English Made in Brazil
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Schütz & Kanomata - ESL
NATIVE SPOKEN ENGLISH
 PATROCINADOR

ARQUIVO 9 - PERGUNTAS  E  RESPOSTAS  DE  OUTUBRO A  DEZEMBRO 99

Este foro é aberto ao público. Todos são convidados a perguntar, questionar, divergir, opinar, ou esclarecer. Mande suas consultas e opiniões para um dos endereços abaixo e nós responderemos com a maior brevidade possível. As mensagens de interesse geral, juntamente com as respostas, serão publicadas com o nome do autor. Consultas em inglês serão respondidas em inglês; consultas em português serão respondidas em português.

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Q #289: Perguntas sobre a teoria de Krashen
Prezado Professor Schütz,
Seguem algumas dúvidas:
Q: A filosofia de ensino do professor Krashen diz o seguinte: "The Natural Order hypothesis is based on research findings (Dulay & Burt, 1974; Fathman, 1975; Makino, 1980 cited in Krashen, 1987) which suggested that the acquisition of grammatical structures follows a 'natural order' which is predictable. This order seemed to be independent of the learners' age, L1 background, conditions of exposure, and although the agreement between individual acquirers was not always 100%, there were statistically significant similarities that reinforced the existence of a Natural Order of language acquisition."
Pergunta: Você poderia explicar em mais detalhes o que esta hipótese realmente significa? "Marcelo Azevedo" <lenci*mandic.com.br> Dec 22, 99
 
A: Significa que estudos principalmente com crianças revelam que as mesmas, ao assimilarem a primeira língua, apresentam desenvolvimento sequencial semelhante. Ou seja, tendem a assimilar determinadas estruturas antes do que outras. Esta hipótese entretanto é pouco relevante, pois o próprio Krashen afirma: "I should point out here, however, that the implication of the natural order hypothesis is not that our syllabi should be based on the order found in the studies discussed here, that is, I do not recommend teaching _ing early and the third person singular /s/ late. We will, in fact, find reason to reject grammatical sequencing in all cases where our goal is language acquisition." (Krashen. Principles and Practice in Second Language Acquisition, page 14)
 
Q: Krashen também diz: "The Input hypothesis is Krashen's attempt to explain how the learner acquires a second language. In other words, this hypothesis is Krashen's explanation of how second language acquisition takes place. So, the Input hypothesis is only concerned with 'acquisition', not 'learning'. According to this hypothesis, the learner improves and progresses along the 'natural order' when he/she receives second language 'input' that is one step beyond his/her current stage of linguistic competence. For example, if a learner is at a stage 'i', then acquisition takes place when he/she is exposed to 'Comprehensible Input' that belongs to level 'i + 1'. Since not all of the learners can be at the same level of linguistic competence at the same time, Krashen suggests that natural communicative input is the key to designing a syllabus, ensuring in this way that each learner will receive some 'i + 1' input that is appropriate for his/her current stage of linguistic competence."
E em uma de suas respostas você explica: "The Communicative Language Teaching: the basic unit of language became not the sentence, but the communicative act. Communicative competence rather than grammatical competence is the goal."
Pergunta: Como isto é estruturado? Como o mesmo funciona na prática?
 
A: Exatamente na forma daquilo que preconizamos, e de forma natural. Tanto alunos como instrutores devem estar imbuídos de que o plano psicológico-afetivo é mais relevante do que o técnico-didático. O importante não é receber e acumular conhecimento, mas sim desenvolver habilidade comunicativa. O instrutor tem que se colocar no plano do aluno. Falar de sexo e drogas quando estiver trabalhando com adolescentes e de economia e política quando trabalhar com adultos e empresários. Conhecimento até pode ser transmitido nas sessões de conversação, inclusive questões linguísticas e pontos gramaticais discutidos, desde que comunicação na target language ocorra. E para que essa comunicação ocorra, naturalmente o input a que Krashen se refere terá que ser comprehensible. Mesmo um instrutor menos preparado, tendo plena desenvoltura com a língua e sabendo que seu objetivo maior é construir um relacionamento com os alunos, estará naturalmente proporcionando comprehensible input.
 
Q: Como são trabalhados os fatores afetivos e psicológicos (desmotivação, perfeccionismo, falta de confiança, dependência da eloquência, autoconsciência, ansiedade e provincianismo) dentro da teoria de Krashen?
 
A: Krashen não se aprofunda muito nos aspectos da psicologia cognitiva, embora admita a necessidade de mais pesquisa nesta direção. Aqui entra a habilidade do instrutor. Aqueles com formação na área da psicologia teoricamente teriam melhor preparo. Entretanto, como eu já afirmei anteriormente, nem sempre aqueles que têm a melhor formação educacional são os que demonstram melhor desempenho. De qualquer maneira, as questões acima devem fazem parte do treinamento que instrutores devem receber. Outro aspecto a considerar é o tamanho dos grupos e o grau de homogeneidade dos mesmos. Os obstáculos afetivos e psicológicos acima só poderão ser plenamente tratados em uma aula particular. À medida em que aumenta o número de participantes por grupo, ou o grau de heterogeneidade, diminui a possibilidade de tratamento para os problemas acima. Estas questões podem e devem também ser discutidas com os alunos. Isto entretanto não significa que o obstáculo estará removido. Significa apenas que o aluno-paciente terá dado seu primeiro passo ao tomar consciência da existência do problema.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #288: Prezado Ricardo Schütz,
Sou Procurador de Justiça do Distrito Federal. Estou lhe escrevendo para pedir uma orientação. Estou com dois grupos para iniciar em início de fevereiro. Um é da Escola Superior do Ministério Público, com 6 a 10 participantes, e o projeto pedagógico é aquele que lhe enviei. A ideia é trabalhar com o livro HOW TO STUDY LAW, que contém toda a introdução ao sistema do Common Law, numa linguagem simplificada, com uma introdução geral e capítulos com explicações e exercícios englobando a leitura de casos e legislação (reading cases and statutes). Penso em utilizar transparência ou powerpoint para o grupo seguir a leitura com explicações. Terminado o módulo de introdução ao sistema do Common Law, em 4 a 6 sessões, passaríamos aos seminários de texto, com distribuição de seminar sheets com o conteúdo resumido de julgados da Suprema Corte Americana, extraídos do livro HOW THE SUPREME COURT HAS RULED FROM A TO Z. É uma enciclopédia condensada contendo um resumo dos leading cases da Suprema Corte.
O segundo grupo é de 8 juízes que farão uma visita de intercâmbio cultural nos EUA.
O que vc sugere que eu utilize (um manual para professor, uma técnica que torne o curso produtivo e ao mesmo tempo agradável, etc.). E quanto a como conduzir essas sessões (aulas)? Gostaria também de orientação quanto à avaliação dos candidatos ao curso de Inglês da Escola Superior.
Renato Sócrates Gomes Pinto <rsgp*persocom.com.br> Dec 21, 1999

