![]() |
|
ENGLISH
PORTUGUESE LINGUISTICS & CULTURE |
Autor: | Ricardo - EMB |
E-mail: | emb@sk.com.br |
Data: | 13/MAI/2015 11:27 PM |
Assunto: | Esclarecimento |
Mensagem: |
Prezado Enio, O aprendizado natural de uma língua estrangeira se inicia
sempre pela familiarização com essa língua na sua forma oral, em situações
reais de convívio em ambientes onde essa língua é usada, pois línguas são, fundamentalmente,
fenômenos orais. Das 4 habilidades - listening, speaking, reading e writing,
a ordem natural é exatamente essa: o entendimento oral precede a produção oral,
e estas habilidades orais precedem ou ocorrem em paralelo ao desenvolvimento
das habilidades com a língua escrita. A inversão dessa ordem pode causar problemas, principalmente
em se tratando de ingês como língua-alvo. Isto porque a correlação entre
ortografia e pronúncia no inglês é extremamente irregular. Quer dizer, o mesmo
grafema (letra) não corresponde sempre ao mesmo fonema (som). Não tem sempre a
mesma interpretação, a mesma pronúncia. Isto representa uma acentuada
dificuldade e explica o fato do estudante em seu relato não conseguir se
comunicar oralmente com nativos. O perfil de aprendizado desse estudante é muito comum no
Brasil, onde o ensino da língua inglesa tradicionalmente neglicencia a
oralidade ou, quando não negligencia, disponibiliza modelos de performance não
autênticos. No caso do seu relato, houve uma assimilação parcial. Seria uma
situação comparável a de uma pessoa que conhece todas as regras de trânsito e
alcança pontuação máxima no exame teórico para carteira de habilitação, sem
saber dirigir. Possui conhecimento sem ter ainda desenvolvido a habilidade correspondente. Para alcançar fluência, não precisará estudar. Terá, isto sim, que
praticar muito. Quanto às diferenças entre os dialetos americano e
britânico, eu diria que são menos acentuadas do que as diferenças entre o
português brasileiro e o europeu. O ideal para um aprendiz é familiarizar-se
com ambos. Atenciosamente, Ricardo - EMB |