English Made in Brazil
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Schütz & Kanomata - ESL
NATIVE SPOKEN ENGLISH
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ARQUIVO 7 - PERGUNTAS  E  RESPOSTAS  DE  ABRIL A  JUNHO 99

Este foro é aberto ao público. Todos são convidados a perguntar, questionar, divergir, opinar, ou esclarecer. Mande suas consultas e opiniões para um dos endereços abaixo e nós responderemos com a maior brevidade possível. As mensagens de interesse geral, juntamente com as respostas, serão publicadas com o nome do autor. Consultas em inglês serão respondidas em inglês; consultas em português serão respondidas em português.

As opiniões aqui emitidas não são de responsabilidade do patrocinador deste site.

Conheça aqui a equipe do English Made in Brazil

Q #234: Através desta, quero parabenizá-los pelo ótimo trabalho desenvolvido, pois foi de grande utilidade para minhas pesquisas. Bom, faço curso de inglês mas ainda estou no início. Aprecio demais a língua inglesa, porém tenho uma dificuldade: possuo o hábito de traduzir ao pé da letra e pensar em português ao falar e ler textos em inglês. Se puderem orientar-me quanto a esta dificuldade, seria de grande ajuda. Agradeço-os a atenção e, mais uma vez, parabéns!! Adriana da Mata de Miranda <admiranda*openlink.com.br> Jun 22, 99
 
A: Prezada Adriana,
A mente da pessoa monolíngue só funciona nas formas da língua materna. O desafio de se aprender uma língua estrangeira consiste exatamente em conseguir funcionar, estruturar o pensamento nas formas dessa segunda língua. No princípio de forma rudimentar, mas à medida em que desenvolve familiaridade, de forma cada vez mais apropriada. Este processo, entretanto, só ocorre enquanto a pessoa estiver exposta a situações reais de interação humana, imersa em ambientes da língua e sua cultura. Portanto, se você não puder viajar e permanecer um tempo no exterior para assimilar a língua estrangeira, procure um programa que lhe ofereça um ambiente semelhante aqui.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #233: Amigos,
Existem regras que permitam a identificação das palavras inglesas em que devemos pronunciar o "i" como [ ay ] ? Já fiz essa pergunta até para alguns norte-americanos e ingleses, mas não obtive nenhuma resposta completa ou satisfatória. Constatei até casos de pronúncias dúbias, como na palavra "director". []'s "Renato Guedes" <renato*ars.com.br> Jun 18, 99
 
A: Prezado Renato,
O assunto que você está abordando refere-se à questão conhecida por correlação entre ortografia e pronúncia. No caso de estudantes de inglês como língua estrangeira, este assunto também é conhecido por spelling interference. Veja Interferência Ortográfica.
É fato notório a fraca correlação entre ortografia e pronúncia no inglês. De todas as línguas européias, é a que apresenta a correlação mais fraca, sendo que o problema ocorre principalmente no plano das vogais. As ocorrências de uma ou de outra pronúncia são predominantemente aleatórias, não permitindo categorização e formulação de regras. Portanto, não há regras. Veja por exemplo a letra que você citou: o "i". Podemos facilmente encontrar 6 fonemas (pronúncias) diferentes, por ele representados na grafia:
Entretanto, examinando apenas palavras monossilábicas, vamos encontrar uma certa regularidade que permite traçar uma regra. Veja Regras de Pronúncia.
O caso da palavra "director" é de duas pronúncias possíveis, assim como a palavra "either" e muitas outras.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #232: Caro Ricardo,
Eu estava conversando com um amigo (estudante de letras) sobre a diferença de pronúncia entre as palavras wheel e will - pensando somente na pronúncia da vogal. Só que ele disse que a pronúncia de wheel seria "ruil" (?). No caso das palavras who, whose, whole, por exemplo, esse som de "r" soprado me soa perfeito. Consultando um dicionário, vi que esta pronúncia está representada por um "h" (sem itálico) inicial. O que ocorre nas outras palavras, como wheel, white, when, é um "h" (em itálico), portanto diferente. Acontece que na chave de pronúncia, estranhamente, não há qualquer menção a esse último símbolo, pra eu saber como ou quando ele deve ser pronunciado. Pra mim, fica difícil admitir que who e wheel tenham esse mesmo "r" na pronúncia, como sugeriu o meu amigo. Talvez eu tenha aprendido errado desde cedo, já que eu simplesmente ignorava qualquer som antes do "w" de "wheel" (e isso também não deve ser correto). Como esse "h" (itálico) deve ser pronunciado? Você poderia me ajudar? Um abraço,
Adriana <dri2*mailbr.com.br> Jun 11, 99
 
A: Prezada Adriana,
A diferença das pronúncias de wheel e will está exclusivamente no vogal: wheel /wiyl/ - will /wIl/. Veja mais sobre isso em As Vogais do Português e do Inglês, letra A).
A respeito da consoante bilabial glide /w/ do inglês, em primeiro lugar, se ela for pronunciada com mais ou menos sopro, este é um detalhe pouco relevante, de relevância fonética apenas, não fonêmica. Seriam free variations do mesmo fonema. Em segundo lugar, este sopro nada tem a ver com a consoante fricativa velar /x/ do português carioca, que você representou como "r". Portanto, você aprendeu certo desde cedo. Pode continuar a ignorar esta diferença entre as duas variações possíveis do fonema /w/.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #231: Hello! Em primeiro lugar gostaria de dizer que encontrei este endereço na revista Você S/A , Parabéns é realmente muito bom. Meu nome é Paula Cristina e tenho a seguinte pergunta para vocês: Como escolher um curso de inglês na exterior levando-se em consideração a qualidade e custo do mesmo? Já fiz alguns cursos de inglês aqui na minha cidade, tenho capacidade de entender as aulas ministradas em inglês (intermediário) mas tenho dificuldade para falar. Muitas vezes elaboro as frases mentalmente mas quando vou me expressar não consigo concatená-las. Estou planejando fazer um curso de 3 meses na Inglaterra no próximo ano mas estou com imensa dificuldade para escolher a escola e o tipo de curso (normal ou intensivo) pois não tenho nenhuma referência, só as conheço através da Internet e brochuras . Algumas têm o preço bastante elevado será que isto tem a ver com a qualidade de ensino e material oferecido pela escola?
Atenciosamente, Paula Cristina <paula*vca.provider.com.br> Jun 11, 99
 