A: Prezado Renato,
Todo professor é também um pouco de ator. Além de habilidade com a língua e conhecimento, as características de personalidade são um fator determinante. Leia O que é um bom instrutor.
1) Inglês jurídico - Sua abordagem nos parece perfeita. Você poderá encontrar informações úteis sobre reading comprehension em nossa página: Interpretação de textos.
2) Avaliações - De acordo com nossa experiência, e dentro de nossa abordagem, um aspecto tão ou mais importante do que o nível de proficiência do aluno, é seu perfil, isto é, sua característica de personalidade (se introvertido ou extrovertido), sua idade e sua área de interesse profissional. No caso de seus programas, e você tem sorte nisso, o público é provavelmente por natureza homogêneo. São provavelmente de idades semelhantes e certamente de interesses profissionais comuns. Portanto, eu não me preocuparia muito com pequenos desníveis de proficiência. No seu programa de inglês jurídico, uma vez que trabalharão em pequenos grupos, qualquer desnível que houver servirá para definir a dinâmica de cada grupo de trabalho, com o natural surgimento de uma liderança representada pelo membro do grupo de nível de proficiência superior.
Receio não termos nenhuma receita milagrosa para você; tampouco acreditamos que você precise de uma. Seu programa tem tudo para ter êxito. Sugerimos que no futuro você mantenha contato com universidades do exterior convidando estudantes de Direito ou advogados recém formados a participarem deste programa.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #287: Prezados Amigos, Tenho as seguintes dúvidas e, caso vocês as saibam, digam-me as respostas:
a) Por que a palavra "shy" varia em grau como "shyer" ou "the shyest"... por que ela não tem o "y" trocado por "i".... eu sei que é fonética a razão mas não vejo lógica nisso.

R: Prezado Ismar,
Línguas em geral não têm lógica; o inglês em especial.
Quanto ao adjetivo shy, em inglês norte-americano, as duas ortografias são usuais: shier e shyer.
 
b) Qual a origem do nome "soap-opera"... fica estranho a tradução em separado...
 
R: soap opera (telenovela) é composto da palavra soap (sabão, sabonete) + opera (ópera) e sua origem não é tão antiga. Com a popularidade da televisão nos anos 50 nos EUA, surgiram os dramas melodramáticos retratando situações domésticas cotidianas. Aqueles programas da televisão americana eram (como o são ainda hoje) predominantemente no horário após o almoço, e eram dirigidos principalmente ao público feminino.
É preciso entender que na época a indústria de cosméticos não dispunha da mesma variedade de produtos supostamente proporcionadores de beleza tais como xampus, condicionadores, reparadores de pontas, rinse, pomadas, cremes e líquidos hidratantes, exfoliantes, antioxidantes, rejuvenescedores, etc. Os produtos que na época exploravam a ideia de proporcionar beleza, tanto à pele como aos cabelos, eram simplesmente os sabonetes.
É preciso também entender que uma grande porcentagem da população feminina na época não possuía carreira profissional nem emprego, e encontrava-se normalmente em casa neste horário após o meio-dia. Se aceitarmos o fato de que grande parte do público feminino é atraído por melodramas, e de que este mesmo público tem preocupação com a beleza estética e é facilmente influenciado pela ideia de adquiri-la, facilmente entenderemos porque os melodramas em TV eram frequentemente patrocinados por marcas de sabonete, dando origem ao termo soap opera.
Finalmente, se considerarmos que óperas foram no século passado e no início deste uma das mais altas manifestações artístico-culturais da humanidade, facilmente compreenderemos o tom irônico da palavra opera na expressão soap opera para as telenovelas de hoje. Esta e outras explicações etimológicas interessantes você encontra em Etimologia.
 
c) Thanks! ... Por que a expressão recebe o "s" e fica ainda correta?!
 
R: Novamente aqui posso perceber que você procura encontrar lógica na estrutura da língua. Se você se conformar com o fato de que línguas são do jeito que são, que se desenvolveram à revelia de quaisquer normas eruditas, de forma incontrolada, de que a estrutura de uma língua é demasiadamente complexa, irregular e abstrata para ser categorizada e explicada através de regras, de que pouco adianta aplicar seu esforço intelectual para entender a lógica ou o porquê das irregularidades, provavelmente encontrará menos frustrações ao longo de seu aprendizado. Uma resposta possível à sua pergunta seria: porque assim 200 ou 400 milhões de pessoas estão acostumadas a se expressar. Outra resposta, que provavelmente vai lhe agradar mais, é de que o uso popular consagrou a palavra na função de substantivo também, além de verbo, como por exemplo, na expressão "many thanks", cuja forma abreviada vem a ser "Thanks".
 
d) "Faculty" é ou não falso cognato?
 
R: Faculty tem 3 significados de ocorrência frequente: 1) teaching staff (corpo docente), 2) habilidade ou faculdades mentais (igual a português), departamento de universidade (igual a português). Portanto, é só em um dos significados que "faculty" pode ser classificado como falso cognato.
 
e) O "shall" pode ser substituído por "will" em "I" e "we"... me parece que "shall" está em desuso nos Estados Unidos.
 
R: O único país em que o uso de "shall" como tempo futuro ainda ocorre, é a Inglaterra. Nos demais países de língua inglesa, já não ocorre, e mesmo na Inglaterra, já é comum a substituição de "shall" por "will".
 
f) "Mummy" significa mamãe e múmia...não é um paradoxo... a palavra traz problemas de entendimento imediato... (risos)
 
R: Este problema só ocorre no inglês britânico. No inglês norte-americano são duas palavras diferentes, tanto na ortografia quanto na pronúncia.
mummy (múmia) é pronunciado /mâmiy/ como em "but"
mommy (mamãe) é pronunciado /mamiy/ como em "park"
Pode haver dificuldade na diferenciação das pronúncias acima para nós que falamos português, espanhol, ou qualquer língua que tenha um sistema de vogais mais simplificado que o inglês. Veja mais sobre isso em Vogais do Português e do Inglês.
 
g) Posso usar a preposição na seguinte expressão "on my opinion"
 
R: Na expressão acima a preposição usada é "in".
 
h) Onde posso conseguir um livro ou artigos que ilustre(m) dinâmica dentro de sala de aula com alunos do ensino médio... Preciso conhecer certos tipos de atividades (jogos, brincadeiras, etc..) que tornem mais atrativas as aulas de ensino médio com turmas de até 50 alunos. "Ismar Borges" <ismargo2000*uol.com.br> Dec 17, 99
 
R: Desenvolver habilidade em língua estrangeira num grupo de 50 alunos? Brincadeira!
Em todo caso, você encontrará muitas ideias interessantes para atividades em aula em inúmeros sites na Internet. Você pode começar a busca pelo Dave's ESL Cafe.
Obrigado pela visita ao nosso site.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #286: My questions are the following: 1. longo prazo = long term, ok, but what preposition comes with it in "a longo prazo"? 2. CDF (the one who studies really hard)? How would you say these? Thanks a lot again. Regards, Ingrid <penglish*lj.conex.net> Dec 14, 99

A: Hi Ingrid,
1) The expression long term is not normally used as a prepositional phrase like in Portuguese, but as an adjective: a long-term project, the long-term effects;
A less common use would be: sales are expected to increase in the long term.
2) "Nerd" is the closest in American English. But you can also consider "bookworm" to refer to someone who studies a lot; "teacher's pet" to refer to a puxa-saco; or "geek" in British to refer to someone who doesn't mix well with peers.
Take care, Ricardo & Linda - EMB
Q #285: CPE para tornar-se um professor de inglês?
Prezados Senhores, primeiramente eu gostaria de parabenizá-los pelo excelente trabalho que têm realizado. Meu nome é Carolina, sou advogada recém formada e durante a faculdade dei aulas de inglês. Há um ano estou sem lecionar e gostaria de reciclar e aprimorar meus conhecimentos, para voltar a dar aulas numa escola de qualidade. Tenho o FCE e o CAE, da Universidade de Cambridge, e pretendo fazer os exames para o CPE. Seria esta a melhor opção, já que sou apaixonada pelo inglês britânico? Como melhorar a minha fluência (perdida em parte pela falta de contato com o inglês no último ano) e ser uma BOA INSTRUTORA DE INGLÊS, se não tenho possibilidade de ficar muito tempo fora do país, pois sou casada e tenho um filho de dois anos? Há algum curso de no máximo quatro semanas na Inglaterra, onde eu possa melhorar a minha fluência? Grata desde já,
Carolina Castro <jcc*milenio.com.br> Dec 10, 99

