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Kanomata - ESL
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ARQUIVO 3 - PERGUNTAS E RESPOSTAS DE JANEIRO A JUNHO DE 98
Este
foro é aberto ao público. Todos são convidados a perguntar,
questionar, divergir, opinar, ou esclarecer. Mande suas consultas e opiniões
para um dos endereços abaixo e nós responderemos com a maior
brevidade possível. As mensagens interessantes, juntamente com as
respostas, serão publicadas com o nome do autor.
As opiniões aqui emitidas
não são de responsabilidade do patrocinador deste site.
Conheça aqui a equipe do English Made in Brazil
Q #117: Terceirização
Gostaria de saber qual é a melhor tradução da palavra "terceirização" para o inglês. Já recebi as seguintes
dicas: Sublet and Third party. Grato. Paulo Roberto M. Bastos da Silva<pmiguez*eletrobras.gov.br>
June 30, 98.
A: Prezado Paulo,
O substantivo terceirização pode ser traduzido por outsourcing
ou pode ser explicado como the contracting out of services.em
inglês. Já o verbo terceirizar seria to outsource.
Esta resposta teve a colaboração de Eliane <digom*bigfoot.com>.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #116: Como seria a tradução correta de "The
worst foe lies within the self"... Seria alguma coisa como "O mal maior encontra-se
dentro de si"? Kewl site you got there! :) Wagner <wit*inbrapenet.com.br>
June 29, 98.
A: Prezado Wagner,
Traduzir é a arte de recriar; de reestruturar uma ideia nas formas que a língua
para a qual se traduz oferece, e sob a ótica da cultura ligada a essa língua.
Portanto, é ao nível da ideia e não das formas, que a correlação pode ser estabelecida.
É um trabalho muitas vezes mais artístico do que técnico. Textos objetivos e com
conteúdo claro são muito mais fáceis de traduzir do que aqueles com frases de
efeito e figuras de retórica. Uma qualificação básica de um bom tradutor, é ser
um nativo ou quase-nativo na língua para a qual ele está traduzindo. Além disso,
deve ter conhecimento específico sobre o assunto traduzido e criatividade para
saber recriar.
Uma vez que para traduzir adequadamente é sempre necessário interpretar e
recriar; para recriar é necessário entender; e para entender bem seria necessário
ter um contexto maior. Mas mesmo sem ter um contexto maior, eu traduziria esta
frase por: "O pior dos inimigos é aquele que está dentro da própria pessoa"
ou "Seu pior inimigo é você mesmo". Ou seja, o maior inimigo
da gente são nossas próprias limitações, fraquezas, etc.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #115: Perhaps e maybe
Ricardo, Qual seria a diferença entre perhaps e maybe no significado
(se é que existe) e no uso? Obrigada, Regina <campos*aol.com.br> June 24, 98.
A: Prezada Regina,
Perhaps e maybe são sinônimos. Talvez possamos
dizer que perhaps seja um pouco mais formal enquanto que maybe
mais provável de ocorrer em linguagem coloquial.
Ricardo e Meredith - EMB
Q #114: Hi, since you are located in Rio Grande
do Sul, relatively close to Uruguay, I thought that you might have some insights
into the following matter: My wife, a native speaker of Castellano from Ecuador,
is starting to learn Portuguese, but she is having a difficult time with certain
aspects of Brazilian pronunciation. She is using Portuguese language cassettes
in which the initial syllable of "diferente", "dia", and "de"
are pronounced like the initial syllable in the English words "jeep" and
"jeans". She wants to learn this particular pronunciation (even though
she knows that there are many Brazilians in the south of the country who pronounce
this syllable like "deep" and "deans"), but she usually confuses
it with the pronunciation of the "j" in queijo or the "g" in gíria.
The "ll" in the Spanish word "lleno" is like the "j" in queijo,
but there is nothing in Spanish that corresponds to that initial syllable of "diferente".
By the way, she is also having problems with the open vowels of "pode"
and "pé" as well as all of the nasal vowels. My question: is
there a special methodology used to teach Brazilian pronunciation (of the standard
kind that is used on the TV news broadcasts there) to Spanish-speakers? She wants
to avoid any possibility of speaking a fluent "portuñol" in a year because
of picking up bad pronunciation habits now. Thanks! Dale <delegz*rpi.edu>
June 22, 98.
A: Dear Dale,
Thank you for your interesting question and sorry for the delay
in replying. The tapes your wife is using are correct, and I'm afraid that
there aren't many Brazilians that still pronounce /ti/ as in team
or as in till and /di/ as in dean or as in dim.
This particular combination of sounds is defined by a phonological rule
applying to most dialects of Brazilian Portuguese:
- /t/ or /d/ before /i/ --> /tshi/ and
/dzhi/
In other words, alveolar stops become affricates in the presence of
the portuguese vowel /i/. This difficulty is typical among students
of Portuguese as a Second Language, both Spanish and English native speakers.
It is very understandable that your wife has trouble with the Portuguese
vowels. Being Spanish a language with a system of only 5 vowel phonemes,
its native speakers will predictably have difficulty to acquire a system
of 7 vowels. It is the same kind of difficulty that both Portuguese and
Spanish native speakers have to recognize and produce the English phonemes
/iy/ as in beat and /I/ as in bit. The 7 vowel
phonemes of Portuguese, not including the 5 nasal vowels, are:
- /i/ as in Ivo, /ê/ as in mesa, /é/ as in
Eva, /a/ as in casa, /ó/ as in ótimo, /ô/
as in ovo, /u/ as in uva
In addition to contact with native spoken Portuguese, your wife will
need recognition and production exercises for these particular problem
areas. Thank you for visiting our web site. Regards,
Ricardo - EMB
Q #113: Olá Ricardo,
Tenho dúvidas em relação a regras de pronúncia
com o uso do 's (possessivo). Sei que existe uma relação
com a letra no final da palavra: que as terminadas em p k t seguidas
de 's têm a pronúncia de /s/. E o restante, com sons
de /z/ e /Iz/? Qual seria a melhor forma de apresentar isto aos meus alunos
uma vez que livros didáticos enfatizam a pronúncia correta
em diferentes formas de escrita? Agradeço desde já pela sua
atenção e gostaria de dizer que sempre encontro respostas
para muitas de minhas dúvidas no seu site. É ótimo!
Regina <campos*aol.com.br> June 20, 98.
A: Prezada Regina,
Obrigado pela visita ao nosso site.
- Vejamos em primeiro lugar o inventário completo de fonemas em
inglês:
- - Voiceless consonants: /p/, /t/, /k/, /tsh/, /f/, /Ø/, /s/,
/sh/, /h/.
- - Voiced consonants: /b/, /d/, /g/, /dzh/, /v/, /ð/, /z/, /zh/,
/m/, /n/, /ng/, /r/, /l/, /w/, /y/.
- - Vowels: /iy/, /I/, /ey/, /é/, /æ/, /â/, /a/, /ó/, /ow/, /U/, /uw/.
Tanto o grafema _'s genitivo como o _s
plural, e mesmo o _s do verbo no presente, terão sua
pronúncia influenciada pelo meio em que ocorrerem.
- 1) Se o fonema que precede for voiceless consonant -
/p/, /t/, /k/, /f/, /Ø/ - menos /s/, /sh/, /tsh/, a pronúncia
será de voiceless alveolar fricative /s/.
- Ex: Pete's /piyts/,
cat's /kæts/, books /bUks/, coughs /kófs/,
months /mânØs/.
- 2) Se o fonema que precede for voiced consonant ou vowel
- /b/, /d/, /g/, /v/, /ð/, /m/, /n/, /ng/, /l/, /r/, /iy/, /I/, /ey/,
/é/, /æ/, /â/, /a/, /ó/, /ow/, /U/ e /uw/ - menos
/z/, /zh/, /dzh/, a pronúncia será de voiced alveolar
fricative /z/.
- Ex: Bob's /babz/,
dogs /dógz/, loves /lâvz/, clothes /klowðz/,
comes /kâmz/, John's /dzhanz/, sings /sIngz/,
Cole's /Kowlz/, Peter's /'piyDârz/, trees /triyz/,
pays /peyz/, colas /'kowlâz/, Pa's /paz/, laws
/lóz/, Joe's /dzhowz/, blues /bluwz/.
- 3) Se o fonema que precede for palatal affricate, alveolar
fricative ou palatal fricative - /tsh/, /dzh/, /s/, /z/, /sh/,
/zh/ - a pronúncia será /Iz/.
- Ex: catches
/'kætshIz/, Jones' /'dzhownzIz/,
- Em inglês, palavras normalmente não terminam em /h/, /I/,
/é/, /æ/ ou /U/.
Como pode-se ver, a complexidade da questão acima limita uma análise dessa
natureza ao estudo acadêmico de linguística pura. Por maior que fosse a preocupação
com a precisão da pronúncia, provavelmente ultrapassaria o grau de praticidade
no caso do ensino de EFL (English as a Foreign Language). Neste caso, outros
pontos de persistente dificuldade deveriam ser analisados e exercitados prioritariamente.
No caso de brasileiros, falantes nativos de português, por exemplo, é notória
a dificuldade em produzir alveolar stops /t/ e /d/ na presença das vogais
/iy/ e /I/, bem como em diferenciar os fonemas vogais /iy/ e /I/ como em eat
e it. Veja mais sobre isso em As Vogais do Português
e do Inglês.
Com relação à representação gráfica de sons em linguística, o fato de que
diferentes autores e diferentes dicionários usam simbologias diferentes, torna
o estudo de fonética um verdadeiro caos, agravado pela limitação de computadores
em reproduzirem certos símbolos. Eu tive que improvisar na análise acima, devido
às limitações da linguagem HTML usada na confecção de páginas na Internet. Como
resultado de anos de esforços para padronizar a representação gráfica de sons
no estudo de fonética, existe o conjunto de símbolos fonéticos da IPA
(International Phonetic Association).
Atenciosamente, Ricardo e Linda - EMB
Q #112: 1-O que significam
as expressões "sux" e "rules"?
2-O que quer dizer "boogie"? Igor Vilela Faquini <faquini*elogica.com.br>
Jun 19, 98.
A: Prezado Igor,
Obrigado pela visita ao nosso site.
1) "sux" é uma forma ortográfica jocosa
de "sucks" - ser um saco. Ex: That guy sucks -
Aquele cara é um saco.
2) "rules" pode ser do verbo to rule - mandar,
dominar. Poderia também ser o plural do substantivo rule
- regra. Embora não tenhamos o contexto em que as palavras ocorrem,
o mais provável que se trate de gíria, como a linguagem usada
pelos personagens Beavis & Butt-head, significando o antônimo
de suck. Ex: That guy rules - Aquele cara é demais.