A: Prezada Paula,
Quando alguém viaja com a finalidade de aprender a língua e a cultura estrangeira, o mais importante é a experiência de convívio humano e as situações reais de comunicação que daí decorrem. A oportunidade de se viver no país estrangeiro e assimilar um pouco de sua cultura é de muito mais valor do que a instrução formal recebida em sala de aula. Portanto, programas de 20 ou 25 horas semanais são melhores do que os de 30 horas, por serem menos cansativos e permitirem mais tempo para outras experiências, além de mais baratos. Se o aluno quiser intensificar sua carga horária, deve procurar fazê-lo com duas ou três aulas individuais, voltadas especificamente à sua área de interesse.
DIVULGAÇÃO: Em segundo lugar, não devemos nos influenciar pelas cores da brochura, muito menos pelo preço. A melhor escola não é a mais cara. É aquela que tiver mais calor humano, a que dispensar maior atenção pessoal, que lhe oferecer um clima mais acolhedor. A casa em que você se hospedar também desempenha um papel importante. Isto muitas vezes é uma questão de sorte, mas normalmente as escolas pequenas, principalmente aquelas independentes, gerenciadas pelos próprios donos, têm um contato mais direto e pessoal com famílias hospedeiras, condições portanto melhores de montar um programa em que o aluno se sinta bem. Outro aspecto importante a considerar é que as escolas pertencentes a grandes redes provavelmente terão um custo administrativo mais alto, o qual tem que ser repassado ao aluno. Mais grave ainda: muitas possuem um departamento de marketing eficiente, que produz e distribui brochuras caras a praticamente todas agencias de viagens do Brasil. Então o aluno vai esperando uma imersão na cultura estrangeira, e acaba encontrando um grande número de conterrâneos, imergindo num confortável ambiente de sua própria língua e cultura.
Procure portanto evitar aquelas escolas muito bem divulgadas no Brasil e verifique sempre se as acomodações são individuais ou se você terá que dividir o quarto com outro estudante estrangeiro. Este detalhe pode influir no preço significativamente. Evite também lugares turísticos, principalmente em épocas de férias.
CLIMA: Nós, que vivemos num clima tropical, facilmente nos deixamos levar pela preocupação de passar desconforto em países de clima frio. Entretanto, aqueles que já tiveram a experiência sabem que a preocupação não procede. Uma canadense membra de nossa equipe que vive aqui no Rio Grande do Sul costuma dizer que passa mais frio aqui do que no Canadá. Isto porque nosso inverno não é rigoroso nem prolongado a ponto de exigir uma infra-estrutura de aquecimento nos prédios para neutralizar o frio. Além disso, nosso clima no Brasil é muito úmido, o que também causa desconforto. Nos países de clima frio, todas habitações e prédios possuem aquecimento central de grande eficiência e o frio é predominantemente seco, o que ajuda a não causar desconforto. Um inverno no Canadá, por exemplo, pode se constituir numa experiência inesquecível.
Finalmente, se a passagem aérea lhe for oferecida num "pacote" fechado, exija o preço discriminado do curso e da passagem, bem como a opção de comprá-los separadamente, para ter certeza de que em nenhum dos itens você está pagando mais do que o necessário.
Veja também ESL - English as a Second Language no exterior - Intercâmbio para adultos.
Atenciosamente,
Ricardo - EMB
Q #230: Ricardo,
Sou admiradora de sua página e venho utilizando a mesma para tirar dúvidas de inglês e para procurar informações. Sou professora de inglês e gostaria de pedir um favor: estou procurando por um texto, em inglês, que tenha muitos falsos cognatos, para fazer os meus alunos treinarem o que na teoria eles já aprenderam. Se o senhor pudesse me ajudar, mandando algum, eu ficaria muito grata, pois não tenho encontrado em nenhuma página na net. O trabalho seria para segunda e eu tenho um pouco de urgência.... Muito obrigada e aguardo uma resposta. "Luciana C. M. Mendes" <luciamm*ruralrj.com.br> Jun 2, 99
 
A: Prezada Luciana,
Obrigado por frequentar nosso site e desculpe a demora em responder. Sua ideia sobre um texto contendo uma grande quantidade de falsos cognatos é muito boa. Infelizmente, não temos nada em mãos para lhe passar. Aceite entretanto estes modestos parágrafos que eu redigi rapidamente hoje para você:
A DAY AT WORK
In the morning I attended a meeting between management and union representatives. The discussion was very comprehensive, covering topics like working hours, days off, retirement age, etc. Both sides were interested in an agreement and ready to compromise. The secretary recorded everything in the notes. Eventually, they decided to set a new meeting to sign the final draft of the agreement.
Back at the office, a colleague of mine asked me if I had realized that the proposed agreement would be partially against the company policy not to accept workers that have already retired. I pretended to be really busy and late for an appointment, and left for the cafeteria. Actually, I didn't want to discuss the matter at that particular moment because there were some strangers in the office.
After lunch I attended a lecture given by the mayor, who is an expert in tax legislation and has a graduate degree in political science. He said his government intends to assist welfare programs and senior citizens, raise funds to improve college education and build a public library because he assumes this is what the people expect from the government.
Boa sorte em seu trabalho e disponha sempre de nosso site.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #229: Como ensinar inglês em escolas de ensino médio
Professor Ricardo,
Navegando pela Internet encontrei este site, digno de elogios como um dos melhores que já encontrei tratando da língua inglesa. Professor, sou professora de uma escola pública de ensino médio e fundamental há 10 meses. O livro didático não é adotado e não há nenhum tipo de material didático disponível que possa tornar minha aula mais interessante. Quero trabalhar textos com os alunos mas não sei como fazer para que eles consigam ler e entender, já que o vocabulário das séries em geral é zero. Vale salientar que são 50 ou 60 alunos em cada sala. Se possível aguardo uma resposta, uma sugestão, bibliografias, ou seja, qualquer coisa que me ajude a trabalhar com prazer. Mais uma vez, parabéns. "Ana Lucia dos Santos Ferreira" <alsf*sunnet.com.br> May 20, 99
 