A: Prezada Carolina,
Os 3 aspectos que influem na qualificação de um instrutor de inglês são:
1) Proficiência, isto é, habilidade com a língua e familiaridade com a cultura, o que depende de contato e prática;
2) Qualificação acadêmica e experiência na área da linguística aplicada (TESL, TEFL), isto é, psicologia cognitiva e educacional, metodologia, fonologia;
3) Características de personalidade.
Para se tornar uma boa instrutora, você pode buscar seu desenvolvimento nos dois primeiros itens. O terceiro faz parte da formação da pessoa, dificilmente podendo ser alterado.
Quanto a exames de proficiência, eles têm unicamente a função de avaliar, isto é, tirar um retrato de seu inglês naquele momento em que você a eles se submete. Portanto, o CPE, embora seja um excelente exame de avaliação, não vai lhe proporcionar o desenvolvimento de nenhum dos 3 aspectos acima. Servirá apenas para provar, àqueles que duvidarem, que você domina bem o inglês.
Sobre qualidades de um professor, veja O que é um Bom Professor.
Sobre programas de inglês no exterior, veja Inglês e Intercâmbio para Adultos e Escolas de Inglês na Inglaterra.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #284: Uma rápida história do ensino de línguas no Brasil
Caro Ricardo,
Gostaria de obter algumas informações a respeito da história do ensino de língua inglesa no Brasil. Eu preciso de alguns dados, como por exemplo datas, nomes de escolas, etc. Gostaria também de saber quais foram as primeiras escolas de inglês do país e que metodologia usavam em cada época. Muitíssimo obrigada.
Lisandra A. Oliveira <lisandraoliveira*hotmail.com> Wagga Wagga - NSW- Australia. Dec 10, 99
Prezada Lisandra,
Quando minha avó se formou professora por volta de 1910, para lecionar nos colégios elementares de então, já se ensinava inglês e francês. O marco inicial na história do ensino de línguas estrangeiras no Brasil entretanto, situa-se um século antes. Foi o Decreto de 22 de junho de 1809, assinado pelo Príncipe Regente de Portugal D. João VI, recém chegado ao Brasil, que mandava criar uma cadeira de língua francesa e outra de inglesa. Já a carta régia de janeiro de 1811, criava o lugar de intérprete de línguas na Secretaria do Governo da Bahia. (Leia mais sobre o Século 19 e o ensino de línguas no Brasil consultando a excelente tese de Luiz Eduardo Meneses de Oliveira em: http://www.unicamp.br/iel/memoria/projetos/teses/tese19.doc)

A década de 1930 representou um impulso no ensino de inglês no Brasil devido às tensões políticas no mundo que vieram a culminar na Segunda Guerra Mundial. A difusão da língua inglesa no Brasil passou a ser vista como uma necessidade estratégica para contrabalançar o prestígio internacional da Alemanha que encontrava no Brasil particularmente eco devido à imigração ocorrida no século anterior.

Assim, em 1935 surgiu o primeiro acordo de cooperação entre a "Escola Paulista de Letras Inglesas" e o Consulado Britânico, dando origem à "Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa", precursora da atual Cultura Inglesa. Em 1938 surgiu, também em São Paulo, o primeiro instituto binacional com o apoio do consulado norte-americano: o "Instituto Universitário Brasil-Estados Unidos" que mais tarde foi renomeado "União Cultural Brasil-Estados Unidos". Foi só a partir da década de 1960 que iniciou a proliferação dos cursos comerciais operando em redes de franquia.

TIPOS DE ESCOLAS

Além do ensino de inglês em escolas do Ensino Médio, são basicamente 3 os tipos de cursos livres de inglês encontrados hoje no Brasil.

Institutos binacionais: Em grandes cidades encontramos sempre os institutos binacionais. Estes possuem a tradição de se preocuparem mais com qualidade e aparentam ter maior seriedade e um objetivo menos comercial-expansivo. A maioria entretanto ainda utiliza uma metodologia convencional atrelada a um plano didático, e não mostram resultados surpreendentes. Veja aqui uma lista desses institutos no Brasil.

Cursos franqueados: Existe também um grande número de cursos operando sob o mesmo nome, dentro do sistema de franquia, os quais investem maciçamente em propaganda e empregam professores que podem variar de bons a sofríveis. Ao colocar ênfase no plano didático, no livro, o sistema de franquia não apenas negligencia em parte os requisitos de qualidades pessoais do instrutor, como também limita a ação daquele instrutor que por ventura for competente e criativo. Veja aqui uma série de perguntas e respostas sobre o sistema de franquia no ensino de línguas.

Escolas independentes: Em paralelo aos cursos franqueados, estão começando a surgir hoje em significativos números escolas independentes, normalmente iniciativa de pessoas com competência própria, que dispensam a receita didática e a fachada institucional de um franqueador. Embora estas escolas independentes representem uma probabilidade maior de proporcionarem um aprendizado eficaz, não representam absolutamente garantia de qualidade.

Escolas bilíngues: A partir da década de 2000, começaram a surgir escolas de educação infantil autodenominadas “bilíngues”. São fruto de uma nova realidade e se constituem numa reação aos cursos de línguas tradicionais. Partem do fato de que o aprendizado de línguas é muito mais eficaz na infância e de que, no mundo conectado de hoje, a maioria dos jovens já têm contato e familiaridade com a língua inglesa. Oferecem atividades onde a língua não é objeto de estudo, mas sim instrumento de comunicação para atividades educacionais diversas.

É preciso, entretanto, atentar para o fato de que autodenominar-se “escola bilíngue” não significa que realmente o seja. Bilinguismo, a rigor, significa falar dois idiomas como se fosse nativo em ambos ou com um nível igual de fluência. O principal componente de uma escola bilíngue é a presença forte da língua e da cultura estrangeira. Ou seja, corpo docente composto de cerca de 50% de estrangeiros nativos – requisito raramente atendido. Além disso, a escola bilíngue ideal seguirá o princípio conhecido como one-person-one-language. Ou seja, cada cuidador ou instrutor se comunicará com os aprendizes exclusivamente em sua língua materna.

METODOLOGIA

Quanto à metodologia usada no Brasil, esta sempre refletiu, com certo atraso, as tendências de cada época, as quais podem ser resumidas a três movimentos importantes:

O ensino de inglês no Brasil, na rede de escolas de ensino médio, de forma geral, ficou encalhado no método de tradução e gramática do início do século, enquanto que os cursinhos particulares, na sua maioria, ficaram encalhados no método audiolinguístico dos anos 60. Isto porque a abordagem natural-comunicativa, hoje predominantemente aceita, depende fundamentalmente do elemento humano qualificado e esbarra na dificuldade de se obtê-lo no Brasil, evidenciando uma flagrante deficiência de nossos cursos superiores na área de línguas. Depende também da presença do elemento nativo, mais difícil ainda de ser encontrado, devido às dificuldades burocráticas impostas pelo governo. Um ambiente de sala de aula voltada ao ensino de uma língua estrangeira, sem a presença de representantes autênticos dessa língua e de sua cultura, é um ambiente que não evidencia necessidade, não produz motivação e não estimula o aprendizado. Veja mais sobre a raíz deste problema em A deficiência de nosso sistema educacional e O que é um bom instrutor. Conheça também a solução para o problema em Rumos para o Ensino de Línguas no Brasil.