3) Também precisaríamos de um contexto para definir melhor
"boogie" - dançar rock, correr, tatú (de
nariz).
Esta resposta contou com a colaboração do Prof. Ronaldo J. Jappe
de Cruz Alta - RS.
Ricardo e Linda - EMB
Q #111: "Slim"
and "thin" são adjetivos sinônimos que usamos
p/ pessoas? Thanks!! Cecilia <ceciliab*domain.com.br> Jun 13, 98.
A: Hi Cecilia,
Slim and thin are synonyms, but we can say that slim
is more complimentary to the person it refers to. That is, slim
has a connotation of elegant.
Regards, Ricardo - EMB
Q #110: O que significa:
"Helter Skelter","lemme"and "cuz"?
Quais as espressões para os verbos "flatular" e
"defecar" na forma culta e coloquial? Agradeceria demais
a resposta. Um abraço. Igor Vilela Faquini <faquini*elogica.com.br>
June 12, 98.
A: Caro Igor,
helter-skelter (normalmente usado como advérbio)
- desorganizadamente, em desordem, em confusão.
lemme - contração de let me. Ex:
lemme tellya (let me tell you)
cuz - contração de because.
flatular - to pass gas, to pass wind
peidar - to fart
defecar, exonerar os intestinos - to have a bowel movement,
to go to the bathroom
cagar - to take a shit, to take a dump
Disponha sempre de nosso website. Ricardo - EMB
Q #109: Dear friend.
First, congratulations, your homepage is excellent. My name is Leo
and I don't know the difference between:
1) Present continuous used as future? Ex: I'm travelling tomorrow.
2) Simple present used as future? Ex: The plane leaves at 5 o'clock.
3) Future with "will"
4) Future with "going to".
Could you send me an e-mail with the complete rules about these four
kinds of future. Could you help me? Thanks, Leo Garbarski, Rio Grande do
Sul, Brasil <leog*zaz.com.br> June 7, 98.
A: Dear Leo,
Thank you for visiting our site and for your nice words.
As in Portuguese, in English you can use the simple present and the
present continuous to express future ideas.
The present continuous may be used to express future time when
the idea of the sentence concerns a planned event or definite intention.
Examples:
- Mary has an appointment with a doctor. She is seeing
Dr. Smith next Wednesday.
Pete has already made plans. He is leaving
at noon tomorrow.
What are you going to do this afternoon? After lunch
I am meeting a friend of mine. We are going shopping.
Verbs like rain or get sick, for example, could not be
used in the present continuous to indicate future action because rain
and get sick are not planned events. A future meaning for the present
continuous is indicated either by future time words in the sentence or
by the context.
The simple present is another verb tense that can be used to
express future time in sentences that concern events that are on a definite
and regular schedule or timetable. These sentences usually contain future
time words. Only a few verbs are normally used this way: open, close,
begin, end, start, finish, arrive, leave, come, return. Examples:
- The museum opens at ten tomorrow.
Classes begin next week.
The plane leaves at 6 P.M. tomorrow.
In the situations we use the simple present with the meaning
of future, we can also use the present continuous. Ex:
- The boys start school on Monday. = The boys
are starting school on Monday.
I leave tonight. = I'm leaving tonight.
The differences between them could be explained as follows:
a) The simple present sounds more impersonal than the continuous.
I'm leaving tonight would probably imply that I have decided
to leave, but I leave tonight could mean that this is part
of a plan not necessarily made by me.
b) The simple present can also sound more formal than the continuous.
A big store planning to open a new branch is more likely to say Our
new branch opens next week than Our new branch is opening
next week.
c) The simple present is sometimes used where the continuous
would sound a bit clumsy, for example when speaking of a series of proposed
future actions, like plans for a journey:
- We leave at six, arrive in Porto Alegre at eight and take
the plane at nine o'clock.
sounds better than:
- We
are leaving at six, arriving in Porto Alegre at eight and
taking the plane at nine o'clock.
Note, however, that in a sentence such as My train leaves
at six we are using the simple present for a habitual action. Here,
therefore, the simple present is not replaceable by the continuous.
WILL x BE GOING TO:
1) To express a prediction, either one can be used. (Para prever algo que
venha a acontecer no futuro, as duas formas podem ser usadas.)
Ex: According to the weather report, it will
rain tomorrow. / According to the weather report, it's going to
rain tomorrow.
Be careful! You'll hurt yourself! / Be careful! You're going to hurt yourself!
2) To express a prior plan, only BE GOING TO should be used. (Para nos referirmos
a uma ação futura, porém como resultado de um plano preestabelecido.)
Ex: Why did you buy this paint? I'm going to
paint my bedroom tomorrow.
Are you busy this evening? Yes. I'm going to
meet John at the library. We're going to study.
3) To express willingness and intention at the moment of decision, only WILL
should be used. (Para nos referirmos a uma ação futura resultante
de nossa predisposição, no momento em tomamos a decisão.)
Ex: The phone's ringing. I'll get it.
If you don't understand, ask your teacher. He'll help you.
Speaking to a waiter: - I'll have a beer, please.
We hope this will help you.
Regards, Ricardo and Linda - EMB
Q #108: Hi. In my continuing
effort to gain as much knowledge of Brazilian Portuguese as I can before
I arrive in Santa Cruz, I've run across some more questions regarding pronunciation
of the language in Rio Grande do Sul. According to the books I have, initial
[r] is pronounced [x] as in Spanish jota as well is the syllable
final [r] and the [rr] sound as in carro. I know that the syllable
final [s] is pronounced as in English, as you wrote me before. I just wanted
to know about the [r] sound and any other regional pronunciations. I have
read that Rio Grandian Portuguese is pronounced more like Spanish. Also,
any vowel sounds that are different, please let me know, if you have time.
I really appreciate this. Thanks! Kirk Lanzone Terry <kterry*iupui.edu>
June 2, 98.
A: Hi Kirk,
Due to strong influence of TV, gauchos (the ones from Rio Grande do
Sul) may pronounce initial /r/ either way. It has become a free variation
between the two allophones: the trill [rr] as in Spanish ratón
and the velar fricative [x] not only as in Spanish jota, but also
as in French rouge. Today the occurrence of [x] predominates (especially
in word-initial), but regardless of position the real outcome is unpredictable
in the south.
You may be right in saying that the South Brazilian dialect somehow
resembles Spanish.
Concerning the pronunciation of vowels, you'll see variations only
in the Northeast. Between Rio, São Paulo and Rio Grande do Sul,
there are no significant variations.
Keep in touch.
Regards, Ricardo - EMB
Q #107: Hi. This may be a
strange question, but in my studies of Portuguese, in which I'm currently
immersed, I'm having trouble deciding some pronunciation. In my book, they
teach the student to make syllable final "s" into [sh].
Is this done in RS? The book only says that this is done in Rio and some
other areas. I just don't want to sound pretentious. Kirk Terry <kterry*iupui.edu>
May 1, 98.
A: Hi Kirk, The [sh] is an allophone of the phoneme /s/
in syllable-final position, occurring in the dialect of Rio. It does not
occur in most of the other regions of Brazil, including Rio Grande do Sul.
Keep in touch. Ricardo - EMB
Q #106: Fruit can
be uncountable or countable. But I don't understand the difference. Could
you explain? Soup is uncountable but is onion soup countable?
Thanks! Cecilia <ceciliab*domain.com.br> May 30, 98
A: Hi Cecilia,
You are right. Uncountable nouns can be used occasionally as countable,
with a slightly different meaning. Fruit is normally uncountable,
but if you are talking about the different kinds of fruit in the tropical
climate, for example, you can refer to it as fruits. The same applies
to nouns like coffee, beer, soup, onion soup, etc. They are normally
uncountable but if you go to a restaurant it's quite acceptable to order
three coffees, four beers, two onion soups, five ice creams, etc.
Portanto, a classificação dos substantivos em contáveis
e incontáveis não é rígida.
Take care, Ricardo - EMB
P.S.: You can also use the word fruits (plural form) with the meaning
of result or reward of work or activity. Ex: They are now beginning to
appreciate the fruits of their work. Geane - RS <geanel*terra.com.br>
Reply: THANKS!!! I LOVE U!!!
Q #105: ESL for free in the USA
HI, It's Cecilia again. I'm an English teacher and would like to study English in
the US for about 1 month just to improve it. However I can't afford paying the
course, so is there any way of studying abroad only paying the plane ticket?
Thanks Cecilia <ceciliab*domain.com.br> May 18, 98
A: Hi Cecilia,
There are ESL classes for free in many public high schools and community
colleges. They take place twice a week usually and you can join them at
any time and attend different groups at different schools. In some places
you can also find ESL classes at public libraries and bible-study groups
at churches. They are all free, but keep in mind that you would still have
to pay for accommodations and local transportation. Also, it is difficult
to get prior information here about those places so that you could go directly
to the right place.
Sincerely, Ricardo - EMB
Q #104: Textos para adolescentes de escola pública
Professor Ricardo,
Sou professora de inglês, de 7ª e 8ª séries, numa escola pública de
Brasília, à noite. Os alunos não têm livro didático, nem tiveram contato anterior
com a língua. Tenho feito o possível e o imaginário - para não dizer o impossível!
Gostaria de saber se existe algum site no qual possa encontrar textos interessantes
e acessíveis para adolescentes do noturno e que são trabalhadores. Serei muito
grata se puderes me ajudar... Lailah <lailah*capes.gov.br> May 18, 98.
A: Prezada Lailah,
Não sei quantos alunos tens na sala, mas se for o que imagino, cerca de 30
ou 40, há muito pouco que possa ser feito. Se tivéssemos que ensinar uma ciência
lógica, com a ajuda de um microfone poderíamos transmitir nosso conhecimento para
aqueles que prestassem atenção. No caso de línguas estrangeiras, entretanto, por
não se tratarem de ciências exatas e lógicas, fáceis de serem estudadas, mas sim
de habilidades desenvolvidas e assimiladas na prática e no convívio humano, não
é possível criar condições para que ocorra aquisition
numa sala com 20 adolescentes ou mais.
Se não for esse o caso, ou mesmo que seja mas que não possa
ser alterado, eu sugiro tentar ir ao encontro do interesse da maioria. Deixe-os
decidir se os próximos textos em inglês serão a respeito
de futebol, basquete, música, sexo, drogas, etc. Então uma rápida
pesquisa na Internet vai lhe proporcionar textos sobre esses assuntos, os quais
talvez tenham que ser editados para tornarem-se mais fáceis e acessíveis.
