasil.
Em terceiro lugar, para se tornar um bom professor, você não dependerá de certificados, reconhecidos ou não por autoridades, mas sim de proficiência na língua e na cultura, de qualidades de personalidade e, se possível, também de uma boa formação acadêmica na área da linguística aplicada.
Leia O que é um bom instrutor de língua estrangeira.
Atenciosamente,
Ricardo - EMB


Q #416: Caros colegas: Analisando o ensino da língua inglesa na escola pública, deparamo-nos com muitos problemas. Salas numerosas, desinteresse por parte dos alunos, professores inabilitados, etc. Uma dúvida que tenho é com relação ao livro. Por que na maioria das escolas, só o professor tem seu livro? Qual metodologia que ampara esta situação? Ou se é um descaso por parte da secretaria de educação em relação a língua estrangeira? Professora Mestranda Marici H. de Lara Ferreia. <heron*itapevanet.com.br> Aug 22, 01

Q #415: Olá, Gostaria de saber se poderiam me ajudar com relação a uma dúvida colocada por um aluno. Por que algumas cidades nos Estados Unidos têm nomes começando com San e outras com Saint? Por exemplo: San Francisco and Saint Peter. Há alguma explicação? Muito obrigado, Augusto Ferreira <gutonline*ig.com.br> Aug 17, 01

Muito obrigado por responder meu e-mail.
O motivo pelo qual tenho me esmerado em responder a meu aluno é o fato de que, em português, há uma explicação para Santo e São. Santo é usado antes de nomes que começam com vogal (Santo Antônio, Santo André...) enquanto São é usado antes de nomes que começam com consoantes (São Pedro, São José...). Porém, em inglês, não consegui encontrar uma explicação semelhante.
Seria possível que San Francisco ou San Diego sejam nomes hispânicos enquanto Saint seja a palavra em inglês?
Muito obrigado por sua atenção e ajuda!
Augusto Ferreira

Você provavelmente está correto. Entretanto, no caso do português, aqui no Rio Grande do Sul tem uma cidade chamada Santo Cristo, só para não deixar sua regra sem exceção.
Nós é que agradecemos pela colaboração.
Ricardo - EMB

Q #414: Primeiramente parabéns pelo site, gostei bastante. Tenho um dúvida com a pronúncia da palavra "utilize". Como devevos falar, (iutiláize) ou (iutílize)? Como posso achar a pronúncia das palavras em inglês? Obrigado, Rogério Lima <rogeriorlima*hotmail.com> Aug 13, 01

Q #413: Prezado Ricardo:
Primeiramente, gostaria de parabenizá-lo pelo site. É excelente.
Pergunta: Aqui na minha cidade há duas escolas de inglês, as quais utilizam o livro New Interchange. Já visitei as duas escolas e os professores parecem ser bons. O problema é com relação a carga horária; em uma escola, a carga horária é de 6 horas semanais, e a duração total do curso é de 3 anos. Na outra, a carga horária é de 8 horas semanais, e a duração do curso é de apenas 1 ano. Esta é a minha dúvida - é possível aprender inglês em apenas 1 ano, com esta carga horária, ou na sua opinião são necessários 3 anos, com a carga de 6 horas semanais. Qual escola você escolheria? Wagner - São José dos Campos/SP <toroque*ig.com.br > August 5, 01

Q #412: Hi! Gostaria de conhecer algum método recente para o ensino da língua estrangeira na pré-escola. (inglês para crianças do 1º período ao C.A.) Thank you! Gislane - Campos/RJ <Gi17gi05*aol.com> August 5, 01

Q #411: Olá pessoal do English Made in Brazil! Pesquisei os modelos de dicionários eletrônicos Franklin que vocês indicam e descobri um outro modelo:
Vocês conhecem este modelo? Também é bom? Me interessei pois este modelo é bem mais barato. Mais uma vez, muito obrigada pela atenção. Um abraço, Rosimeire Rodrigues Vieira <ROSIRV*embratel.com.br> July 31, 01

Q #410: Seria possível vocês me indicarem algum site ou alguma bibliografia sobre educação de línguas estrangeiras (principalmente o inglês) para deficientes auditivos ou visuais? Tenho muita dificuldade em encontrar esse tipo de material ou até mesmo dicas de profissionais da área. Antecipadamente agradeço... Cristiane Paladini Tietê - SP <novicarebelde*hotmail.com> June 9, 01

Q #409: Eu faço curso há seis anos no momoento despertei o desejo de ensinar , estudo agora para fazer o FCE , tenho possibilidade de ensinar até que nível ? Agradeço antecipadamente <marceloloan*bol.com.br> July 24, 2001