Parte do texto acima foi extraído da página Retrospectiva do aprendizado de línguas, onde você encontra mais informações. Veja também A review of teaching methodology e, para uma listagem de métodos com descrições mais completas, leia: Richards, Jack C. and Theodore S. Rodgers. Approaches and Methods in Language Teaching. Cambridge University Press, 2001.

Atenciosamente, Ricardo - EMB


Q #283: Meus parabéns pela excelente página. Gostaria de esclarecer um item em relação ao uso do passive voice: Quando perguntei a um americano, qual seria o passive da seguinte frase no present perfect continuous:
-- Mike has been smoking lots of cigars, recebi como resposta:
-- Lots of cigars have been smoked by Mike.
Concordo que o uso do passive voice nesse caso é desnecessário e até feio. Porém, entendo que, gramaticalmente correta estaria a seguinte (e estranha) frase:
-- Lots of cigars have been being smoked by Mike.
Am I right?
Já agradecido, Yuri Rogatschenko Siqueira <yurisiqueira*usa.net> Nov 28, 99

A: Prezado Yuri,
O exemplo acima de voz passiva que você construiu é ungrammatical; não ocorre.
É importante entender que língua é anterior à gramática. Língua é causa e gramática consequência, e não o contrário. Portanto, você pode deduzir regras gramaticais a partir do fenômeno existente, mas dificilmente fazer o contrário. Uma regra que podemos deduzir aqui é de que não existe voz passiva do perfect progressive.
Sua primeira iniciativa foi a correta. Você partiu de uma ideia e perguntou a um nativo, modelo ideal de performance, como colocar essa ideia.
Este caso ajuda a explicar porque acquisition é mais eficaz do que learning para se alcançar proficiência em línguas (especialmente inglês). Veja mais sobre tudo isso em <Gramática: prescritiva ou descritiva?> e <Language acquisition x language learning>.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #282: The Task-Based Approach
Hello Ricardo,
My name is Vanessa Andreotti and I am a Brazilian EFL teacher. I've been teaching English for 6 years at the Cultura Inglesa Curitiba. I'm currently doing a distance MEd in Eduacational Technology and ELT at the University of Manchester - UK. I've got an EFL site with ELT related links which is part of an EFL virtual Library Project. It's still very small (I started it 2 months ago) and I'd like to add a link to your site, as I found it really interesting specially the academic work related to Krashen and Chomsky. If you think there's no problem, please let me know. By the way, what's your opinion about the task-based approach? It seems to me that it goes perfectly with what you think about inner motivation.
Best regards, "Vanessa Andreotti" <vanessa_andreotti*yahoo.com> Nov 27, 99

A: Dear Vanessa,
Thank you for your interest in our work. We would be glad to be linked and would like to know your site's address.
According to the information we have, task-based seems to refer more to classroom learning and teaching activities than to a full approach based on clear language and learning theories. The fact that it is learner-centered is a positive factor, though.
If the approach does not neglect language acquisition, is not limited to a classroom setting, and if we define task as an interactive activity that provides comprehensible oral input of good quality, then it is very positive.
If possible, the task should be a real-world activity based on a real use of the language in a given situation. Task-based activities would be a perfect complement in a bicultural language acquisition environment.
Regards, Ricardo - EMB
Q #281: 's Genitive x of Genitive e adjetivação de substantivos
Prezados Senhores,
Venho por meio desta, solicitar uma ajuda técnica para uma questão de inglês que está tirando o meu filho do concurso do Instituto Militar de Engenharia. Ele foi muito bem em Matemática, Física, Química, História, Geografia e Português. O resultado foi conseguido com muito esforço e dedicação por parte dele, dentro de um projeto sério de estudo ao longo de dois anos. Uma das questões que ele respondeu está em desacordo com o gabarito oficial, sendo que vários livros indicam que a resposta dada também é correta. A comissão do concurso não aceitou o pedido de revisão abaixo. Dessa forma, venho encarecidamente perguntar aos senhores um parecer e mais instrumentos que sustentem a argumentação. Seguem abaixo o enunciado da questão, o gabarito oficial e a resposta marcada, onde a letra B também é uma resposta possível de acordo com a argumentação baseada nos livros referenciados:
The correct sentence is:
A) My father's friend called me yesterday. (Resposta fornecida pelo gabarito oficial)
B) The table's leg is broken. (Resposta marcada pelo candidato)
A questão acima pede a sentença correta e não a mais correta, possibilitando portanto a escolha da letra B como uma alternativa certa.
JUSTIFICATIVAS: A letra B utiliza o "genitive case" com o possuidor sendo objeto. O livro "STUDENT'S GRAMMAR", de Dave Willis, University of Birmingham, página 54, cita como válido o exemplo "I like the car's design" (onde o objeto carro é o possuidor e o artigo "the", associado a objetos, se faz presente, apresentando perfeita similaridade com "the table's leg"). Além disso, no período logo abaixo desta sentença exemplificada, o autor escreve que "esta forma é mais usual para pessoas do que para coisas", não excluindo portanto essa construção quando o possuidor é um objeto ou coisa. Dessa maneira, a resposta correpondente à letra B da referida questão também está correta.
O livro "GRAMMAR in use", de Raymond Murphy, Cambridge University Press, página 150, cita como válido o exemplo "the book's title", onde também o possuidor é um objeto. Antes de citar tal exemplo o autor esclarece que "Sometimes you can use 's when the first noun is a thing". Também pode ser observado que, o livro "Gramática Prática da Língua Inglesa" de Nelson Torres, cita na página 42 (anexo 3) que "Permite-se personalizar planetas, estrelas, países, oceanos, etc. Atualmente, a tendência é abranger mais e mais coisas, até seres realmente inanimados e nada personalizáveis". São citados a seguir exemplos do próprio livro: The moon's surface / The sun's rays / The army's traditions.
A respeito das referências bibliográficas consultadas, cabe notar que as gramáticas inglesas constituem documentos oriundos de renomadas universidades, Birmingham e Cambridge, de reputação amplamente reconhecida e plenamente capazes de emitir opiniões sobre a língua daquele país. Adicionalmente, o terceiro livro citado é escrito por um brasileiro tradutor e professor respeitadíssimo, elogiado por Belmiro Valverde Jobim Castor, ex-Secretário de Educação do Paraná, conforme consta na apresentação do livro.
Assim sendo, solicito ao prezado colega um parecer sobre a questão acima, bem como referências bibliográficas com exemplo, tendo em vista que o futuro de um adolescente, responsável e dedicado, depende deste resultado.
Atenciosamente, Luís Carlos dos Santos <d4santos*epq.ime.eb.br> Nov 25, 99