A: Prezada Ana,
Obrigado pela visita ao nosso site e desculpe a demora em responder.
Não se esqueça que habilidade em línguas é composta de 4 aspectos: entendimento oral, produção oral, interpretação de textos, e redação. Não se esqueça tampouco de que a sequência normal e correta de aprendizado de línguas começa sempre com contato e desenvolvimento de familiaridade com a língua falada, em primeiro lugar.
À medida em que esta se desenvolve, podemos começar a trabalhar com a língua escrita. Inverter essa sequência seria como ensinar a teoria do jogo de tênis e o estilo dos grandes campeões a alguém que nunca pegou numa raquete. Principalmente no caso do inglês, cuja correlação entre pronúncia e ortografia é notoriamente fraca, essa sequência, quando invertida, causa prejuízos evidentes. Veja mais sobre isso em Pronúncia.
Portanto, permita-me aqui sugerir que textos sejam deixados de lado por enquanto. Para que você possa fazer um bom trabalho, terá que dividir essas turmas de 50 ou 60 em pequenos grupos homogêneos de 6 a 8 alunos, e a partir daí, trabalhar a comunicação oral. A comunicação oral ideal é aquela que decorre de situações reais de interação humana, de preferência em ambientes da cultura estrangeira. Ensino e aprendizado, se é que assim podem ser chamados, são vistos como atividades que ocorrem num plano pessoal-psicológico. Você terá pleno êxito se conseguir se colocar no plano psicológico dos alunos e construir um relacionamento pessoal com cada um deles, bem como se conseguir criar um clima de identidade de grupo.
Você certamente estará pensando agora que eu estou me desviando completamente da realidade do nosso ensino público. Eu entretanto defendo a ideia e demonstro facilmente que se trata de um projeto simples e barato, bastando para isso vontade política e pequenos ajustes burocráticos. A criação de um centro de convívio internacional e de intercâmbio linguístico e cultural dentro de cada escola praticamente não requer investimento. Veja mais sobre isso em nossa página sobre: A Responsabilidade da Escola na Erradicação do Monolinguismo.
Disponha sempre do nosso site para expressar suas dificuldades e seus pontos de vista.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #228: Caro Ricardo,
O presidente da Associação Brasileira de Wakeboard, Flávio Castelo Branco, precisa de aportuguesar o nome desta modalidade desportiva (derivada do esqui aquático, «surf» e «snowboard») e propõe uma forma que me não parece razoável: «wakebórd sem o a». Podem ajudar-nos?
Um abraço do João Carreira Bom - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa <ciberduvidas*esoterica.pt> May 19, 99
 
A: Prezado João,
Com referência a estrangeirismos na língua portuguesa, não temos autoridade para nos manifestar. Portanto, preferimos nos limitar a mencionar que no inglês existe uma grande liberdade de uso de palavras estrangeiras, principalmente do francês, as quais são sempre conservadas nas suas formas originais, tanto na ortografia quanto na pronúncia. Podemos também sugerir que seja levado em conta o fato de que no mundo globalizado de hoje, onde cada vez mais a necessidade de comunicação impõe o bilinguismo como qualificação básica do indivíduo, a quantidade de palavras importadas aumenta na mesma proporção em que a necessidade de aportuguesa-las diminui. Talvez fosse o caso portanto de rever a nossa tendência de aportuguesar os estrangeirismos.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #227: Inglês instrumental
Gostaria de uma ajuda referente ao termo Inglês Instrumental, se este refere-se somente a cursos de leitura /estratégias de leitura ou se há um significado mais amplo? Obrigado Rosemary Aparecida de Souza <rosemary*iaec2.br> May 14, 99
 
A: Prezada Rosemary,
Confesso a você que já ouvi esta expressão, mas nunca entendi claramente o significado. Para mim, qualquer língua - e principalmente o inglês - é instrumental. Não sei que tipo de inglês seria o não-instrumental.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #226: Neurolinguística
Prezado Ricardo e Equipe:
Primeiramente, agradeço pela criação deste fantástico site que tem orientado um vasto contingente de pessoas em suas dúvidas a respeito da funcionalidade e uso da língua inglesa em todos seus aspectos. Sinceramente meus cumprimentos por tal atitude!!
Gostaria de algumas prestimosas informações: - O que a linguística moderna preconiza a respeito de ensino/aprendizagem de línguas é acquisition. Para que acquisition ocorra, é preciso que o indivíduo esteja situado em um ambiente de convívio caracterizado pela língua e pela cultura estrangeira. Um ambiente desses, entretanto, dificilmente pode ser criado artificialmente. O elemento fundamental desse ambiente são as pessoas que o compõem. Pergunta-se: como poderíamos otimizar esse ideal em nossas 'carentes' escolas públicas brasileiras? Como criar ambientes de convívio em que acquisition possa ocorrer nestas escolas?
Na oportunidade, gostaria que me esclarecessem também a respeito de como posso usar os pressupostos oferecidos pelo campo da neurolinguística no ensino de inglês em escolas públicas de primeiro e segundo graus. A neurolinguística está mais diretamente relacionada a language acquisition ou a language learning? O que vocês acham da PNL (Programação Neurolinguística) aplicada aos processos de ensino e aprendizagem de língua inglesa?
Finalizando, gostaria de obter algumas "dicas" de como tornar o processo de aprendizagem de inglês mais eficaz em nossas escolas públicas. Sou professor de segundo grau na rede pública e verificando o atual estado em que a língua inglesa vem sendo conduzida em nossas escolas me obriga a buscar novas luzes para se não poder salvar, poder atenuar nossos problemas. Agradeço pela atenção e pelo envio das sugestões. "Gilnei Magnus dos Santos" <gilnei*contacto.com.br> May 11, 99
 