Você criaria uma versão simplificada do texto e, se os alunos realmente
se ligassem no assunto, depois de digerida essa versão simplificada,
você poderia então apresentar o texto original.
Raramente encontram-se textos ou materiais de ensino prontos para cada situação.
A improvisação com o auxílio da Internet pode representar
mais trabalho, mas é sem dúvida melhor.
Atenciosamente, Ricardo.
Q #103: Hi, Please, help
me: Shall we say IN the street or ON the street? In a grammar
book by Raymond Murphy I saw IN the street, but in my exercise I
saw I live ON av.... street. Help me! Thanks Cecília <ceciliab*domain.com.br>
May 17, 1998.
A: Dear Cecília,
After discussing the matter with an American, a Canadian, and a British,
they agreed in one point: both sound correct. On the street
would mean something rather permanent, like an address. Ex: The hotel
is on the main street. In the street would be
more transitory. Ex: I came across with him in the street yesterday.
I like to walk in the streets of New York.
Sincerely, Ricardo, Linda, Sophie & Meredith - EMB
Q #102: Inglês no Japão
Olá!!! Primeiramente quero parabenizá-los pela excelente home-page. Em segundo
lugar, gostaria de pedir algumas informações: Quando e como o inglês foi introduzido
no Japão? Quais são os usos do inglês lá no Japão? Com que frequência é usado?
Por favor, espero por uma reposta.
Um grande abraço a todos, Ellen Canossa Gagliardi (elleng*regra.com.br) May 14, 98
A: Prezada Ellen,
A introdução da língua e da cultura inglesa no Japão é a parte mais importante
da introdução da cultura ocidental no Japão. O curso da ocidentalização do Japão
segue um paralelo à própria história do ocidente.
Tudo começou com as grandes navegações dos Portugueses. Até então o
Japão era uma cultura milenar quase que totalmente isolada do resto do mundo.
O português Francisco Xavier em 1546 foi o primeiro ocidental a pisar em solo
japonês e, a partir daí, Portugal passou a explorar principalmente o comércio
com o Japão. Como resultado desse primeiro contato com o ocidente, o vocabulário
da língua japonesa foi enriquecido com palavras como pan (pão), birudo
(veludo), etc.
Durante os séculos em que o mundo testemunhou o declínio de Portugal no cenário
político e econômico do mundo e uma crescente expansão do colonialismo inglês
e da influência da Inglaterra no mundo a partir da revolução industrial, o Japão
passa por um longo período de isolamento. É só a partir de meados do século 19
que o Japão reabre seus portos sob pressão das potências ocidentais, e inicia-se,
ao final do século 19, um período de profundas reformas estruturais baseadas nos
moldes ocidentais. É aí que o império japonês encontra na monarquia do Reino Unido
o modelo ideal para suas reformas políticas (monarquia parlamentarista) e econômicas,
e para sua rápida expansão industrial. Prova disso pode ser vista ainda hoje nas
ruas japonesas com o trânsito de veículos pelo lado esquerdo, como na Inglaterra.
Mais recentemente, a maciça influência política e econômica dos EUA a partir
da segunda guerra mundial, principalmente no Japão que sofreu a ocupação militar
norte-americana de 1945 a 1951, veio a consolidar a importância da língua inglesa.
Finalmente, a crescente globalização do mundo proporcionada por novas tecnologias
de comunicação e informação, elege definitivamente o inglês como língua do mundo
e qualificação básica do indivíduo, principalmente num país líder em desenvolvimento
tecnológico e econômico como o Japão.
No caso do ensino de línguas no Japão, temos que considerar alguns aspectos
relevantes:
Em primeiro lugar, o Japão moderno é uma nação cuja riqueza depende quase
que totalmente de sua capacidade de trabalho, de produção, e de exportação. É
um país pobre em recursos naturais que precisa importar quase tudo para industrializar
e exportar. Nesta intensa atividade de comércio com o resto do mundo, o inglês,
como meio de comunicação, é essencial.
Por outro lado, o Japão é uma sociedade com uma cultura milenar sui generis,
de origens muito diferentes das nossas culturas ocidentais devido ao isolamento
geográfico. Considerando que língua e cultura são dois aspectos inseparáveis ligados
ao comportamento humano, não tratando-se língua simplesmente de um meio de comunicação,
mas de uma forma de pensar e de agir, pode-se entender o quanto mais difícil e
demorado é o processo de assimilação do inglês pelos japoneses. Considerando-se
também que embora diferentes as línguas européias, suas culturas têm origens comuns,
influenciadas pela cultura grega, pelo império romano, pelo latim, pelo cristianismo,
e pela proximidade geográfica, entende-se facilmente o grau de semelhança que
há entre elas. Todas as culturas européias e suas línguas têm pois raízes comuns
e podem ser consideradas muito próximas no contexto amplo das línguas do mundo.
Poderíamos dizer por exemplo que a língua espanhola é quase irmã gêmea do português;
a língua italiana, sua meia-irmã; o francês, seu primo; e o inglês, talvez um
primo de segundo grau. Sabe-se, por exemplo, que 50% do vocabulário do inglês
tem origem no latim. Qual é o brasileiro que precisa estudar inglês para entender
palavras como important, necessary, vocabulary, pronunciation, dictionary,
industry, etc.?
Com base nesses fatos e também na experiência que temos no ensino de inglês
no Japão (3 anos) e no Brasil (11 anos), podemos afirmar que é quase assombrosa
a facilidade com que alguns brasileiros aprendem inglês, se comparados ao ritmo
de assimilação da média dos japoneses.
A necessidade que o Japão moderno tem do inglês, por um lado, e a dificuldade
em aprendê-lo, por outro lado, fazem do Japão o país em que mais tempo e dinheiro
se gasta no aprendizado de inglês. São dezenas (ou talvez centenas) de milhares
de escolas de inglês, e um número maior ainda de native speakers norte-americanos,
canadenses, britânicos, australianos, neozelandeses, etc, dando aulas de inglês.
É um mercado constantemente em alta, e é com total devoção e persistência que
homens e mulheres, jovens e velhos se entregam ao estudo do inglês.
Como consequência disso, o japonês moderno, muito mais do que o português,
é uma língua impregnada de anglicismos. O inglês não é a única fonte de estrangeirismos
do japonês, mas é sem dúvida a principal. Eu me lembro ter visto em uma livraria
na cidade onde morávamos no Japão um dicionário exclusivamente de estrangeirismos,
o qual, só pelo tamanho, já faria inveja à versão mais completa do nosso Aurelião.
Os anglicismos da língua japonesa dividem-se em dois tipos:
1) Aqueles que conservam o significado original predominantemente inalterado.
Ex: teeburu (de table) - mesa
kittin (de kitchen)
- cozinha
gaaden (de garden)
- jardim
kamera (de camera)
- máquina fotográfica
2) Aqueles que são criados a partir de palavras do inglês,
mas que nada significam em inglês.
Ex: misin (de machine) - máquina de costura
sararii man (de salary
man) - executivo
oelu (de O.L. - office
lady) - funcionária de escritório
Espero ter proporcionado uma visão superficial do papel do inglês no Japão
e me coloco à disposição para desenvolver mais o assunto.
Atenciosamente, Ricardo
Q #101: Hi, Could you
give an explanation of the term "pull out"? I looked in
the dictionary and found something different from what I saw in my book.
Ex: The man pulled out the guns. Cecília <ceciliab*domain.com.br>
May 14, 1998
A: Hi Cecília,
Pull out has three frequent meanings:
- 1) extract, take something out of a place. Ex: pull out a
tooth, pull something out of your pocket, pull out the gun.
- 2) remove from participation, withdraw. Ex: The main investor
pulled out from the project. The coach pulled out the defender from the
team because of his poor performance.
- 3) leave a parking place. Ex: He started the engine and pulled
out.
Regards, Ricardo and Linda
Reply: Thanks!! thanks!! you're great!! God bless u!!!
Cecilia
Q #100: HI, I'm Cecília. Can we: arrive in
or arrive from? Please if possible until tomorrow. It's urgent. Thanks
a lot. Cecília <ceciliab*domain.com.br> May 10, 1998.
A: Hi Cecília,
You can arrive from the US at 6 o'clock;
you can also arrive at the airport, in São
Paulo, on Monday.
Sincerely, Ricardo and Linda. - EMB
Q #99: HI, I'm Cecília.
Shall we say: "how much ARE the coffee and tea" or "how
much IS the coffee and tea". Please if possible until tomorrow.
It's urgent. Thanks a lot. Cecília <ceciliab*domain.com.br>
May 10, 1998.
A: Hi Cecília,
I asked a British (23), a Canadian (46), and an American (23), all
college educated, language students, and with ESL teaching experience. They all
agreed that "How much is the coffee and tea" sounds more
natural, but both are acceptable.
Sincerely, Ricardo, Sophie, Linda & Meredith. - EMB
Q #98: OI! Quando é
que eu uso "tiptoe" e "tiptoes"?
Espero uma resposta! Muito Obrigado!
Abraços a todos, Gustavo Ragonezi Alves <ragonezi*gnet.com.br>
May 1, 98.
A: Prezado Gustavo,
Tiptoe é frequentemente usado como substantivo, significando a posição
de quem está ou anda na ponta dos pés. Neste caso poderá ser usado tanto no singular
como no plural, e normalmente acompanhado da preposição on: on
tiptoe ou on tiptoes.
Tiptoe pode também ser usado como verbo e nesse caso pode aparecer
com s final no presente, ao se referir à terceira pessoa do singular:
He tiptoes to her room every night.
Atenciosamente, Ricardo e Linda - EMB
Q #97: José Carlos e o ensino de línguas no Brasil
Caros Diretores,
Professores e Profissionais do English Made in Brazil
Confesso a vocês duas fortes emoções e outras inquietações:
A primeira é saber se vocês têm ideia da importância do material que vocês
colocam à disposição de estudantes, empresários, professores e todos aqueles que
necessitam conhecer o idioma inglês. Porque não basta deixar disponível. Isto
é fácil. O que é extraordinário é a qualidade das informações e a fundamentação
pedagógica dos temas tratados. Nota-se que vocês compõem uma entidade que tem
embasamento ao tratar dos assuntos. E mais: têm a coragem de dizer (ou podemos
inferir) que essas centenas de cursos de ensino de idiomas estrangeiros têm mais
compromisso com o lado comercial do que a busca de um tratamento pedagógico mais
adequado para um brasileiro que quer aprender um idioma e que, quer queira quer
não, pensa 99% na língua pátria.