A: Prezado Luís Carlos,
Obrigado pela visita e pela confiança depositada em nossa opinião.
A questão de opção entre o 's genitive e o of genitive é parcialmente ambígua em certos pontos, mas clara em outros. A opção entre um e outro está relacionada a uma categorização de gênero dos substantivos. Esta escala relaciona:
para os quais a escolha recai preferencialmente sobre o 's genitive.
A uso do of genitive, por sua vez, recai sobre os substantivos pertencentes a categorias inferiores: the hub of the wheel, the windows of the house, the depth of the ditch
Existe uma considerável zona de ambiguidade no uso dos dois genitivos, fazendo com que ambos sejam possíveis em determinados contextos. Mesmo quando isto ocorre, entretanto, uma das formas sempre terá preferência aos ouvidos de um falante nativo, por questões de eufonia, ritmo, ênfase, ou pela relação implícita entre os substantivos. Outra alternativa muitas vezes preferida pelo falante nativo é a simples adjetivação do substantivo. Veja mais sobre isso em <www.sk.com.br/sk-perg2.html#58>.
No caso da questão colocada por você, o nosso parecer é de que a ocorrência de table's leg é improvável mas não impossível. A ocorrência mais provável de um nativo que se refere a uma perna de mesa quebrada seria: the table leg is broken. Ou seja, a adjetivação do substantivo table. Portanto, a questão formulada pelo Instituto Militar de Engenharia foi infeliz por oferecer uma segunda opção não de todo impossível. Na nossa opinião deveria ser anulada.
Referência bibliográfica: A Grammar of Contemporary English - R. Quirk, S. Greenbaum, G. Leech and J. Svartvik - Longman 1985. Páginas 198 - 202.
Finalmente, resta lembrar que línguas não são ciências exatas, para as quais possamos ter uma descrição única baseada em lógica. Línguas são fenômenos que nem sempre abrigam os conceitos de certo e errado, mas sim os conceitos de usual e não-usual.
Atenciosamente, Ricardo, Linda (Canadá), Teresa (EUA), Joy (EUA) - EMB
Q #280: Dear teachers, I'd like to know more about the TPR (Total Physical Response) methodology and techniques. Would you be kind enough to send me information, sites or even schools that are adopting this ? Thank you Newton Pfau Giraud <ngiraud*uol.com.br> Nov 18, 99

A: Dear Newton,
In the late seventies psychologist Asher, after observing that young children acquiring their native language learn to respond first to commands, physically, and after further observing that the child's listening comprehension is always ahead of his speaking ability, decided to adapt these facts to the second language teaching/learning situation. This resulted in a method whose basic three principles are:
1) listening comprehension should be developed before speaking;
2) listening comprehension can best be developed through responses to physical commands;
3) learners will spontaneously start speaking when ready.
The TPR can be considered a revival and extension of other earlier theories. It has enjoyed some popularity because of its support by those who emphasize the role of comprehension in second language acquisition. The real effectiveness of TPR however is questionable. The syllabus is predominantly out of reality, and of little usefulness. For many, TPR represents just a useful set of techniques for beginning levels and serving as a complement for other classroom activities inspired by other approaches to language teaching.
If you type TPR or Total Physical Response on AltaVista or Google, you'll find many sites on the subject. Here is one: <http://www.tpr-world.com>. You can also take a look in the following books:
Regards, Ricardo - EMB
Q #279: Moro em SP, e estou muito interessado na carreira de tradutor e intérprete no Brasil, mas tenho dúvidas sobre o que seria melhor e mais eficiente como aprendizagem:
   1) fazer faculdade de tradutor e intérprete em SP
   2) juntar uma grana e ficar 1 ano e meio nos U.S.
Estou aguardando sugestões... Adorei a HP, a melhor do assunto na internet .br Leonildo <imb*sti.com.br> Nov 17, 99

A: Prezado Leonildo,
Eu diria que ambos são importantes. Um lhe garante a necessária competência na língua e na cultura, enquanto que o outro lhe desenvolve qualificação acadêmica. O importante aqui é a ordem dos fatores: o desenvolvimento pleno da qualificação acadêmica depende de você já ter domínio sobre a língua, enquanto que este não depende de nenhum conhecimento acadêmico. Ou seja, antes de estudar a teoria do jogo de tênis, seria bom se você já soubesse jogá-lo; ou antes de estudar a engenharia automotiva, seria bom que soubesse dirigir. Portanto, antes de fazer faculdade, viaje. Boa sorte.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #278: Gostaria de saber de vocês, qual a influência do ensino de leitura na aprendizagem de língua inglesa? qual a melhor forma para este tipo ensino? Érica, estudante de Letras <rhe*zaz.com.br> Nov 17, 99

A: Prezada Érica,
Familiaridade com a língua escrita é um complemento de fundamental importância, que ajuda a desenvolver vocabulário, a estruturar as ideias, e a redigir adequadamente. Contato com a língua escrita entretanto não deve ocorrer de forma prematura, isto é, antes de haver uma certa familiaridade com a língua falada. Principalmente no caso do inglês, que é uma língua que se caracteriza por uma baixíssima correlação entre pronúncia e ortografia, o contato prematuro, antes do sistema fonológico ter sido parcialmente assimilado, vai causar danos difíceis de serem revertidos. Este aliás é um dos erros notórios no ensino de inglês que predomina no nosso segundo grau. Veja Interlíngua e Fossilização.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #277: Olá, Meu nome é Jefferson e sou professor de inglês, ou pelos menos tenho tentado. Fiquei muito feliz em poder encontrar esse site. Tem tudo que um profissional de ensino de língua inglesa precisa. Passei pelo menos 3 horas e meia lendo muitos artigos interessantes. Comecei a falar inglês quando tinha 14 anos. Sou autodidata. Trabalho como EFL teacher há apenas 4 anos. Comecei por acaso, mas logo me apaixonei por ensinar inglês. Claro que me limito ao que já sei efetivamente. Levo a sério a minha formação educacional e penso em estudar fora do país. Talvez na Inglaterra. Possuo um nível de inglês equivalente ao CAE/CPE (certificados que tenho) e CEELT II (obtido em julho passado). Gostaria de saber de vocês quais os passos a seguir para que eu possa me tornar um profissional qualificado em ensino de língua inglesa no Brasil. Vejo muitas escolas em minha cidade, Ribeirão Preto - SP, aproveitarem as necessidades de língua inglesa por parte dos alunos e fazerem um comércio barato, vulgarizando o ensino de inglês. Obrigado pela ajuda através do site. "Jefferson Coimbra" <jefferson.coimbra*zaz.com.br> Nov 17, 99