A: Prezado Gilnei,
Obrigado pela visita ao nosso site.
A implementação de um programa de language acquisition em escolas de 2o grau não só representa um ovo de Colombo no ensino de línguas estrangeiras, como não é difícil nem cara. Cria-se um centro de convívio internacional através dos seguintes passos:
Neurolinguística é o ramo da linguística que estuda a relação entre a fala e a estrutura e o funcionamento do cérebro. É o estudo dos fundamentos biológicos e neurológicos da fala. Pesquisas nesse campo, por exemplo, já demonstraram que os dois hemisférios cerebrais desempenham funções distintas. O lado esquerdo é o lado lógico, analítico; enquanto que o direito é o lado criativo, artístico, sensível à música, responsável pelas emoções. Sabe-se também que a lateralização do cérebro ocorre a partir da puberdade. Ou seja, no cérebro de uma criança os dois hemisférios estão mais interligados do que no cérebro de um adulto. A partir daí formulou-se uma hipótese interessante: de que possivelmente a assimilação (acquisition) da língua ocorre predominantemente via hemisfério direito e é sedimentada no hemisfério esquerdo como habilidade permanente. Portanto o desempenho superior das crianças estaria relacionado à maior interação entre os dois hemisférios cerebrais. Veja mas sobre isso em: Por que as crianças aprendem mais rápido.
Programação neurolinguística (PNL), pelo pouco que conheço, é um sistema alternativo de terapia voltado a desenvolver nas pessoas controle sobre sua autoconsciência e seu comportamento emocional, de maneira a melhorarem seu poder de comunicação. Vejo aqui a possibilidade de um professor de língua estrangeira aprimorar suas habilidades no plano pessoal-psicológico através de PNL. Veja mais sobre qualidades de personalidade de um bom professor em: Como ser um bom professor de línguas.
Finalmente, gostaria de sugerir-lhe uma área de estudo que tem uma relação mais direta com a psicologia do aprendizado de línguas, que é a psicolinguística. Enquanto que a neurolinguística estuda as funções cerebrais e sua relação com a língua, a psicolinguística pesquisa aspectos psicológicos relativos à língua, especificamente a assimilação de habilidades como compreensão, armazenamento e produção.
Volte sempre a nos visitar.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #225: Caro Professor,
Na questão abaixo, por que a resposta não pode ser também a de letra D, além da de letra C que é a dada como única correta ?
Leo <ingles*ez-poa.com.br> May 11, 99
 
A: Prezado Leo,
Porque a opção D não faz sentido. Soa mal aos ouvidos. É um problema de concordância semântica. Seria como dizer, por exemplo, em português: Eu não faria nada que fosse possível.
Ou a gente faz qualquer coisa que seja possível, ou não se faz nada. Nesse caso tanto faz ser possível ou não, uma vez que nada será feito.
Atenciosamente, Ricardo & Teresa - EMB
Q #224: Self-taught teacher
Hi Ricardo,
Firstly, I'd like to congratulate you on your excellent home page, it's really out of this world!!! It's the best home page I've found on the net which deals with English as foreign language. Thanks to it, a lot of people are acquiring more knowledge concerning English! That's for sure!
The reason I'm writing this email is that I'd like to share with you and with the English Made in Brazil team my history in English learning, different but true!
Well, summarizing, I'm a self-taught person, I've been studying this marvelous language for about 5 years or more, of course I've already thought about taking English classes at some language school, but the lack of time and the idea that I could do it by myself have always put it off, and now I can pride myself on being fluent and having a vast vocabulary. At first, when I was a teenager starting to learn English at school, I felt really in love with the language, then I started to have it as habit the fact of reading an English dictionary in my spare time, and now I think that's why I know thousands of words and verbs. I don't want my words to sound as if I'm boasting, but I'm sure that I've got a great tendency for languages, and now, after a great deal of effort I'm able to speak English fluently! And that's great! I ve also studied the phonetic symbols, what allowed me to have a correct pronunciation. I'd also like to mention that I've been always provided with good books, grammars, dictionaries and so on, which helped me in this self teaching process, cause my father used to be a book seller, so he always helped me get the books I needed. Recently, I'm teaching English in a language school here where I live, and thanks God I'm succeeding. Sometimes it's kind of disappointing to see that a lot of people would never believe the words I'm telling you now. That's because unfortunately, people usually think that no one else is capable of doing something they can't, so that's the reason I don't like to mention that I teach English and that I'm a self-taught person, cause this kind of affirmation seems to be a kind of defiance, and it might also seem that I'm boasting, so I prefer to leave it unsaid. I know that maybe I'm being to tough in holding such opinion, but unfortunately, this is how I feel, and that's what I have seen. I m looking for a way to take a test at Cultura Inglesa in Belo Horizonte, I think it's gonna be at the end of this year, and I m hopefully sure that I'm gonna get it! I think that having a kind of certificate would make things easier. Though I'm sure I've got an acceptable English, I still have a lot of doubts concerning the language, but I'm also sure that graduated teachers have the same doubts I do, and that makes me more tranquilized. Sometimes I think that the fluency I got is due to the great love I feel about this language, I'm really in love with it! I'm sure that we share this feeling together! Sometimes I myself get amazed at the great conquest I got! That's surely something I have the right of being proud of!
Actually, I've got a great respect and admiration for your knowledge concerning the language, and I'd really like to know what you think about my case. I'm not writing this email in order to get some compliment, I'm doing it cause I'd like to know the opinion of such competent teachers you are. What do you think about self teaching? Have you ever seen someone fluent in a foreign language without having taken it?
Once again, congrats! You surely make people's life better with such a marvelous site! Bye! Regards.
Thanks a lot! See ya! "Rodrigo" <Rodrigo**@hotmail.com> May 10, 99
 