A segunda emoção é de desapontamento. De que me adianta ter tomado conhecimento
de algo tão bom se está fora do meu alcance. Eu descubro vocês, mas vocês estão
longe de Brasília. Aquilo que parecia ser uma esperança, acabou sendo um sonho
remoto demais. Não dá para viajar todos os dias até o sul do Brasil.
De qualquer forma, a questão que eu quero levar a vocês é a seguinte: é possível
um profissional já contaminado por tantos cursos (...., ......, ..... ........
......-..., ...... ........ ......-..., ......., ....., etc.), que chega ao inicio
do avançado e quando, por alguma razão, para 6 meses, tem que recomeçar do básico?
Como vocês tratam um aluno nestas condições? É um aluno-problema ou um aluno-desafio?
Porque se vocês repetirem aquela de que tudo depende do aluno ou que tem que pensar
em inglês (morando no Brasil), eu desisto de uma vez e não preciso de escola.
Junto uma grana e um dia vou morar nos EUA. Na verdade o que eu quero saber é
se é possível me comunicar em inglês vivendo no Brasil e, claro, se vocês conseguem
realizar tal façanha.
Já cheguei uma vez a acreditar no método de inglês
"aprenda dormindo, sem esforço". Achava uma proposta fantástica.
Já não tinha muito tempo mesmo e um método daqueles
era tudo que eu precisava. No início tive muita insônia com
aquele troço no ouvido, tentando entender como dormindo o inglês
entraria no meu imaginário. Com o tempo meu sono passou a ser normal,
inclusive meu desempenho em inglês, ou seja, nenhum avanço.
Naquela época (anos 70) não havia o PROCON prá reclamar
de propaganda enganosa.
Não obstante seja graduado em análise de sistemas, pós-graduado em comércio exterior
e graduando de direito (7º semestre) e tenha feito uns 35 cursos de aperfeiçoamento,
já tive algumas oportunidades profissionais perdidas pelo fato de não ter fluência
em inglês. É desesperador. Você tem experiência e conhecimento muito mais do que
outros candidatos, e o cara te diz que embora teu currículo seja excelente, é
preciso ter um certificado TOEFL, Cambridge, etc. e o teu background vai todo
pro lixo. Vale dizer que minha trajetória acadêmica foi toda errada. Primeiro
eu deveria ter aprendido inglês, de verdade, e depois partir prá outra coisa.
Desculpe, tomar o tempo de vocês. Mas quem sabe há uma esperança. Um dia vocês
se reúnem e chegam à conclusão de que o caso do José Carlos é até muito comum
no Brasil e ele não está sozinho nesta situação. Quando vocês tiverem um diagnóstico,
please, send me a message.
Gostaria também de obter endereços de escolas nos Estados
Unidos ou entidades que mantêm algum tipo de intercâmbio cultural.
Tenho 43 anos, casado, 2 filhos, vida atribuladíssima (full-time)
e já não aguento escola de inglês que me pede
prá comprar um livro diferente a cada vez sempre me garantido que
é o melhor.
Um grande abraço a todos. José Carlos. bahyanno <oliverrah*uol.com.br> Apr
26, 98.
A: Prezado José Carlos,
Obrigado pela visita ao nosso site e pelos elogios ao material ali
publicado.
É inegável o fato de que a qualidade do ensino de línguas
em geral no Brasil poderia ser muito melhor (Veja A
Deficiência de nosso Sistema Educacional). O que a ciência da linguística
aplicada preconiza há mais de 10 anos, e o que o mundo globalizado de hoje exige,
raramente está presente aqui, tanto nos populares cursinhos de língua estrangeira,
como em programas universitários que se propõe a formar professores de línguas;
e muito menos na escola secundária.
A preocupação maior de parte dos
cursinhos tem sido padronizar para poder disseminar e controlar. A aderência
a pacotes didáticos pré-determinados facilita a proliferação
do negócio através de redes de franquia, uma vez que abre
mão parcialmente do requisito de qualificação do franqueado.
Ao invés de se apoiarem em profissionais competentes e permitir-lhes
autonomia, padronizam e apoiam-se em marcas que são sustentadas
comercialmente por vultosas verbas publicitárias. A ênfase
no material (Livro 1, 2, 3), por outro lado, facilita o controle sobre
a receita financeira do franqueado.
Em paralelo a isso, o ensino de línguas
estrangeiras é uma área de atividade muito vulnerável
ao comércio inescrupuloso e amador por ser um serviço cuja
qualidade é difícil de ser avaliada pelo cliente. A ele é
vendido como se pão quente fosse; e só depois de anos, como
você, vai dar-se conta de que não produziu o efeito esperado.
São esses fatos que nos permitem levantar
a hipótese de que a receita pedagógica predominante, ou é
ineficiente por incapacidade de seus autores, ou tem um objetivo mais comercial
do que educacional. (É sempre injusto, entretanto generalizar, pois
é inquestionável também o fato de que existem alguns
institutos e muitos instrutores indiscutivelmente sérios e competentes.)
O exemplo por você citado do "aprender
dormindo" é um bom exemplo que vem a confirmar nossa hipótese
sobre a desenfreada priorização do comercial sobre o acadêmico
no ensino de línguas no Brasil.
Quanto ao seu desapontamento pelo fato de um
de nossos patrocinadores não possuir uma escola associada em Brasília,
eu diria que se você ler nossa página Como
Escolher um Programa de Inglês no Brasil, provavelmente saberá
encontrar uma escola ou um instrutor em Brasília oferecendo um trabalho
com abordagem semelhante.
Quanto ao seu histórico no estudo de inglês, nosso diagnóstico
é de que houve de parte de seus instrutores excessiva preocupação com language
learning (estudo convencional, acúmulo de informações a respeito da estrutura
do idioma) e poucas atividades que lhe possibilitassem language acquisition
(assimilação natural, desenvolvimento de habilidade sobre o idioma através de
esforço comunicativo decorrente de interação humana). Veja Language
Learning x Language Acquisition e Retrospectiva do
Aprendizado de Línguas sobre esse assunto.
Outro fato a considerar é que esses cursos, uma vez que
atrelados a um plano didático único, também estabelecem um ritmo único. Isto é,
são calibrados para pessoas normais, com ritmo de aprendizado normal, não respeitando
o ritmo de assimilação daqules que precisam de mais tempo, nem explorando o talento
dos mais rápidos. Num programa desses, é comum o aluno lento (essa lentidão às
vezes é temporária) ser passado ao nível seguinte mesmo sem ter mostrado o desenvolvimento
necessário, simplesmente porque tudo é uma marcha padronizada, correspondendo cada grupo
a um nível, e fazer o aluno rodar seria perder um cliente. Talvez isso tenha ocorrido
com você, o que explicaria o fato de ter alcançado um nível avançado num curso
e ser avaliado como iniciante em outro. É possível também que devido à acirrada
concorrência entre estes cursos em rede, seu desenvolvimento não seja reconhecido
por ser resultado da receita de um concorrente.
Sua constatação de que no mercado de trabalho e no mundo
de hoje inglês tornou-se uma qualificação básica tão indispensável a ponto de
comprometer toda uma formação acadêmica e profissional, é uma verdade incontestável.
É verdadeira e perspicaz também sua opinião de que talvez devêssemos nos preocupar
com essas qualificações básicas durante nossos anos de escola primária e secundária,
antes de iniciarmos nossa trajetória acadêmica, mesmo porque domínio sobre o idioma
da comunidade global é hoje indispensável como instrumento acadêmico e ferramenta
profissional. Veja Monolinguismo - o Analfabetismo Moderno
e Por que Crianças Aprendem Melhor?.
Quanto a seus planos de fazer uma economia e viajar com
o objetivo de aprender inglês, nossa opinião é de que não existe forma mais rápida
e completa de aprendizado do que essa. Melhor, só se você tivesse feito isso antes.
Em uma mensagem separada estamos lhe enviando orientações sobre como e onde estudar
inglês no exterior.
Sua segunda melhor opção é procurar um instrutor competente.
Recomendamos aqui novamente a leitura de nossa página Como
Escolher um Programa de Inglês no Brasil.
Desejamos-lhe boa sorte e colocamo-nos à disposição para a continuação desse
debate. Em uma mensagem separada, estamos lhe enviando orientações sobre como
estudar inglês no exterior.
Atenciosamente, Ricardo - ENGLISH MADE IN BRAZIL
Reply: Professor Ricardo,
Agradeço suas úteis orientações. A forma atenciosa
como vocês se dirigem a pessoas não integrantes de sua escola, apenas reforça
a minha convicção de que em meio à floresta há ainda jequitibás, raros, sem dúvida,
mas suficientes para fazermos a distinção entre o que é permanente e tem qualidade
e as centenas de eucaliptos plantados e replantados, muito perfumados, mas tãos
efêmeros quanto a lógica do lucro fácil.
Abraços. José Carlos <oliverrah*uol.com.br>, Brasília
Q #96: Toerag
Olá amigos!!! Gostaria de fazer uma pergunta a vocês. Em uma das músicas do novo
CD de Eric Clapton, há uma frase que diz: "Just a toerag on the run". Não
sei o que quer dizer toerag. Por favor me ajudem. Denis Osmar Paul <denis*viavale.com.br>
Apr 18, 98.
A: Dear Denis,
Toerag is an old Victorian-era epithet given to beggars
and "guttersnipes" who infested the alleys of London. The name
was derived from the fact that they could not afford shoes or socks, and
therefore wrapped rags about their feet to protect them.
Regards, Ricardo & Sophie -EMB
Q #95: Inglês comercial, para secretárias, business English, etc.
Estou à procura de um curso de inglês comercial, cartas, ligações,
.... Por favor informar se há alguma coisa nesse sentido. Simone Fernandes
<simonefe*tke.com.br> Apr 17, 98.
A: Prezada Simone,
Permita-me usar uma analogia para expressar uma opinião a respeito
de habilidade em línguas estrangeiras. Se você souber dirigir,
dirige de dia ou de noite, com chuva ou sem. O importante é aprender
a dirigir. Posteriormente, conforme as circunstâncias em que se encontrar,
você desenvolverá maior prática em estrada ou na cidade.
Da mesma forma, o importante é assimilar o idioma uniformemente, em
todos seus aspectos, tais como: fonética, diferenças idiomáticas
e vocabulário em geral, estruturação de frases, diferenças
culturais, etc. À medida em que você desenvolve sua habilidade
sobre o idioma, você naturalmente vai direcionando a sua assimilação
de vocabulário ao que lhe é mais útil. O bom ensino de
idiomas é aquele individualizado já desde o início, decorrente
de interação humana, naturalmente direcionado aos interesses de
cada aluno, e não aquele atrelado a um plano didático nem artificialmente
limitado a quaisquer situações da realidade. Veja com desconfiança
anúncios do tipo Business English, English for Travel, pois tratam-se
de pacotes fechados, receitas prontas, comida enlatada.