A: Prezado Jefferson,
Você já é mais qualificado do que muitos. Mas se quiser melhorar, saiba que são três os aspectos que fazem um bom professor de línguas: competência na língua e na cultura (isto é, fluência, pronúncia, cultura global, etc.), qualificação acadêmica (linguística, metodologia, psicologia do ensino, etc.), e características de personalidade. Nos dois primeiros, você pode atuar, e seus planos de estudar no exterior são a melhor maneira de desenvolvê-los simultaneamente. Não deixe de ler O que é um bom professor. Boa sorte.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #276: Prezado Ricardo, estive acessando seu "site" a respeito de verbos irregulares em inglês, e acabei me interessando por outros assuntos tratados, tal como facilidades do aprendizado de uma segunda língua para crianças, adolescente e adultos. Estudei inglês (somente em colégio) desde o 1o grau e parei de estudar em 1980, tendo na época, 23 anos. No início de 98, resolvi voltar ao estudo do inglês e matriculei-me na Cultura Inglesa, tendo feito um teste de nivelamento e ter sido colocada no Nível 3/6 (Ensino Básico e Intermediário). Hoje, estou terminando este Básico/Intermediário, e sinto que aprendi muito, pois considero a Cultura um bom Curso e, também, tenho me dedicado bastante, mas sinto que o "falar" ainda está muito difícil. Demoro muito para formar as frases, tenho medo de estar falando errado, às vezes, uso em excesso determinado tempo verbal, outras vezes, evito de usar um outro tempo, por não saber exatamente se devo ou não usá-lo. Estou com 42 anos, e modéstia à parte, tenho tido o melhor aproveitamento da turma e levo o estudo uma coisa muito séria, porque realmente estou muito interessada em aprender a língua. Somos 10 alunos numa faixa de idade que varia entre 15 anos e 55 anos, sendo que os mais jovens têm mais facilidade em falar e os mais velhos em escrever, o que é o meu caso. Estou tendo uma excelente formação gramatical, o que me facilita muito na escrita, mas o meu vocabulário não é muito rico, ainda, apesar de estar tentando ler bastante, entender músicas (que acho muito difícil), ouvir fitas, etc. Estou pretendendo continuar o curso, até o fim. Semestre que vem vou para o "Advanced" que são mais 2 anos e depois vem o chamado "Diploma", mas, às vezes, fico em dúvida, se, na minha idade, não seria melhor frequentar um curso de conversação, a partir do próximo ano. Às vezes, fico achando que nunca vou conseguir, devido à idade e não tenho chances de sair do país para ter mais contato com a língua, como vc sugere. Vc teria alguma outra sugestão para me dar? Agradeço antecipadamente a sua atenção. Sandra <scoelho*furnas.com.br> Nov 10, 99

A: Prezada Sandra,
A sua questão é a questão da grande maioria. O monolíngue tem uma resistência natural para entender que conhecimento a respeito de um idioma, de sua estrutura gramatical, etc, e habilidade funcional sobre o mesmo, não são a mesma coisa. Na verdade são tão diferentes que pouco interferem um no outro. A única transferência é via única: se houver habilidade funcional, ou seja, uma familiaridade já interiorizada, fica fácil de se entender a parte estrutural do idioma com todas suas irregularidades. Já aquele conhecimento obtido através de estudo formal e de esforço intelectual, sabe-se que não produz habilidade oral. Portanto, o que você deve se questionar em primeiro lugar é se deseja adquirir conhecimento sobre o inglês, ou se deseja adquirir habilidade funcional, para poder digamos viajar, comprar, vender, se relacionar com pessoas num âmbito global. Tendo claro seu objetivo, você poderá avaliar se está no lugar certo ou não.
Não se preocupe com a idade - você está numa bela idade, gostaria de conhecê-la. Aprendizado de línguas é um processo invariavelmente lento e que requer perseverança. Leia <O que é aprender inglês>, <Uma retrospectiva sobre metodologia de ensino de línguas>, <Language Learning x Language Acquisition> e <Como escolher um programa de inglês>. Boa sorte.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #275: Prezado senhor! Sou leitora e consultora assídua do "English Made in Brazil." Entretanto, não obtive sucesso na minha última consulta. Estou certa que desta vez você responderão ao meu pedido. Sabe-se que em inglês não há um pronome pessoal neutro (com relação a sexo) para a terceira pessoa do singular e que o pronome "they" é usado como substituto para pronomes indefinidos, em detrimento da concordância. E.g. If anybody calls, tell them I'm out, but take their names. Everybody believes in horoscopes, don't they? Nobody phoned while I was out, didn't they? No ITA, foi pedido a question tag da sentença: "Everybody knows it,______? A resposta dada como certa foi: doesn't he? Consultei algumas gramáticas e estas mencionavam que a tag seria: don't they? O "doesn't he?" viria do inglês formal? Ou existe outra explicação? Contando com seu esclarecimento, agradeço e despeço-me. Zilda. <czcoelho*sulminas.com.br> Nov 10, 99

A: Prezada Zilda,
Obrigado pela visita e desculpe o fato de não podermos sempre responder a todas as perguntas.
Com relação a sua pergunta, trata-se de uma questão controvertida, já anteriormente discutida em nosso site, inclusive com a participação de um linguista norte-americano. Veja <www.sk.com.br/sk-perg7.html#219> e <www.sk.com.br/sk-cola.html#non-sexist>. Após consultar as páginas acima, você verá que a questão formulada pelo ITA foi no mínimo truculenta, para não dizer indevida.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #274: Inversão entre sujeito e verbo na presença de advérbios
Qual a regra quando eu uso um advérbio negativo e tenho que fazer uma inversão, como na frase:
          Hardly ever will there be employees working here.
Não posso dizer simplesmente:
          Hardly ever there will be employees working here.
Thanks Caca <carlacarcelli*uol.com.br> Nov 9, 99.
 
A: Dear Caca,
Mais natural seria você dizer:
Entretanto, se você quiser enfatizar este advérbio (que não precisa ser de negação) colocando-o no início da frase, deverá obrigatoriamente fazer a inversão entre o sujeito (there) e o verbo auxiliar (be). Portanto, seu segundo exemplo seria pouco natural. Veja outros exemplos mais comuns:
Esse tipo de inversão portanto é opcional, tem a função de enfatizar o advérbio, e algumas ocorrências já fazem parte da linguagem informal (1,2,3), enquanto que outras não (4), limitando-se a linguagem mais formal.

A inversão também ocorre com verbos auxiliares:

She wanted to leave early and so did I.
He doesn't like to fly and neither do I.
She was angry and so was I.

Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #273: Qualificação x burocracia
Eu tenho dúvidas sobre os pré-requisitos para ensinar inglês no Brasil. Eu tenho o curso de Pedagogia e Pós Graduação em Educação Infantil. Estou estudando inglês nos Estados Unidos, em Phoenix um ano e meio. Estou me preparando para um mestrado. O mestrado que quero fazer é chamado: "Masters of Education Degree with a Concentration in Bilingual or ESL Education". Eu vou fazer esse Mestrado na ASU. Gostaria de saber se posso ensinar inglês no Brasil com essa qualificação. Obrigada, Andrea <andrea.cardozo*bigfoot.com> Nov 6, 99
Prezada Andrea,
Quer trabalhar conosco?
Nem um mentecapto deixaria de contratar você. Agora, se você estiver se referindo a eventuais entraves burocrático-legais, num país como o nosso é bem possível que haja. Neste caso nada saberíamos lhe informar, pois pouco nos interessamos por burocracia cartorial. Nossa opinião, entretanto, é que se você algum dia deixar de ser aceita em algum lugar por qualquer detalhe burocrático, deve se dar por satisfeita, pois tal lugar certamente teria sido uma fria. Afinal, quem é o rato para reconhecer a autoridade do leão?
Atenciosamente, Ricardo - EMB

Q #272: Mnemotécnica ou mnemônica
Senhor, preciso de sua ajuda com uma informação que para mim é muito importante. Não sei se o senhor conhece a ..........., uma escola de inglês que utiliza um método que eles chamam de anti-convencional. Suas aulas são baseadas na mnemotécnica e eles garantem um inglês fluente ao final de 12 meses, desde que o aluno se comprometa a fazer as atividades de casa por pelo menos 30 minutos diários. Gostaria de saber se o senhor conhece o método, se conhece alguém que já fez o curso e pode comprovar a sua eficácia, alguém, claro, que tenha se dedicado todos os dias como a escola pede. Sua opinião será decisiva para mim pois estou com 27 anos, já tentei várias vezes aprender o idioma mas sempre paro o curso antes mesmo de terminar o primeiro estágio. Aguardo ansiosa a sua resposta.
"Roseli Guimarães Diniz" <rgdiniz*pib.com.br> Nov 3, 99.
A: Prezada Rose,
O surgimento da mnemônica na área do ensino de línguas se deu como consequência dos métodos áudio-orais e áudio-visuais, em voga nos anos 60. A linguística de então sustentava que o aprendizado de línguas estaria relacionado a reflexos condicionados, e que a mecânica de imitar, repetir, memorizar e exercitar palavras e frases seria instrumental para se alcançar habilidade comunicativa.