A: Dear Rodrigo,
Your story is really exceptional. As you probably noticed by reading our website, we believe primarily in natural acquisition and are skeptical about formal learning and the practical results it can produce.
Nonetheless, we admit the possibility of a story like yours to be true. I've met people with similar experiences to tell, and the explanation is that the person must have an unusual talent for languages plus a great deal of motivation. Let's keep in mind, however, that if you reached this high level of proficiency in 5 years of self study, you would probably have reached a similar level in less than 6 months living in an English-speaking country.
Concerning your plans to take a proficiency test, we think it's a good idea. However, keep in mind that a proficiency test score is not meant to be a teaching certificate - it only tries to provide a photograph of your performance at a given moment. The best credential for teaching you can have is fluent and accurate performance based on linguistic and cultural competence and complemented with a suitable personality. (See O que é um bom professor for more.) If you are looking forward to pursuing a career in Teaching English as a Second Language, I recommend you to get experience abroad, perhaps a TESL Certification. (See our page of Questions & Answers for more on how to become an English teacher.)
Regards, Ricardo - EMB
Q #223: Caros amigos,
Visitei o site de vocês na Internet, depois de tomar conhecimento de seu trabalho através da revista Você S.A. Eu gostaria de receber mais informações sobre:
1) O trabalho de vocês em Porto Alegre. Se vocês têm cursos na capital ou se recomendam algum profissional/escola daqui, que esteja em sintonia com a filosofia e postura que vocês defendem. Ou alguma outra forma de atendimento a Porto Alegre.
2) Um serviço "diagnóstico" do estágio de aprendizado em que o aluno se encontra. Isto é: fiz "n" cursos picaretas de inglês (...), tive inglês no colégio, tenho um mestrado em Antropologia onde era preciso se "defender" em inglês e passar em um teste de proficiência (onde fui surpreendida positivamente pela lembrança de uma compreensão do idioma que eu nem mais supunha ter!), enfim: tenho uma QUILT de aprendizados precários e queria transformar isso em um segundo idioma..... Então, gostaria de fazer um mapa de aprendizado personalizado, de acordo com meus interesses e a minha necessidade temporal de aprendizado. Ou seja: aula em curso + aula particular + um estágio no exterior + curso pela Internet, CD Rom ou vídeo, etc... considerando minha situação particular.
3) Há cursos em CD-Rom no mercado, vídeos e revistas em bancas. Vocês poderiam dar sua opinião a respeito de alguns deles? "E. X." <......*plug-in.com.br> May 9, 1999
 
A: Prezada E.X.,
Infelizmente não temos escola associada em Porto Alegre, nem conhecemos as escolas de lá o suficiente para podermos recomendar.
Quando se fala em aprendizado de línguas, é sempre necessário destacar dois aspectos distintos para esclarecer aquilo a que nos referimos. Estaríamos nos referindo a informações e conhecimento a respeito da estrutura gramatical da língua na sua forma escrita predominantemente, ou a uma habilidade funcional que nos permita nos sentirmos à vontade na presença de estrangeiros, acompanhar filmes e notícias na televisão sem problemas, argumentar, defender pontos de vista, comprar e vender em inglês, construir laços de amizade ou namorar em inglês, conhecer os costumes e as diferenças culturais?
Se estivermos nos referindo a conhecimento, eu recomendo esforço intelectual com a ajuda de livros de gramática, cursos pela Internet, etc.
Se estivermos nos referindo à habilidade funcional, eu recomendo contato humano em ambientes de cultura estrangeira onde o idioma que você quer aprender seja o meio de comunicação por natureza, ou através de uma viagem ao exterior, ou através de convívio com representantes da cultura estrangeira aí em Porto Alegre.
Materiais impressos ou apoiados em dispositivos eletrônicos, principalmente aqueles que reproduzem a língua na sua forma oral, ajudam mas não realizam. Um cérebro precisa de outro com o qual interagir criativamente. Esses materiais, disponíveis às centenas se não milhares, nós pouco conhecemos.
Atenciosamente,
Ricardo - EMB

Q #222: Especialização em tradutor
Moro na região de Campinas (SP) e gostaria de fazer um curso para tradutora. Como já tenho o curso de Letras-Inglês, preciso de algo mais específico, em nível de especialização. Tenho procurado, mas não encontro nada nessa área. Será que vocês poderiam me ajudar, me indicando alguma escola, faculdade ou universidade que ofereça esse ensino. Agradeço a atenção e aguardo uma resposta. Obrigada, novamente, "Maria Solange Marzullo Mendes" <solange*server3.splicenet.com.br> May 6, 99
 
A: Prezada Solange,
Pouco sabemos lhe informar sobre programas em nível de pós-graduação específicos para tradução. Sabemos que o bacharelado em letras é o curso mais específico para tradutores. Acreditamos também que o tradutor ideal deva ser uma pessoa bilíngue e de boa redação em ambos os idiomas que se propõe a traduzir, criativa, e conhecedora do assunto que vai traduzir.
Traduzir é fundamentalmente a arte de redigir. Portanto, você poderia buscar aprimoramento, por exemplo, num curso de mestrado em professional writing no exterior.
Conforme nos informa Gabriela Linhares, uma frequentadora de nosso site, a Universidade de Brasília oferece uma especialização em tradução dentro do programa de mestrado em linguística aplicada.
Também o departamento de pós-graduação do Instituto de Letras da Universidade Federal do RGS oferece, entre outras linhas de pesquisa para seus cursos de mestrado e doutorado, uma que me parece muito interessante: Análises Textuais e Discursivas. Entre outras coisas, você provavelmente também vai aprender que a dificuldade em se traduzir para uma língua que não é a língua materna do tradutor, muitas vezes está não na sua limitação com a língua estrangeira, mas sim na falta de clareza do texto original. Normalmente temos dificuldade em enxergar a falta de clareza quando se trata de nossa língua materna, e interpretamos o problema como limitação nossa na língua estrangeira. Veja mais sobre isso em Como não redigir e como traduzir.
Você pode buscar especialização também nos assuntos a serem traduzidos. Por exemplo, se você tiver perspectivas de traduzir muitos textos relativos a informática, poderia buscar aprimoramento em cursos técnicos a respeito de informática. Existem muitas opções de aprimoramento. Boa sorte.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #221: Aprendi no colégio que PEOPLE era sempre singular, mesmo quando fosse POVO, NAÇÃO. Entretanto, aprendi num cursinho que PEOPLE é plural quando se refere a pessoas como por exemplo em PEOPLE ARE HAPPY. Entretanto, no cursinho, disseram-me que PEOPLE quando usado como ideia de POVO deveria ser seguido por singular como, por exemplo, em THE JAPANESE PEOPLE IS CLEVER. Afinal, qual é a forma correta quando quisermos nos referir ao povo japonês? THE JAPANESE PEOPLE ARE CLEVER ou THE JAPANESE PEOPLE IS CLEVER. Por favor, me ajudem a entender esta questão. Leo <ingles*ez-poa.com.br> May 6, 99
 