Decorar meia dúzia de frases para atender o telefone seria o
equivalente a aprender a dar partida no motor do carro, apenas.
Veja aqui mais sobre como escolher um curso de inglês.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #94: Bom dia, Estou entrando
em contato com vocês, pois achei super legal a sua Home Page, e também
porque tenho algumas dúvidas quanto a aulas de inglês. Foi
citado numa de suas páginas que 35 horas não são o
mesmo que 50 horas. Estou pretendendo entrar em um curso de inglês
que utiliza o método Interchange, porém como não tenho
tempo durante a semana, só poderei fazer aulas aos sábados,
3 horas/semana. Vocês acham que haverá aproveitamento nas
aulas, pelo fato de ser apenas 1 aula por semana? Agradeço a atenção
desde já. Etienne Fujita <Etienne.Fujita*dana.com> Apr 17,
98.
A: Prezada Etienne,
Em primeiro lugar, o Interchange é uma série de livros
apenas, não um método. Quando fala-se em método, pressupõe-se
um projeto educacional estruturado sobre uma determinada teoria de linguística
e em sintonia com uma determinada teoria de psicologia educacional. Você
pode mudar de livro sem mudar de método.
Se estabelecermos uma analogia entre o aprendizado
de uma língua estrangeira com o futebol, eu diria que a importância
dos materiais a serem usados, ou seja, dos livros, pode ser comparada às
chuteiras que o jogador usa. O bom jogador joga bem com qualquer chuteira
no pé. A chuteira pode até causar-lhe um certo desconforto,
mas nem por isso ele deixará de jogar bem. O bom instrutor será
sempre bom, com qualquer livro, ou melhor ainda sem livro; e o aluno com
talento e motivação, aprenderá rapidamente com ou
sem materiais.
A importância do instrutor da escola é
comparável à dos demais jogadores do time de futebol. Se
houver companheirismo e entrosamento na equipe, o desempenho do nosso jogador
será significativamente facilitado. Entrosamento em um programa
de línguas ocorre quando o instrutor sabe ver a realidade pela ótica
do aluno e ajuda-o no esforço criativo de expressar seus pensamentos
em linguagem precisa. Portanto, o instrutor é de importância
fundamental.
Finalmente, o seu desenvolvimento na língua
estrangeira se compara ao desempenho do jogador. Ambos dependem significativamente
de talento e esforço próprio. Ou seja, é você
que constrói seu próprio aprendizado. E este depende muito
mais de assimilação natural do que de estudo formal. É
muito mais desenvolvimento de uma habilidade do que acúmulo de conhecimento.
Depende mais de interação humana do que de esforço
intelectual. Ocorre mais num plano pessoal-afetivo do que num plano técnico-didático.
Quanto à carga horária, é claro que quanto mais, melhor. O ideal é que esta
carga seja bem distribuída ao longo da semana. Mas o fato de não ser, não me parece
ser de grande importância.
Veja aqui mais sobre como escolher cursos que
se propõe a ensinar pessoas a falar inglês.
Desejo-lhe boa sorte.
Atenciosamente, Ricardo
Q #93: Olá, Meu nome é Monica Karina Hansele. Estou
ensinando português para alemães. Em vista disto, procurei uma especialização
na área da linguística para aperfeiçoar meus conhecimentos. Como tema para minha
tese, estou abordando justamente a aprendizagem de línguas estrangeiras. Para
isso, procurei na internet algum material de apoio e acabei encontrando sua hp,
na qual me interessei muito, pois trata em alguns tópicos sobre o que procuro.
Mas ainda necessito de mais referências. Por isso, lhe escrevo solicitando quaisquer
outras bibliografias a respeito. Fico no aguardo e agradeço desde já. <Zem*aol.com.br>
Apr 16, 98.
A: Prezada Monica,
O ensino de português para estrangeiros, bem como o ensino de
línguas em geral, é uma área da linguística
muito pouco desenvolvida no Brasil.
Como você deve ter notado, nosso site contém uma grande quantidade
de materiais sobre linguística que contrastam o inglês e o português. O enfoque
predominante entretanto é unidirecional e na direção oposta, isto é, na direção
de quem fala português como língua materna e parte daí para o aprendizado de inglês.
Alguns dos materiais podem ser facilmente adaptados, outros não.
Já no plano da linguística aplicada, mais especificamente
metodologia de aprendizado de línguas, a nossa página explica
muito superficialmente o Natural Approach de Stephen
Krashen, que tem estado na crista da onda há mais de dez anos.
Nossos departamentos tanto de ESL (English as a Second Language) como PSL
(Portuguese as a Second Language) estão fortemente baseados na teoria
de Krashen, embora seja nossa opinião que o plano psicológico
não foi devidamente explorado por Krashen. Para conhecer melhor
o trabalho de Krashen, eu recomendo:
Krashen, Stephen D. Principles and Practice in Second Language
Acquisition. Prentice-Hall International, 1987.
Krashen, Stephen D. Second Language Acquisition and Second Language
Learning. Prentice-Hall International, 1988.
Principalmente o primeiro deles é excelente.
Atenciosamente, Ricardo
Q #92: Como aprender inglês no exterior II
Oi, Ricardo. Meu nome é Adriano e estou aqui nos Estados Unidos, onde vi pela
primeira vez seu site na Internet. Tenho 24 anos e estou tentando ao máximo aprender
essa língua fascinante que é o inglês. Estou estudando no Arizona e gostaria de
saber o que eu poderia fazer pra aprender o máximo possível, uma vez que não tenho
muitos amigos, mas eu moro com um native. Isso é muito bom, mas às vezes
acho que se eu tivesse mais pessoas por perto aprenderia mais porque estaria mais
exposto à língua. Adorei suas ideias. Você é profundo nas suas afirmações. Quando
eu voltar ao Brasil, terei ficado aqui seis meses ou um pouquinho mais. Desde
já, um abraço e muito obrigado. Adriano <jswillette*classic.msn.com> Apr
14, 98
A: Prezado Adriano,
Que coincidência! Também estudei no Arizona, em Tempe,
na Arizona State University. O que estás fazendo, é o melhor. Nada jamais será
mais efetivo para a assimilação da língua estrangeira do que a experiência de
convívio "in loco" com as pessoas que representam essa língua e essa cultura.
A globalização do mundo e o barateamento do transporte aéreo está colocando o
ensino tradicional de línguas, aquele atrelado a pacotes didáticos tipo Livro
1, 2, 3, em xeque-mate.
Aprendizado de línguas é fundamentalmente
contato humano. Se arranjares uma namorada, vais aprender com redobrada
velocidade. Deves procurar fazer amizades, ir a festas, arranjar um trabalho
qualquer. Envolvimento é a palavra chave. Afaste-se de seus amigos
brasileiros e procure não julgar as diferenças culturais
que vai descobrindo. Troque suas opiniões formadas pela curiosidade
de entender o porquê das diferenças. Se estiveres em um campus
universitário, procura usufruir de tudo a que tens direito. Eu,
quando estive na ASU, aproveitei até o serviço de aconselhamento
psicológico grátis da universidade. Inventei um problema
de adaptação e usufruí de 3 sessões que representaram
um intenso exercício de linguagem para expressar diferenças
culturais, sentimentos e conceitos abstratos.
Deves portanto te acercar de pessoas e com elas
te comunicar; te entrosar socialmente. Seis meses nos EUA devem te proporcionar
uma fluência muito boa, provavelmente mais do que 3 anos de cursinho
no Brasil.
Boa sorte. Ricardo - EMB
Q #91: Olá Ricardo,
Novamente quero lhe parabenizar por sua home page. Eu copiei através
da impressora todas as dicas disponíveis em seu site, além
de todas as perguntas. Está sendo muito útil, obrigado. :)
Tenho outra dúvida que surgiu recentemente. Eu estava assistindo o filme "Copland"
(recomendo :)), quando notei a seguinte pergunta (pelo menos foi o que entendí..)
"You forgot that?". Fiquei surpreso com a construção gramatical, pois sempre
pensei que a única forma correta seria: "Did you forget that?", na mesma
noite ao me encontrar com meus amigos americanos no mirc, perguntei sobre a pergunta
acima e eles disseram ser correta, será mesmo? Tenhos dúvidas, pois talvez, eu
tenha expressado mal a pergunta, por isso lhe peço um melhor esclarecimento, pelo
qual agradeço desde já.
Saudações. Nadir Tomasini Junior - Passo Fundo (RS) -
<tomasini*pas.matrix.com.br> Apr 10, 98
A: Prezado Nadir,
Intonation questions ocorrem frequentemente no inglês
de native speakers, mas não devem ser usados em lugar do
modo interrogativo, pois têm uma conotação própria.
Veja mais sobre perguntas em inglês:
QUESTIONS IN ENGLISH
1. YES/NO Questions: require a "yes" or a "no"
in the answer.
- 1.1 STANDARD: You just want to know something. (pedido
de informação) Ex: Aff: Are you a teacher?
Do you teach English? Neg: Aren't you a teacher? Don't you teach
English?
- 1.2 TAG *: You think something but you want to be sure. (pedido
de confirmação) Ex: Aff: You are a teacher,
aren't you? You teach English, don't you? Neg: You aren't a student,
are you? You don't study French, do you?
- 1.3 INTONATION: You are a little surprised because you thought
the opposite. It can also be used sarcastically. (manifestação
de surpresa ou tom sarcástico) Ex: Aff: You are
a student? You speak Japanese? Neg: You aren't busy? You don't speak
English?
2. INTERROGATIVE-WORD Questions **: What, Where, When, How***, Who,
Whom, Whose, Which, Why. Ex: What time is it? What do you want?
- 2.1 EMBEDDED Questions: An embedded question (pergunta embutida)
is an interrogative-word question within a standard question, often used for
added politness. Ex: Do you know what time it is? Does anyone know where
the teacher is? Can you tell me what time the next bus comes?
3. OR Questions. Ex: Are you a teacher or a student? Do you
prefer coffee or tea?
- * The tag is always negative if the sentence is
affirmative, and vice-versa.
Normally, only the pronouns you, he, she, it, we, they and the subject there
are used in the tags. This, that, these and those become it and they,
respectively.
- In tag questions, a rising intonation usually indicates
a question as defined above, while a falling intonation is usually a comment
which delivers one's opinion and invites the other person to give his or
hers. It is a useful sociable device with a good idiomatic load, which
reveals command over the grammatical structures.