Mnemônica é simplesmente uma técnica de memorização de informações através da criação de ideias paralelas. No caso de línguas, o objetivo é armazenar palavras, locuções e frases. Para facilitar a memorização, busca-se uma referência no nosso cotidiano, no nosso universo de experiências. Ao invés de se alcançar uma verdadeira familiarização, estabelece-se uma relação artificial entre a forma da língua estrangeira que nos é estranha com algo que nos seja familiar.

Por exemplo: você é iniciante em inglês e tem dificuldade em diferenciar Tuesday de Thursday; você se confunde e não consegue se lembrar qual é terça-feira e qual é que se usa para quinta-feira. Então você observa que a pronúncia de Tuesday lembra a palavra "tio", e os tios da gente são membros da família, pessoas importantes, que para nós vêm em primeiro lugar, assim como terça vem antes de quinta.

A técnica da mnemônica independe de método ou escola e qualquer um pode se habituar a usá-la como complemento no aprendizado de línguas.

Por outro lado, pesquisas sobre a fixação e a retenção das lembranças permitem determinar que retemos bem aquelas experiências que nos concernem diretamente. Ao contrário, nos esquecemos com facilidade o que é neutro, mal estruturado, pouco significativo. Assim como a química é melhor aprendida em laboratório do que na sala de aula, assim também as formas (palavras, expressões) da língua estrangeira ficarão mais facilmente retidas na memória se aprendidas em situações reais de comunicação, em vez de aprendidas num ambiente descontextualizado de uma sala de aula ou através de artifícios como a mnemônica.

Portanto, sendo a mnemônica um exercício desligado de experiências autênticas de convívio humano, eu diria que tem apenas utilidade complementar e limitada no aprendizado de línguas.

O que hoje a experiência demonstra e a linguística aplicada preconiza predominantemente é language acquisition. Um processo equivalente ao de assimilação da língua materna pelas crianças. É reaprender a estruturar o pensamento nas formas de uma nova língua a partir de experiências concretas. Cada um desenvolve de acordo com seu próprio ritmo, num processo que produz habilidade prática e não necessariamente conhecimento. É comportamento humano, fruto de convívio, de situações reais de interação em ambientes da cultura estrangeira. De preferência deve fazer parte da formação básica da pessoa, isto é, deve ser assimilado na infância e na adolescência. Se tiver que ser aprendido posteriormente, ensino e aprendizado, se é que assim podem ser chamados, devem ocorrer num plano pessoal-psicológico, e não num plano técnico-didático.

Infelizmente não existe milagre, no que se refere a aprendizado de línguas. O processo é lento, requer perseverança e o contraste entre a facilidade com que algumas pessoas aprendem e a extrema dificuldade com que outros se defrontam é grande. Veja o que é talento.
A única utilidade da mnemônica é para desenvolver vocabulário. Leia aqui sobre a importância do vocabulário no desenvolvimento de habilidade com línguas estrangeiras.
Atenciosamente, Ricardo - EMB

Q #271: Prezados Senhores,
Esta home page foi me recomendada por amigos. Penso que esteja crescendo muito. Faço votos. Gostaria de inquirir sobre qual é o melhor sistema de avaliação de proficiência oral em idioma estrangeiro. Gostaria de compartilhar algumas dúvidas sobre a "superioridade da criança" sobre o adulto: Quais foram, ou são os critérios para tal assertiva? O tempo de exposição foi levado em consideração? Há tempos venho ouvindo sobre tal superioridade, mas não consigo obter as fórmulas de avaliação para ter-se chegado a tais resultados. Confesso que, na prática, tenho observado que os resultados não são muito diferentes quando os fatores e elementos avaliadores são iguais. Gostaria de maiores informações sobre os processos de avaliação que levaram a esta conclusão.
Também gostaria de lançar um desafio a todos. Acredito sinceramente que os fracassos relacionados à aquisição de uma língua estrangeira, estão mais ligados à ineficiência metodológica do que está disponível no mercado, do que a falta de capacitação de professores (de outra forma crianças nativas não falariam o idioma - pois nunca receberam treinamento formal de ensino), assim penso que seria muito interessante aos pesquisadores desenvolverem metodologia realmente eficaz.
Atenciosamente, "Marcos Liberato Shibuta" <realtime*convoy.com.br> Oct 20, 99
A: Prezado Marcos,
Um bom método de avaliação de proficiência em língua estrangeira deve colocar ênfase em habilidade comunicativa, principalmente oral, e deve avaliar também competência cultural. Desta forma, torna-se muito difícil fugir da subjetividade.
A habilidade superior da criança sobre o adulto está relacionada aos conceitos de language learning e language acquisition. Enquanto que adultos têm uma capacidade indiscutivelmente superior a crianças para adquirir conhecimento (language learning), crianças exibem uma evidente facilidade maior para assimilar idiomas (language acquisition). Sendo que proficiência (habilidade funcional) no idioma estrangeiro depende mais de acquisition do que de learning, estaria explicada a notória vantagem das crianças. Eu diria que esta superioridade das crianças em language acquisition é um fato que está mais para axioma do que para hipótese. São muitos os autores que a esse fato se referem. Da nossa modesta biblioteca posso citar 3:
Suas observações na prática possivelmente são de iniciativas que submetem adultos e crianças a uma metodologia semelhante, provavelmente voltada a language learning, portanto deixando de explorar o aspecto em que a superioridade das crianças é notória. É possível também que o critério de avaliação esteja orientado a avaliar conhecimento em detrimento de habilidade.
Veja mais aqui sobre aprendizado de crianças.
A ineficiência no ensino de línguas a que você se refere é o que temos denunciado em nosso site. O ensino de línguas no Brasil ou está atolado numa tendência do início do século a literatura e gramática, ou está subjugado ao interesse comercial em detrimento do conhecimento científico, mais motivado pela lucratividade do que pela vocação acadêmica, e impulsionado por vultosas verbas publicitárias que projetam marcas em detrimento da identidade e qualificação pessoal de quem ensina.
Veja mais aqui sobre como avaliar programas de inglês.
Atenciosamente, Ricardo - EMB

Q #270: OLÁ... ADOREI SUA HP.. mas tenho uma dúvida e preciso de alguns conselhos... Tenho 16 anos e estou no 2° Colegial... próximo ano eu vou fazer um intercâmbio cultural de 1 ano, vou com o AYUSA, como vou no meio do ano, lá pra agosto/setembro eu gostaria de saber se há como eu terminar o 3° Colegial em 6 meses, ou vou ter que "perder" praticamente 2 anos?? Quando eu for para lá o que eu irei aprender de Matemática, Geografia, etc...?? ou seja, qual será minha matéria?? O AYUSA é realmente bom?? Por favor responda essas minhas perguntas o mais breve possível pra eu ir me preparando, e desculpe se deixei alguma dúvida no ar... mande me um e-mail por favor... Muito obrigado e até mais!
"Danilo James de Souza" <djames*zip.net> Oct 19, 99
A: Prezado Danilo,