A: Prezado Leo,
A palavra people já é um substantivo plural (an invariable unmarked plural). Portanto, sempre ... people are ..., quase nunca *... people is ... As únicas situações em que conseguimos imaginar a ocorrência de people conjugado como singular são os exemplos:
Neste segundo caso, onde a palavra tem um sentido de grupo étnico, terá excepcionalmente um marked plural:
No seu exemplo, entretanto, o usual seria usar a palavra people com o sentido apenas de grupo de pessoas ligadas por características comuns, neste caso um invariable unmarked plural. O normal (correto), pois, seria:
Dois falantes nativos de inglês endossam.
Atenciosamente, Ricardo, Linda & Teresa - EMB
Q #220: Prezado Ricardo,
Parabéns não só pela riqueza de conteúdo da sua homepage, como pela competência do design, comprovando que vocês todos são grandes webmasters e webdesigners. Bem, tenho algumas dúvidas antigas sobre inglês, e gostaria que me ajudasse, por favor. a) Bem, conheço as regras de reported speech, e quando o tempo verbal deve ser mudado para o passado, seguido de told, say, ask, etc, ou qdo. pode permanecer o mesmo. Entretanto, ao fazer uma prova, minha professora pediu que eu usasse a expressão "from now" em uma frase qualquer, e eu escrevi assim : My father told me that he would buy a car two weeks from now . Ela corrigiu para : My father told me that he will buy a car two weeks from now. Depois, eu fiquei pensando nisso, e me confundi totalmente...o "told" parece exigir o verbo no passado, mas ao mesmo tempo, o "2 weeks from now" me parece que ficaria errado....eu poderia escrever algo como, "my father told me that he would buy a car two weeks later", ou a opção usando told e will, está correta ?? Agradeço previamente a gentileza em me ajudar... Abraços, Andréa. <teachercei*uol.com.br> May 1, 99
 
A: Prezada Andréa,
As duas frases estão corretas do ponto de vista da gramática descritiva. A respeito do reported speech ou indirect speech, alguns livros de gramática dão a impressão de que tem que haver uma mudança de tempo do verbo dependente, após said (that) ou told (that). Isto na verdade não confere com a realidade. Especialmente quando o evento a que o segundo verbo se refere ainda não ocorreu, ou quando o verbo tem um sentido de qualidade ou predisposição permanente. Veja os seguintes exemplos, todos ocorrências normais aos ouvidos de nativos:
Entretanto, sob um ponto de vista mais formal, principalmente em se tratando de linguagem escrita, a troca de tempo do verbo dependente é necessária. Portanto, a sua frase estava correta.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #219: "They" to avoid sexist language
Fico muito agradecido com a sua resposta anterior, e tenho recomendado o seu excelente site para todos os meus amigos. Apesar de concordar com você e entender que a gramática é descritiva e relativa, como poderia me virar na seguinte questão que caiu em um concurso, haja visto que minha preocupação atual é com concursos:
Qual seria a resposta correta e qual a regra ?
E como poderia acertar uma questão de TAG QUESTION como a questão abaixo, que caiu num concurso:
A resposta é DON'T THEY, mas não se poderia colocar DOESN'T HE, já que EVERYBODY é sempre singular?
Leo <ingles*ez-poa.com.br> April, 28, 1999
 
A: Prezado Leo,
O inglês não possui um pronome pessoal neutro (com relação ao sexo) para a terceira pessoa do singular. Portanto, já em 1759 Lord Chesterfield escrevia: "If a person is born of a gloomy temper ... they cannot help it." Mas é principalmente hoje, nessa época em que há uma grande preocupação em ser sempre politically correct, em não ferir suscetibilidades com relação a sexo, raça, origens, etc, que o pronome they é usado como substituto para pronomes indefinidos como everyone, everybody, someone, somebody, anyone, anybody, no one, nobody, em detrimento da concordância, tanto em inglês norte-americano como em britânico.
Veja os seguintes exemplos:
É importante salientar, entretanto, que o uso do pronome they como solução para evitar sexist language, embora comum na língua falada, não é aceito por escritores e redatores mais criteriosos e defensores de uma postura mais formal com relação à gramática.
O Writer's Guide to Style and Usage da Biblioteca Pública de Nova Iorque, por exemplo, recomenda formas alternativas de expressão que evitem tanto sexist language quanto irregularidade gramatical. Veja os seguintes exemplos:
Outra alternativa, a qual predomina em inglês britânico, é o uso do pronome one. Veja aqui o comentário do norte-americano Kirk Terry sobre o assunto.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #218: Dynamic and stative verbs
Meu nome é Eli e fiquei muito feliz em descobrir o site de vocês. Parabéns por este maravilhoso trabalho onde podemos, realmente aprender e descobrir os contrastes deste idioma. Fiz um curso de inglês de um ano e desde então tenho estudado por conta própria. No meu estudo, me deparei com a questão dos stative verbs e dynamic verbs, onde o verbo love no caso é um stative verb e como tal, não tem sua forma loving como verbo: E.g. I love you. e não I am loving you. Então eu suponho que quando eu encontrar a palavra loving ou será adjetivo ou substantivo.
Minha pergunta: Eu não me lembro bem onde eu vi isto: I'm still loving her ..... (está certo? se está a tradução seria eu continuo a amar ela ... e neste caso é um substantivo?)
E para finalizar: em uma música do CD do filme a máscara do zorro me deparei novamente com esta situação. Se os stative verbs não aceitam _ing o que está então acontecendo nesta frase: I want to spend all my life loving you ..... É que loving neste caso só pode ser amando. Por favor me explique se eu realmente posso confiar na definição de que um stative verbs nunca vai ter a forma com _ing.
Muito obrigado!! ELI CRUZ <eli_rdc*yahoo.com> - São Paulo - April 26, 1999
OBS: Vocês têm representante em SP/SP, alguma escola etc....?
 