- ** Except for embedded questions, interrogative-word
questions always have a falling intonation.
- *** See some of the possible combinations of the interrogative
word "how" with adjectives and adverbs: how much, how
many, how old, how tall, how heavy, how often, how far, how long, how fast,
how cold, how soon, how strong, how important.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #90: "Were" as subjunctive
Ricardo,
Gostaria que você e sua equipe esclarecessem uma dúvida
que estou tendo. É a respeito do uso de "were"
com a pessoa no singular, como eu vi em um texto num livro da Cambridge
University Press que tenho. A frase é a seguinte: "... if
one American were to give another a present...". Por que "were"
foi usado se a pessoa está no singular? Gostaria de agradecer desde
já a atenção dispensada. Regina <campos*aol.com.br>
Apr 7, 98
A: Prezada Regina,
A ocorrência de "were" na terceira pessoa do
singular refere-se ao subjuntivo (past subjunctive) em inglês.
Corresponde ao "fosse" ou "estivesse"
do português. Mais um exemplo: "The dog growls as if it were
jealous."
Na prática pode-se dizer que o passado do subjuntivo do português
corresponde sempre ao simple past do inglês. Ex:
Eu
estudaria francês se tivesse tempo. - I would study French
if I had time.
Numa visão gramatical mais rígida, entretanto, esse simple
past tem que ser classificado como past subjunctive, sendo diferente
de simple past apenas no verbo to be. Entretanto, em muitos
casos, em linguagem informal, é perfeitamente aceitável que
o "were" seja substituído por "was".
Ex:
If
John were here, we would learn the truth. = If John was here,
we would learn the truth.
Ricardo - EMB
Q #89: Prezados Senhores,
É nosso desejo enviar nossa filha de 15 anos para os EUA em
um programa de intercâmbio - mínimo 6 meses - em 1999. Necessitamos
portanto saber qual o procedimento, já que estamos no Rio de Janeiro.
Existe alguma representação por aqui? Caso positivo, gostaríamos
de saber o custo, se existe parcelamento, passagens, casa de família
- como saber a ideal? Somos desde já gratos.
Atenciosamente, SERGIO/MIRIAN <molrio*rj.sol.com.br> Apr 3, 98.
A: Prezados Sergio e Mirian,
Em primeiro lugar, permitam-me comentar que não existe forma
mais completa de assimilação de uma língua estrangeira
do que aquela proporcionada pelo convívio humano. A oportunidade
de se viver no país estrangeiro e assimilar sua língua e
sua cultura é de absolutamente mais valor do que qualquer instrução
formal recebida em sala de aula.
Existem várias organizações que promovem programas
de intercâmbio para adolescentes nos EUA: AFS (American Field Service),
AYUSA (Academic Year in the USA), CHI (Cultural Homestay International),
PIE (Pacific International Exchange), OCEAN (Organization for Cultural
Exchange Among Nations), FLAG (Foreign Links Around the Globe), ERDT/SHARE
(Educational Resource Development Trust), YFU (Youth for Understanding),
FSL, etc. Todas são organizações norte-americanas
sem fins lucrativos que oferecem programas de 5 e 10 meses através
dos quais o jovem reside em casa de família e frequenta escola
secundária. A maioria desses programas têm aproximadamente
o mesmo custo. No Brasil são normalmente representados por escolas
de inglês ou por agências de viagem.
Leia mais informações sobre programas de intercâmbio
na nossa página: Intercâmbio em High
School nos EUA.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #88: Ricardo,
Parabéns por sua página, ela está sendo de muita
valia para mim, uma bela iniciativa. :-)
Dia 24 de abril próximo estarei completando o meu primeiro ano
na Internet, e desde o início tenho usando IRC para desenvolver
o meu inglês em chat channels onde se falam o inglês.
Devo lhe dizer que no início eu praticamente não tinha conhecimento
da língua, apenas aquelas coisas básicas que aprendi no colégio,
por isso o começo foi muito difícil, mas graças aos
excepcionais amigos que fiz lá, a maioria americanos e canadenses
(que me ajudaram e me ajudam muito), já posso afirmar hoje que tenho
um bom conhecimento em inglês. Consigo entender e me fazer entender
em quase todas as situações. Mas sobram várias dúvidas
para serem esclarecidas, por isso, espero que você possa me ajudar
em algumas delas. Desta maneira lhe peço se é possível
enviar e-mails regulares para isso? Bem aproveito esta mensagem para lhe
pedir o esclarecimento de duas situações para as quais até
agora não obtive resposta:
A) Como posso traduzir a palavra Será em situações
interrogativas como os exemplos abaixo?
1- Será que vai chover? 2- Será verdade aquela história?
3- O homem foi morto durante a noite, será?
B) Como posso traduzir a expressão irônica Prá
variar?
1- Prá variar fui escolhido o bobo da festa; 2- Prá variar
vai chover este fim de semana; 3- Prá variar o minha linha telefônica
caiu.
Bem, espero ser possível ter um esclarecimento de sua parte
e desde já agradeço.
Nadir Tomasini Junior <tomasini*pas.matrix.com.br>, Passo Fundo,
Apr 3, 98.
A: Prezado(a) Nadir,
Obrigado pela visita ao nosso site, pelos elogios, e disponha sempre
que precisares.
- A) SERÁ (QUE) ... = I WONDER IF ...
- Ex: Será que vai chover? - I wonder if it's going to rain.
- Será verdade aquela história? - I wonder if that story
is true.
- O homem foi morto durante a noite, será? - I wonder if the
man was killed during the night.
-
- B) PRÁ VARIAR = FOR A CHANGE
- Ex: Prá variar, fui escolhido o bobo da festa. - For a change,
I was picked as the brunt of the joke.
- Prá variar, vai chover neste fim de semana. - For a change,
it's going to rain this weekend.
- Prá variar, a linha telefônica caiu. - I got cut off,
for a change.
As interpretações acima são as mais aproximadas
que nos ocorreram.
Atenciosamente, Ricardo, Sophie & Meredith - EMB
Q #87: Prezado Ricardo,
Estou iniciando a atividade de coleta de informações
a respeito de franquias na área de ensino de línguas estrangeiras.
Ainda não consegui conhecer inteiramente o site de vocês,
pois a quantidade de informações é muito grande. A
princípio gostaria de parabenizá-los pelo trabalho de divulgação
e pela seriedade que ele nos inspira.
Meu nome é Silvia Helena Rafani, moro na cidade de Campinas/SP.
Sou formada em Letras (Magistério/Inglês) pela PUCCAMP. Durante
pelo menos onze anos trabalhei com Importação/Exportação
em multinacionais da região. Concluí meu curso universitário
o ano passado e por alguns anos estudei também em escolas como Cultura
Inglesa e Michigan. Junho próximo estarei indo para a Inglaterra
para fazer intercâmbio e então prestar o FCE. Acho que demorei
um pouco para iniciar esta atividade, mas sempre tive em mente que poderia
"construir" a minha própria escola de línguas.
Esta ideia foi ainda mais alimentada quando estava na faculdade,
a partir do momento que conhecíamos pessoas ligadas a área
de educação, as quais eram convidadas a ministrar palestras
para os estudantes.
Eu na verdade gostaria de conhecer o sistema de franquia de vocês,
se assim puder chamá-lo. Desde o funcionamento até as obrigações
de ambas as partes (franqueador/franqueado). Gostaria de entender o que
seria o "centro de convívio" que mencionam no site.
Silvia Rafani <rafani*bestway.com.br> Apr 1, 98.
A: Prezada Silvia,
Obrigado pela visita ao nosso site e desculpe a demora em responder.
Estivemos ausentes por alguns dias viajando com um dos grupos de nosso
centro de convívio.
O que oferecemos é um plano de consultoria de baixo custo, regulado
por contratos de seis ou doze meses de duração, que podem
ser renovados ou cancelados a qualquer momento, dependendo da vontade das
partes. Através desse plano fornecemos todo apoio e conhecimento
necessários para a organização e manutenção
de um centro de convívio e intercâmbio cultural igual ao nosso.
Nossos centros de convívio são associações
de pessoas de diferentes nacionalidades com interesses comuns em línguas
e culturas. A ideia é a de criar grupos de pessoas com matching
interests. No caso específico daqueles interessados em inglês,
eles participam de encontros informais com estrangeiros de países
de língua inglesa, native speakers portanto, os quais por
sua vez têm interesse em travar relacionamentos e dessa forma melhor
integrar-se à sociedade brasileira. Criamos assim ambientes naturais
de interação social - the perfect environment for language
acquisition (leia
mais sobre isso aqui).
A diferença entre o plano de consultoria de nossos patrocinadores
e as franquias existentes, é que eles oferecem conhecimento e experiência,
e não um pacote didático rotulado por uma marca que depende
fundamentalmente de verbas publicitárias para ser mantido e comercializado.
Nossos patrocinadores têm uma preocupação mais acadêmica
do que comercial. Proporcionam ao associado autonomia e permitem independência
a qualquer momento. É um projeto mais barato e economicamente mais
viável, mas que pressupõe que o associado tenha plena competência
linguística, de preferência um nível de inglês
equivalente a TOEFL 600+ e alguma
formação em TESL. A propósito, é nossa opinião
que se escolas de línguas estivessem sempre em mãos de que
tem competência linguística e não em mãos
de investidores oportunistas, a eficácia do ensino de línguas
no Brasil seria muito superior.
Os associados também recebem agenciamentos com escolas de ESL
no exterior e com a Universidade de Wisconsin. Veja nossas páginas:
BILC - England
University of Wisconsin-Stevens
Point (ESL Department)
Bronte Language Centre - Canada
Atenciosamente,
Ricardo - EMB
Q #86: Prezado Ricardo,
Com relação ao assunto de franquias, saliento que existem
certas franquias, como por exemplo ......, ......, ...., .... (são
as mais conhecidas em São Paulo) que fornecem material didático
completo aos franqueados, desde livros até modelos de conduta de
professores em sala de aula. Há alguns meses dei aula em uma escola
de línguas de médio porte em Campinas. A escola possuía
seus próprios livros didáticos, mas eu constantemente levava
material extra que eu mesma preparava. Acho isto muito prazeroso. Talvez
seja muito mais cômoda a adoção de livros didáticos
importados. Gostaria de saber a opinião de vocês a respeito
disso. Agradeceria imensamente se pudessem respondê-lo. A opinião
e as informações de vocês me seriam de grande valia.
Grande abraço,
Silvia Rafani <rafani*bestway.com.br> Apr 1, 98.