Você não precisa perder se não quiser. As escolas e as secretarias de educação normalmente aceitam os transcripts das escolas do exterior. Talvez venha a ser exigida uma tradução por tradutor juramentado, coisas da burocracia que não entende inglês. Entretanto, você talvez não devesse se preocupar tanto com o tempo mas sim em adquirir todo conhecimento que um 3° colegial aqui tem para oferecer. Afinal, a carreira acadêmica de uma pessoa não é uma corrida para ver quem termina antes. Os conteúdos da escola de lá naturalmente não serão os mesmos da escola daqui. Sua experiência no exterior não será uma continuidade da sua carreira estudantil daqui. Será muito mais do que isso. Representará na verdade um rompimento total de sua rotina atual. Será um período de enriquecimento cultural e desenvolvimento de sua habilidade com a língua estrangeira, representando uma oportunidade de crescimento inigualável. Portanto, você deve pensar bem se, após seu retorno, não vale a pena continuar seus estudos aqui a partir do ponto onde você parou. Leia mais sobre intercâmbios aqui.

Sobre a AYUSA, um de nossos patrocinadores já foi representante deles aqui para o sul do Brasil, mas largaram a representação devido à difícil comunicação com eles e à excessiva burocracia exigida. Você entretanto não precisa se preocupar. O êxito de um programa desses pouco depende da organização que intermedia, mas sim de sorte em cair numa família realmente acolhedora e de sua própria habilidade em aceitar a cultura estrangeira, a ela se adaptar e se relacionar com as pessoas. Atente para o preço que estão lhe cobrando. O programa da AYUSA é em escolas da rede pública e custa US$2500 por 1 semestre e 3.500 por 2 semestres, incluindo o seguro saúde. Além disso, naturalmente, tem a comissão do agente no Brasil. Boa sorte.

Atenciosamente, Ricardo - EMB

Q #269: Olá, Gostaria de saber qual é o uso correto: You and I ou you and me. Para perguntas do tipo "quem vai jogar primeiro?" ou who`s gonna play first? se a resposta correta é "i" ou "me". Sandra L. Mazzeo - wic idiomas & informática <wic*kyotec.com.br> Oct 12, 1999
A: Prezada Sandra,
You and I ou you and me depende da função dos pronomes. Dentro de uma visão gramatical prescritiva, se o pronome funcionar como sujeito, I, you, he, she, we, they são as formas corretas, embora seja comum a ocorrência da outra forma (me, you, him, her, us, them) em linguagem informal no falar de nativos. Por outro lado, se o pronome funcionar como objeto, me, you, him, her, us, them são as formas gramaticalmente corretas, embora haja também a ocorrência (hypercorrect) da outra forma, (I, you, he, she, we, they).
Atenciosamente, Ricardo, Linda & Joy - EMB

Q #268: Caro EMB,
Há pouco mais de um ano atrás, quando descobri este interessante site, observei que vocês não são muito favoráveis a franquias, e naquela época eu havia recém começado um curso de inglês, o qual infelizmente era uma franquia, decorreram alguns meses e tudo o que vocês alertam realmente ocorreu, são ótimos sistema de cobrança, porém a questão cultural fica a desejar. Acabei me desligando do curso. Quando procurei uma nova entidade, tive cuidado para não incorrer no mesmo erro, porém, a escola tem um método de ensino rápido, inglês em 12 meses. Basicamente cada sala comporta no máximo 5 alunos, o material didático compõem-se de 3 livros (com 10 lições cada) e 3 CD's. A duração de cada aula é 1 h/semanal e após a 15a lição uma aula normal mais 2h de complementação com vídeos ou fitas com nativos além de conversação. Que nível um estudante pode conseguir estudando nesse método? Vocês aprovam esse tipo de ensino? A propósito parabéns pelo excelente site, vocês são "feras" mesmo! Um grande abraço. ANDERSON ESQUIVEL DO AMARAL <ESQUIVEL*correios.com.br> Oct 6, 99
A: Prezado Anderson,
Em primeiro lugar, em se tratando de aprendizado de línguas, não é a escola nem o método usado que determinam o tempo necessário para se atingir uma determinada meta. Cada pessoa tem o seu próprio ritmo e seu próprio teto, e precisará de um determinado tempo para atingir um determinado nível de proficiência. Veja O que É Talento.
Em segundo lugar, um trabalho personalizado, improvisado, feito sob medida, voltado aos interesses e necessidades de cada aluno e de cada grupo é sempre superior a um pacote didático predeterminado como o que você menciona acima.
A limitação dos grupos a cinco participantes é um aspecto definitivamente positivo. Entretanto, o programa faz uma detalhada descrição do material e do plano de aulas, mas não há menção ao aspecto mais importante de todos: o instrutor. Isto é como falar das chuteiras e do horário do jogo, sem mencionar o nome do jogador. Veja Como Escolher um Programa de Inglês.

Atenciosamente, Ricardo - EMB

Q #267: Lendo sobre Language Acquisition and Language Learning me surgiu uma dúvida: Se o melhor modo de se aprender qualquer idioma é Acquisition onde o Learning entre nessa história? "Marcos Paulo Arezo Silva" <arezo*zipmail.com.br> Oct 6, 99
Cursos de memorização que dizem ensinar um idioma em poucas semanas através de aprendizagem acelerada, PNL, músicas barrocas (que despertam o lado direito do cérebro) são realmente eficazes?
E esses métodos que utilizam mais learning que acquisition, pois ensinam a memorizar listas com mais de mil palavras em inglês e seus respectivos significados. O que você acha deles? O que você acha a respeito do aprendizado através do esforço intelectual?

PERGUNTAS & RESPOSTAS:
ÍNDICE
JULHO 2005 - DEZEMBRO 2006  |  JANEIRO - JUNHO 2005
JULHO - DEZEMBRO 2004  |  JANEIRO - JUNHO 2004
JULHO - DEZEMBRO 2003  |  ABRIL - JUNHO 2003
JANEIRO - MARÇO 2003  |  OUTUBRO - DEZEMBRO 2002
JULHO - SETEMBRO 2002  |  ABRIL - JUNHO 2002
JANEIRO - MARÇO 2002  |  OUTUBRO - DEZEMBRO 2001
JULHO - SETEMBRO 2001  |  ABRIL - JUNHO 2001
JANEIRO - MARÇO 2001  |  OUTUBRO - DEZEMBRO 2000
JULHO - SETEMBRO 2000  |  ABRIL  - JUNHO 2000
JANEIRO - MARÇO 2000  |  OUTUBRO - DEZEMBRO 99
JULHO - SETEMBRO 99  |  ABRIL - JUNHO  99
JANEIRO - MARÇO 99  |  OUTUBRO - DEZEMBRO 98
JULHO - SETEMBRO 98  |  JANEIRO - JUNHO 98
MARÇO - DEZEMBRO 97  |  SETEMBRO 96 - MARÇO 97

Mande suas consultas para um dos endereços abaixo e nós responderemos com a maior brevidade possível. As perguntas interessantes, juntamente com as respostas, serão publicadas com o nome do autor.

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