A: Prezado Eli,
O que você estudou sobre dynamic e stative verbs está certo. Esta classificação, inclusive, se aplica também a adjetivos, além de verbos, e afeta não só a ocorrência das formas progressivas, mas também do imperativo. Veja os seguintes exemplos em que usamos os verbos study e know, e os adjetivos careful e tall como dynamic e stative, respectivamente:
Veja aqui uma lista de common stative verbs, os quais não aceitam facilmente as formas progressivas:
Por outro lado, temos que definir aqui um conceito básico: gramática não é prescritiva nem rígida, mas descritiva e relativa. Portanto, o que define a gramaticalidade das formas não é a regra que está no livro, mas sim a possibilidade de ocorrência e a aceitabilidade aos ouvidos de falantes nativos.
Além disso, quando os livros procuram descrever a lógica gramatical de uma língua, eles se baseiam em um determinado modelo, normalmente a linguagem formal. Entretanto a pluralidade de dialetos e variantes dentro de um mesmo país é grande. Veja por exemplo o caso dos EUA: Standard American, Southern, Black English, Chicano English, etc.
Portanto, quando você encontrar a palavra loving, ou qualquer outra situação contrária à regra, você terá que levar esses fatores em consideração para poder interpretar corretamente. Nos seus exemplos, o verbo stative love está sendo irregularmente usado na forma progressiva (gerúndio). Este tipo de liberdade ou informalidade no uso da linguagem é muito comum em música.
Finalmente, permita-me aqui lembrar-lhe que, em se tratanto de aprendizado de línguas, frequentemente a pessoa se confunde com os meios e os fins. Muitas vezes investe tempo e esforços para adquirir conhecimento a respeito do idioma, quando o que busca na verdade é habilidade funcional. O fato de em outros campos de estudo conhecimento ser o objetivo a ser alcançado, facilmente nos leva a acreditar que podemos desenvolver habilidade em línguas estrangeiras da mesma forma. Leigo engano. Conhecimento a respeito do idioma não está diretamente ligado e não produz habilidade funcional. Veja mais sobre isso nas páginas: Aprendizado de Línguas e Acquisition x Learning.
Infelizmente não temos representante em São Paulo nem conhecemos escolas ou professores que possamos recomendar. Entretanto se leres a página Como Escolher um Curso de Inglês, saberás escolher um programa adequado a tuas necessidades.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #217: Ricardo, I was really happy to come into this wonderful site of yours!! What a great work!!! I would be very much grateful if you could help me with a word which I have had a hard time to find in English. How do I say "brega" in English?? I talked to some native speakers but it was sort of hard for them to figure out what I meant. So, please help me on this one. I do appreciate your precious help, and again CONGRATULATIONS!!! This site is just what we needed!!!!
Hugs to you and to your team,
By the way, Ricardo... please share my e-mail address with others who might have some more unusual words. I will be happy to add them to my list. Thanks again. Francisco Toste <toste*sti.com.br> April, 25, 1999
 
A: Dear Francisco,
"BREGA" - we would say low-class. Consider also no-class, trashy, tacky, cheesy. All according to a Canadian (46) and an American (25).
Regards, Ricardo, Linda & Teresa - EMB
Q #216: Qual a forma correta de dizermos em inglês "um U" (referindo-nos à letra U): a U ou an U? Sei que falamos a university, e também sei que a letra U se pronuncia /yuw/ em inglês. Leo <ingles*ez-poa.com.br> April, 25, 1999

Q #215: Advérbios: compatibilidade e posicionamento
Por favor, ajudem-me a solucionar algumas dúvidas que não tenho encontrado em livros:
Tenho uma dúvida eterna. Nos tempos em que o BEEN funciona como auxiliar como, por exemplo, o Present Perfect Continuous, qual a melhor posição para colocarmos um advérbio de frequência, como always, seldom, never, etc?
Por exemplo, na frase: I have been studying English. Onde colocaria o advérbio? Leo <ingles*ez-poa.com.br> April, 25, 1999
Q: E onde ficaria o advérbio em uma voz passiva com BEEN ? Ex: My car has been repaired.
Q: E como ficaria no Present Perfect ? I have studied English.
Atenciosamente, Ricardo, Linda & Teresa - EMB

Q #214: Professor Ricardo,
O texto abaixo foi retirado do artigo do professor Dr. Mario Pei (Columbia University) na enciclopédia Microsoft Encarta97 que apresenta "The 850-word primary vocabulary". Você sabe onde é possível encontrar esta lista de palavras?
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Basic English: A simplified form of the English language based on 850 key words was developed in the late 1920s by the English psychologist Charles Kay Ogden and publicized by the English educator I. A. Richards. Known as Basic English, it was used mainly to teach English to non-English-speaking persons and promoted as an international language. The complexities of English spelling and grammar, however, were major hindrances to the adoption of Basic English as a second language. The fundamental principle of Basic English was that any idea, however complex, may be reduced to simple units of thought and expressed clearly by a limited number of everyday words. The 850-word primary vocabulary was composed of 600 nouns (representing things or events), 150 adjectives (for qualities and properties), and 100 general "operational" words, mainly verbs and prepositions. Almost all the words were in common use in English-speaking countries; more than 60% were one-syllable words. The abbreviated vocabulary was created in part by eliminating numerous synonyms and by extending the use of 18 "basic" verbs, such as make, get, do, have, and be. These verbs were generally combined with prepositions, such as up, among, under, in, and forward. For example, a Basic English student would use the expression "go up" instead of "ascend."
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"Andrey Soares" <andreysoares*receita.fazenda.gov.br> Apr 23, 99
 