Q #408: Motivação no aprendizado
Olá a todos deste maravilhoso site.
Preciso escrever um artigo sobre motivação em ESL para minha matéria de mestrado "Abordagens de Ensino de Línguas" e gostaria de saber se vocês podem me indicar algum site, artigos ou bibliografia p/ tal tópico. Muito obrigada e um abraço. Sílvia <macario*travelnet.com.br> July 21, 01

Q #407: Globalização e convergência de línguas
Organizadores do site English Made in Brazil:
Leio sempre que posso as reflexões que desenvolvem no site citado. Mas com relação ao inglês no contexto mundial, algo me incomoda na maneira como vocês o colocam. Consideremos essas afirmações:
Por que o inglês foi o idioma "coroado" para ser esta língua? Estaria predestinado? Tem ele algo que os outros sistemas linguísticos não têm? Representa ele uma língua de interesse para todos os povos atualmente? Será que não caberia abrir mais espaço para outros interesses, para outras línguas e culturas? O espanhol, para citar um exemplo, tem hoje um número de falantes e de penetração mundial muito próximo ao do inglês. 40% dos Estados Unidos fala espanhol, inclusive! E essa cifra vem crescendo paulatinamente. O interesse pelo espanhol em Norte América é muito grande e vejo como o acesso às culturas hispânicas tem mais sentido para os norte-americanos (incluindo os canadenses) através do espanhol, e não do inglês.
A China tem o maior número de falantes do mundo, mas claro, só se fala mandarim na China. Mas não é curioso como quase TODOS os produtos consumidos por nós (em todo o mundo) são da China? Se um dia a China se levanta e resolve fazer seu imperialismo linguistico...
Penso que essa projeção otimista com relação ao inglês tem um caráter claramente político-econômico. Assim como um dia o latim foi essa língua universal, o inglês também tem e terá o seu período. Mas não seria apenas um período?
Iria um pouco mais longe: se hoje vivemos um momento em que o contato entre os povos e suas culturas é de grande relevância, por que não pensarmos não em UMA língua que unifique, mas na língua DO OUTRO. Por que não pensarmos que não apenas há necessidade de que todos aprendam inglês, mas também aprendam espanhol, francês, italiano, japones, mandarim, árabe, etc.?
Se me permitem dar um depoimento pessoal, sempre me senti "pressionada" a aprender inglês. Mas tenho dentro de meus interesses, outras línguas estrangeiras. Sinto que as culturas de língua inglesa se colocam de forma bastante dominadora sobre outros povos e se dão um valor quase absoluto dentro de todo o universo linguístico que temos.
Eu me sintiria bastante analfabeta, ainda que dominasse o inglês perfeitamente, se não pudesse dominar também outras línguas e conhecer outras culturas. Me sentiria pior ainda, se a "escolha" pelo inglês não fosse voluntária e dentro de um contexto democrático.
Um grande abraço. Aguardo sua opinião.
Maria Angélica Mendoza <mmendoza*telusplanet.net> July 10, 01

Mas, se além de constatarmos o fato, quisermos especular o futuro e fazer uma projeção, temos que primeiramente considerar que à época do latim, por exemplo, a realidade do mundo não era a mesma de hoje. Enquanto que naquela época as legiões romanas atravessavam a Europa a cavalo e a pé, praticamente todos eram analfabetos e não havia material impresso, nós hoje compramos, vendemos, investimos recursos financeiros e acompanhamos o desenvolvimento científico do mundo pela Internet, sem sair de casa. Portanto, qualquer comparação com o latim fica prejudicada. Se a adoção do inglês ou de uma variedade de inglês que ainda venha a se desenvolver, como língua comum entre os povos virá a prevalecer ou não, o tempo dirá.

Aqui, no plano das conjecturas, me parece importante fazer uma análise diacrônica e refletir sobre a possibilidade de convergência no movimento de evolução inerente a todas as línguas. O mundo antigo se caracterizou pelo desenvolvimento divergente das culturas humanas resultado de aumento populacional, dificuldade de locomoção, inexistência de imprensa até o século 15 e inexistência de telecomunicações.

O mundo moderno entretanto, a partir das revoluções industrial e tecnológica, nesta virada de século, já começa a mostrar uma forte tendência convergente. À medida em que bilinguismo se tornar uma realidade comum por força da globalização do mundo, começará a ocorrer inconsciente e inevitavelmente uma convergência na forma de estruturar o pensamento, isto é, as línguas das comunidades locais começarão a se transformar de maneira a ficarem mais parecidas com a língua da comunidade global, ao mesmo tempo em que essa irá incorporar elementos das demais culturas, numa gradual mas inexorável neutralização de diferenças. Dessa simbiose multicultural poderá emergir uma linguagem internacional única, mais uma vez não por imposição de governo, mas sim por evolução natural.


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ÍNDICE
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