A: Com relação a
materiais de ensino, eles estão para o instrutor de línguas
estrangeiras assim como as chuteiras estão para o jogador de futebol.
O bom jogador joga bem com qualquer chuteira no pé. A chuteira pode
até causar-lhe um certo desconforto, mas nem por isso ele deixará
de jogar bem.
No aprendizado de línguas estrangeiras
o essencial é o contato humano. Portanto, tudo depende do instrutor
e do aluno, e não do método, nem dos materiais, e muito menos
do nome da escola. Leia
mais sobre esse assunto aqui..
Quanto a modelos de conduta em sala de aula (não
esqueçamos também a padronização arquitetônica
das fachadas das lojas franqueadas), é nossa opinião tratar-se
de itens supérfluos. Eu lhe pergunto se essas escolas citadas por
você não preconizam também a padronização
do pensamento dos alunos para que eles não sintam necessidade de
estruturas ou expressões outras que não as dos Livros 1,
2 e 3 ...
Isso explica o fato de você ter encontrado
prazer em desviar-se da conduta pré-estabelecida. E certamente os
alunos encontraram maior satisfação ainda.
Piaget e Vygotsky, pais da psicologia cognitiva
contemporânea, enfatizam que conhecimento é construído
em ambientes naturais de interação social, estruturados culturalmente.
Cada aluno constrói seu próprio aprendizado num processo
de dentro para fora baseado em experiências de fundo psicológico.
Chomsky enfatiza que linguagem humana é
criativa por natureza (não padronizada). Que o ser humano tem a
capacidade de produzir e interpretar um número infinito de frases
nunca antes produzidas. Krashen, por seu turno,
conclui que o ensino de línguas eficiente não é aquele
que depende de receitas didáticas em pacote ou que busca apoio de
equipamentos caros, mas sim aquele que explora a habilidade do instrutor
em criar situações de comunicação autêntica,
dentro ou fora de uma sala de aula.
Obrigado pela sua participação e disponha sempre do nosso
web site. Ficarei aguardando comentários.
Atenciosamente, Ricardo
Q #85: Convivência x materiais
Senhores, Estou de mudança para o exterior, mas minha família não
fala inglês. Meus filhos têm entre 11 e 14 anos. Gostaria de
adquirir algo que permitisse o estudo auto-didático lá fora.
Há muitos cursos no mercado, porém gostaria de uma indicação
de gente que realmente entenda de todos os aspectos envolvidos, e não
só o comercial. Poderiam ajudar-me?
Benedito Soares <kennedy*escelsa.com.br> Mar 26, 98.
A: Prezado Benedito,
Crianças constroem seu próprio aprendizado a partir de situações reais.
Têm portanto mais resistência ao aprendizado artificial e dirigido do que adultos. Elas só procuram
assimilar e fazer uso da língua estrangeira em situações de autêntica necessidade. Ao
invés de planos e materiais didáticos, a criança (mais do que o adulto) precisa de contato humano
e nada mais.
Presumo que vocês vão residir em país de língua inglesa, e por um período de um ano
ou mais. Presumo também que você vai matricular seus filhos numa escola de segundo grau de lá.
Se este for o caso, você não precisa se preocupar antecipadamente com o aprendizado da língua
inglesa por parte de seus filhos. Quando lá chegarem, assimilarão completamente a língua e a
cultura de forma natural em menos de um ano. Passarão por um choque inicial durante 2 ou 3 meses, durante
os quais ninguém precisa se preocupar; estarão plenamente entrosados com o novo ambiente (amizades, etc.)
em mais ou menos 4 ou 6 meses; e estarão falando inglês sem sotaque em aproximadamente 1 ano ou pouco mais.
Você não vai precisar gastar nem um tostão. Seus filhos vão aprender mais brincando com o vizinho
do que estudando em casa com o melhor e mais caro conjunto de materiais didáticos que eu pudesse lhe recomendar.
Sabe-se hoje que, principalmente no caso de jovens, a assimilação natural do idioma é mais
do que 99% responsável pelo êxito, do que o estudo formal que proporciona conhecimento a respeito
do idioma. Veja mais
sobre este assunto na nossas páginas:
O Aprendizado
de Crianças,
O que Significa Aprender Inglês?
e
O Aprendizado de Línguas ao Longo
de um Século.
Atenciosamente, Ricardo
Q #84: Olá Ricardo,
Me chamo Rogério Rezende, vocês já esclareceram
algumas dúvidas que tive, e por isso sou muito agradecido. Estou
enfrentando um problema e gostaria que me ajudasse. Faço inglês
na POLI-USP aos sábados (estudo à noite), e agora fui para
o Intermediate-I, mas eles só fecham turmas a partir desse estágio
durante a semana. Ou seja, terei de parar de estudar ou entrar em outra
escola. Fiz exames no Cultura Inglesa e União Brasil Estados Unidos,
fiquei espantado com os preços que vão de R$680 a R$830 o
semestre, o preço na POLI era 340. Então pensei em estudar
por conta e talvez até tomar aulas com prof. particular. Usaria
livros, filmes, fitas, internet... Na POLI estudava pra valer durante a
semana e tirava minhas dúvidas aos sábados. Agora esse contato
com estrangeiros vai faltar. Possuo os livros English Streamline da Oxford,
e os Blueprint 1, 2 e um Choice Intermediate. Pena que não haja
uma S&K aqui em São Paulo. Assim, gostaria que me indicasse
livros, e sobre o que devo fazer para que não esqueça o que
aprendi.
Rogerio Resende <RogerioR*bf.com.br> Mar 8, 98.
A: Prezado Rogério,
Nada substitui o contato humano em aprendizado
de línguas. Nós aqui acreditamos mais naquilo que Stephen
Krashen define como language acquisition e menos em language
learning. Sabemos que línguas estrangeiras não são
ciências exatas e lógicas, que possam ser "estudadas",
mas sim habilidades desenvolvidas e assimiladas na prática e no
contato com native speakers, autênticos representantes da
língua e da cultura. Esqueça a gramática e os livros,
principalmente aqueles de cursinhos tipo Livro 1, Livro 2. Não é
por esse caminho que passa o verdadeiro e completo aprendizado da língua.
Procure um instrutor competente. Veja mais sobre o assunto em nossas páginas:
O que é aprender inglês
Como escolher uma escola de inglês
Aprendizado de línguas (retrospectiva)
A teoria de Stephen Krashen
Language Acquisition x Language Learning
A psycholinguistic approach
José Carlos e o ensino de línguas no Brasil
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #83: Em primeiro lugar
parabenizo-vos pela exelente utilização dos meios eletrônicos,
tornando a Internet não apenas atraente, mas realmente útil.
Em meu trabalho às vezes necessito dialogar em inglês com
um britânico. Outro dia fizemos uma confraternização
(churrasquinho) e ele perguntou-me o que era aquele pó no prato
do salsichão (referia-se à farinha de mandioca). Fiquei devendo
esta e ainda estou. Se puderem me ajudar, agradecemos. Bye.
Silvio Martins <smartins*infoway.com.br> Feb 25, 98
A: Prezado Sílvio,
Você pode explicar que trata-se de starch obtained from yuca
or cassava. Pode denominá-la de yuca flour ou yuca
meal. Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #82: Hi, estudo inglês
há 2 anos mas tenho o conhecimento equivalente a um aluno que estudou
4, intermediário, vocabulário de aproximadamente 2000 palavras,
entendo o sentido das conversas. Tenho intenção de me tornar
um professor. Se eu for aos EUA unicamente para estudar durante 3 ou 4
meses, o investimento compensa? Pessoas dizem que você volta praticamente
fluente. Será mesmo? Qual a diferença entre estudar lá
e aqui? Dizem que um mês lá corresponde a 6 aqui. Estou tentando
esta resposta há bastante tempo, se puderem me ajudar, ficarei extremamente
agradecido. Parabéns pela home page. "DIG" <dig*net21.com.br>
Feb 24, 98
A: Sem dúvida, nada substitui a experiência
de viagem e de convívio em país de língua inglesa.
Plena competência linguística depende também de
competência cultural. São dois aspectos interligados. Você
precisa conhecer a maneira como agem e pensam aqueles que representam a
cultura do país cuja língua você está aprendendo.
Não se trata apenas de formas linguísticas, mas de todo
um conjunto de atitudes em sociedade que influenciam a maneira de pensar,
de interpretar fatos e de interagir. Três ou quatro meses, entretanto,
me parece pouco. Se você pretende tornar-se instrutor de inglês,
o ideal seria que fosse mais de um ano, e que procurasses fazer um TESL Certification,
cursos de normalmente um semestre que ensinam como ensinar inglês
a pessoas que não falam inglês como língua materna.
Veja também Fluência em Inglês:
aqui ou no Exterior?
Quanto a estudar aqui ou no exterior, depende de onde e com quem você
estuda. Veja nossa página Como Escolher
um Curso de Inglês sobre qualificações de escolas
e de instrutores de inglês.
Atenciosamente, Ricardo
Q #81: Tenho dúvidas
sobre o uso de person e people. Person seria uma pessoa,
agora se estou me referindo a duas ou mais pessoas conhecidas? Seria: I
gave a chocolate to two persons friends of mine. Ou seria: I gave
a chocolate to two people friends of mine. Sempre entendi que peolpe
seria povo, no sentido de pessoas genéricas, sem vínculo
com quem fala. Ou seja, existe persons no plural? Rolf Arno Alrutz
<rolf*plug-in.com.br> Feb 23, 98
A: A palavra people tem ambos os sentidos: o de
povo (nação) e de pessoas. Portanto, na prática, people
é o plural de person. Person não é normalmente
usado no plural. Ex: There is a person in the room. / There are two
people in the room.
Uma das raras ocorrências da palavra persons é em contextos
jurídicos. Ex: The missing persons file.
No seu exemplo, eu diria: I gave two friends of mine some chocolate.
Atenciosamente, Ricardo
Q #80: make, do ou
take a test?
1) Quando desejo dizer que fui fazer um teste de direção
ou um teste de português, no sentido de eu responder ao teste ou
estar sendo examinado: Qual a forma correta? I do a test
ou I make a test? 2) E se eu elaborar o teste para outras
pessoas responderem? Rolf Arno Alrutz <rolf*plug-in.com.br> Feb 23,
98
A: Prezado Rolf,
O verbo fazer do português
funciona como coringa, isto é, desempenha um grande número
de funções, cobrindo uma área de significado muito
grande e não possuindo portanto um significado claro e preciso.
É fácil de se imaginar o que acontece quando transpomos essas
ideias para outra língua.