A: O BASIC (British, American, Scientific, International, Commercial) English foi uma das várias tentativas de criar-se artificialmente uma linguagem simplificada de fácil aprendizado que viesse a solucionar o problema de comunicação internacional. De todos, o projeto mais bem sucedido foi o esperanto, que mesmo assim não passa hoje de um hobby de alguns excêntricos. Veja aqui comentário de Jose Archangelo Olivato sobre esperanto.
O que todos os defensores dessas iniciativas deixaram de considerar ou de compreender, é que língua é comportamento humano. É decorrência natural de convívio humano e não existe se não estiver enraizada em uma nação e em uma cultura.
Entretanto, do ponto de vista técnico-didático, da linguística, pode ser interessante conhecer o conteúdo desses projetos. Detalhes completos sobre o BASIC English, você encontrará no seguinte endereço:
      <http://web.marshallnet.com/~manor/basiceng/basiceng.html>
Chamo-lhe a atenção também para um projeto mais recente: ACCESS - Auxiliary Closed Captioned English with Simplified Spelling. Ainda interessante é o trabalho e as ideias da SSS (Simplified Spelling Society):
      <http://www.les.aston.ac.uk/sss/simplspel3.html>
Divirta-se e obrigado pela sagacidade de suas questões.
Ricardo - EMB
Q #213: Professor Ricardo,
A pedido do Professor de inglês Maurice Strauss (native speaker), venho solicitar uma ajuda. Na homepage <www.learninfreedom.org/language-learning.html> existem indicações de livros para auxiliar no ensino de línguas. Você poderia indicar algum? "Andrey Soares" <andreysoares*receita.fazenda.gov.br> Apr 23, 99
 
A: Na bibliografia dessa página todas as obras parecem valorizar e salientar a importância de language acquisition e de contato com a cultura através de convívio humano. Embora eu não possa recomendar nenhuma das obras especificamente, trata-se sem dúvida de uma bibliografia muito interessante. Agradeço a Karl Bunday e tomo a liberdade de reproduzi-la aqui, antes que o site desapareça, como às vezes acontece na Internet.
Atenciosamente, Ricardo - EMB

Q #212: Teaching culture
Prezados amigos,
Meu nome é Elizete e fiquei encantada ao descobrir o site de vocês. Faço um curso de pós-graduação em gramática de língua inglesa e agora estou desenvolvendo um trabalho no qual gostaria de contar com a opinião/contribuição de vocês. Comparando as línguas inglesa e portuguesa - qual a opinião de vocês com relação aos aspectos culturais e ao ensino da língua inglesa no que diz respeito ao vocabulário e às expressões idiomáticas? E à própria cultura? Alguém da equipe tem algum acontecimento interessante, algum caso em particular para relatar com relação às diferenças culturais e da própria língua? Quais os principais aspectos que deveriam ser abordados quando se ensina uma língua estrangeira e, portanto, uma cultura diferente? Aguardo a resposta de vocês, se possível até 5a. feira dia 15/4. OBS: Vocês têm representante em SP/SP? Se tiverem como posso entrar em contato com eles?
Muito obrigada,
Love, "Elizete Geraldo" <eagermattos*zipmail.com.br> April 11, 99
 

Q #211: Prezado Ricardo,
Existe alguma regra para se diferenciar o som "D" ou "T" pronunciado nas palavras terminadas em "ED"? Um abraço. Andrey Soares <andreysoares*receita.fazenda.gov.br> Apr 8, 99
 
A: Prezado Andrey,
Eis a regra:

Pronunciation of the Past Tense of Regular Verbs

The pronunciation of the past suffix "_ed" is a common problem for Brazilian EFL students. First, because in Portuguese the past is heavily marked and, second, because of the apparent inconsistency of English. There are actually 3 situations:

a) When the pronunciation of the infinitive ends in a vowel or voiced consonant, the pronunciation of the _ed suffix will be /d/. Ex: (sublinhado significa sílaba tônica).
b) When the pronunciation of the infinitive ends with a voiceless consonant, the pronunciation of the _ed suffix will be /t/. Ex:
c) When the pronunciation of the infinitive ends with a /d/ or a /t/, the pronunciation of the _ed suffix will be /Id/. Ex:
A regra refere-se apenas ao sufixo _ed do passado e particípio passado dos verbos regulares, e não de adjetivos, como por exemplo: naked /neykId/ e rugged /gId/.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #210: Filling expressions
Prezado Ricardo,
Sendo redundante: Parabéns pelo maravilhoso site!
Pergunta: Como entender e aplicar as funções do vocábulo inglês "JUST"? Obrigado! Carlos Humberto Barboza Gomes <chbg*mac.sol.com.br> April 3, 99
 
A: Prezado Carlos,
Just é uma espécie de filling word. Uma daquelas palavras usadas em demasia, que a gente enfia em qualquer espaço que a frase ofereça. Normalmente não faz diferença se just está ou não presente na frase. Essas expressões, também chamadas de stereotyped conversation fillers, ocorrem predominantemente em conversação. Veja outras expressões semelhantes:
Todas as línguas, inclusive o português, possuem este tipo de expressões. Por exemplo: tipo, sabe, sabe como é que é, pois é. A única função que cumprem é a de dar tempo ao falante para pensar, mas o seu uso deixa transparecer insegurança. Michael Swan em Practical English Usage (p. 159) oferece um belo exemplo:
- Why did you do that?
- Oh, well, you know, I don't know, really, I mean, it just sort of seemed a good idea.
Na sua maioria, são palavras desgastadas, que permanecem por simples hábito, assim como os advérbios realmente, efetivamente e evidentemente, que de tanto serem usados sem necessidade, perderam seus significados e acabaram se tornando um estorvo ao claro entendimento da mensagem. São como cosméticos: a intenção é melhorar, mas acabam piorando.
Originalmente just significa apenas, exatamente, nem mais nem menos, etc.
Atenciosamente, Ricardo - EMB

PERGUNTAS & RESPOSTAS:
ÍNDICE
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JULHO - SETEMBRO 2000  |  ABRIL - JUNHO 2000
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JANEIRO - MARÇO 99  |  OUTUBRO - DEZEMBRO 98
JULHO - SETEMBRO 98  |  JANEIRO - JUNHO 98
MARÇO - DEZEMBRO 97  |  SETEMBRO 96 - MARÇO 97

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