Fazer um teste
(ser avaliado) = Take a test. (Para alguns falantes nativos "do a test"
também é aceitável)
Fazer
um teste (criar as perguntas) = Make a test ou write a test.
Fiz
um exame e me saí bem. = I took an exam and did well.
Veja também Make, Do, Take & Get.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #79: professor nativo ou não-nativo?
Ricardo! "Um bom instrutor não precisa ser nativo, mas se for, melhor." Todos
os nativos e a maioria daqueles que tinham experiência no exterior foram profissionalmente
fracassados como professores na escola onde fiz o meu curso. Acho que não é bem
assim como vocês colocam o que é um bom instrutor. E concordo plenamente com Viviane
Carvalho/ 24.Jan.98. Gostaria de parabenizá-los por seu site que é sem dúvida
o melhor!! Abraços. Adriana Scarpari - SP <adriana.scarpari*merconet.com.br>
Feb 11, 98
A: Prezada Adriana,
Obrigado pela visita ao nosso site e pelo elogio.
Em primeiro lugar, eu gostaria de lembrar que
ser ou não ser nativo seria uma generalização um tanto
excessiva. Seria como dizer que todas as pessoas altas que jogaram no nosso
time de basquete não deram certo, portanto os altos não são
bons jogadores e os baixos todos são. É claro que ser alto
é um pré-requisito importante, mas não é tudo.
Assim como também nada impede uma pessoa de baixa estatura tornar-se
um bom jogador. Eu próprio sou brasileiro, nascido e criado no Brasil,
nonnative em inglês e, permitindo-me deixar a modéstia
de lado, reconhecido como bom professor de inglês.
Quando falamos em nativos, talvez devêssemos
dizer professores nativos, o que pressupõe outras habilidades
além da fundamental que é falar a língua como língua
mãe.
Além de plena competência linguística
e cultural, e de qualificação acadêmica, existem certas
características de personalidade e habilidades no plano psicológico
também altamente desejáveis. O bom instrutor de línguas
é aquele que desenvolve autoestima e autoconfiança no aluno.
É aquele que se coloca num plano de igualdade e não de superioridade.
É aquele que explora o plano afetivo. O bom instrutor é aquele
que vê a realidade pela ótica do aluno. É aquele que
se projeta dentro do aluno; que em vez de livros e fitas, explora os pensamentos
do aluno, seus valores e suas verdades, mesmo os mais íntimos, e
ajuda o aluno a traduzi-los em linguagem correta e elegante. É aquele
que apresenta a língua na sua finalidade prática como meio
de expressão, servindo ao aluno, e não levando o aluno a
dobrar-se às regras e irregularidades da língua.
Em segundo lugar, provavelmente a escola onde
fizeste o teu curso enfatiza language learning em vez de language
acquisition.
A distinção entre learning
e acquisition é uma das hipóteses (a mais importante)
estabelecidas por Stephen Krashen em sua amplamente
aceita e respeitada teoria sobre aprendizado de línguas estrangeiras.
O conceito de language learning
está ligado à abordagem tradicional ao ensino de línguas.
Refere-se ao entendimento pelo aluno da estrutura e das regras do idioma
através de esforço intelectual e de sua capacidade dedutivo-lógica.
É um processo progressivo e cumulativo através do qual busca-se
proporcionar ao aluno um acúmulo de informações a
respeito do idioma, o qual espera-se venha a se transformar na habilidade
de entender e falar o idioma estrangeiro.
Language acquisition refere-se
ao processo de assimilação subconsciente, natural, indutivo,
fruto de situações reais de interação humana,
semelhante ao proceso de assimilação da língua materna
pelas crianças; processo esse que produz habilidade funcional e
não necessariamente conhecimento.
Estabelecida claramente esta distinção,
Krashen sustenta que acquisition é mais importante do que
learning para o ensino de línguas, mas que este maior grau
de importância pode variar de pessoa para pessoa. Diferenças
de idade, de personalidade, e diferenças culturais vão afetar
essa relação de importância entre acquisition
e learning, e a nossa experiência tem demosntrado que são
os alunos com talento os que mais se beneficiam da abordagem voltada a
language acquisition. Krashen conclui também que o ensino
de línguas eficiente não é aquele atrelado a um pacote
didático predeterminado nem aquele que utiliza modernos recursos
tecnológicos, mas sim aquele que explora as habilidades pessoais
do instrutor em criar situações de comunicação
real voltadas às áreas de interesse do aluno (learner-centered
activities).
O que defendemos, é uma ênfase em language acquisition,
sem neglicenciar language learning. Aos native speakers deve ficar
a responsabilidade de conduzir os encontros de maneira a envolverem-se com os
brasileiros pessoalmente, discutindo diferenças culturais, proporcionando-lhes
comprehensible input, criando situações para que ocorra acquisition.
Em paralelo (no caso da escola patrocinadora deste site), um professor brasileiro
(mestrado em TESL e TOEFL 630) está semanalmente à disposição de todos alunos
para aulas complementares de orientação pedagógica, gramatical e esclarecimentos
sobre dificuldades encontradas nos encontros de conversação. Discute-se fonologia,
vocabulário e estruturação gramatical do inglês, tudo sob a luz da linguística
comparada, proporcionando dessa forma language learning, ou seja, conhecimento
a respeito do idioma, para aqueles que disto se beneficiam.
Nessa função de professor que transmite
conhecimento ao aluno a respeito do idioma, um nonnative bem preparado
leva vantagem. Entretanto, na função de agente cultural e
parceiro do aluno no esforço de vencer os obstáculos naturais
de comunicação, proporcionando good-quality input,
o native speaker bem conscientizado do seu papel é indiscutivelmente
superior.
Obrigado pela sua participação
e pelo estímulo. Ficaremos aguardando sua resposta.
Atenciosamente, Ricardo - EMB
Q #78: Lendo textos em
inglês sempre encontramos a expressão "...NO LONGER...".
Gostaria de saber quando devemos usá-la e se é muito usada
no cotidiano.
Obrigado. Rogério Rezende <RogerioR*bf.com.br>. Feb 11,
98
A: Prezado Rogério,
Obrigado pela visita ao nosso site. No longer ... é uma
forma mais formal que predomina em linguagem escrita, e que corresponde
ao mais coloquial: not ... any more.
Atenciosamente, Ricardo e Sophie
Q #77: Hello! My name is
Fernanda Santana Pereira. I am a graduated student and I'd like that you
send adresses of Internet sites for students of English, if possible. Thank
you very much. Faver <Faver*cpunet.com.br>. Feb 10, 98
A: Hi Fernanda,
Thank you for visiting our web site and sorry for the delay in replying.
There are thousands of Internet sites related to ESL. If you use any
of the search engines like AltaVista or Yahoo, and type ESL, or EFL, or
English study, or any other combination of context-related words, you'll
find a huge quantity of sites. One very special site that I recommend is
Dave's ESL Cafe <http://www.pacificnet.net/~sperling/eslcafe.html>.
If you are a Brazilian, native speaker of Portuguese, I recommend you our
own site <http://www.sk.com.br/sk.html>, which includes a wealth
of teaching materials based on contrastive linguistics. In one of our pages
<http://www.sk.com.br/sk-wrlab.html> you'll find several links to
writing clinics of different American universities.
Good luck and feel free to contact us again if you have any further
questions.
Regards, Ricardo
Q
#76: Gostaria de saber qual a diferença entre BESIDE e BESIDES
e, em quais situações devemos usar um ou outro? Rogério
Rezende <RogerioR*bf.com.br>. Feb 9, 1998
A: Prezado Rogério,
Obrigado pela visita ao nosso site
e desculpa a demora em responder.
Beside pode ser advérbio
e preposição, e significa: ao lado, ao lado de, junto
de, do lado. Transmite uma ideia de lugar.
Besides também
pode ser advérbio e preposição, e significa: além
disso, ademais, outrossim, além de.
Embora seja possível a ocorrência
de beside como sinônimo de besides, isto não
é comum e não soa bem aos ouvidos de native speakers.
Atenciosamente, Ricardo
Q #75: Por favor, qual
o significado da frase "hanky panky" (está na letra da
música Barbie) e não consigo localizar em nenhum dicionário.
Ficaria muito grato pela resposta. Jairo <jairo*mymail.com.br> Brasília,
Jan 29, 1998
A: Prezado Jairo,
Obrigado pela visita ao nosso site.
- hanky-panky (n) -
1) num contexto de gíria atual, tanto no inglês norte-americano
quanto no britânico, hanky-panky significa sex, the act
of fooling around not necessarily having sex but getting close, having
fun with sex of some kind, o ato de divertir-se sexualmente. 2)
num contexto mais tradicional, hanky-panky pode significar atividade
questionável ou fraudulenta. 3) pode também significar
conversa ou atividade inconsequente.
Atenciosamente, Ricardo, Sophie
e Meredith - EMB
Q #74: Olá Ricardo!
Espero que entenda Português (lógico que sim!!). Tenho 21
anos de idade, 3 anos de experiência no ensino de idiomas (TOEFL
600) e as afirmações que vc faz no seu texto me deixaram
intrigada. Nunca morei em país de língua inglesa, tudo aquilo
que sei aprendi aqui. Vc realmente acha ser necessária a vivência
no exterior para fazer um bom instrutor de idiomas? Conheço vários
docentes que tem um ótimo conhecimento do inglês, ótima
didática, pronúncia, etc e que nunca moraram fora. Vc somente
contrata native speakers para a sua escola? Será que não
seria o caso de valorizar o "produto nacional"?? Espero que possamos
trocar ideias sobre alguns pontos e sobre essa paixão que
temos em comum: o inglês!!! desde já grata, Viviane Carvalho
<viviane*regra.com.br> Jan 24, 1998.
A: Prezada Viviane:
Obrigado pela visita ao nosso site. Eu também
sou brasileiro, considerado um bom professor de inglês, responsável
pela orientação pedagógica, pelas aulas de linguística
comparada e pela orientação quanto à metodologias
de aprendizado da escola que nos patrocina. Se deres uma olhada na nossa
página O que é um bom instrutor,
terás uma ideia mais precisa do que consideramos um bom instrutor.
Com relação a ser ou não
ser native speaker, vários autores já se referiram
sobre a superioridade dos mesmos como instrutores de língua estrangeira.
Leia por exemplo:
Hammerly, Hector. Fluency and Accuracy.
Clevedon, England: Multilingual Matters, 1991.
Nas páginas 48 e 84 Hammerly faz interessantes
observações sobre a questão. Entretanto, se tua habilidade
em inglês equivale a TOEFL 600,
já tens uma das qualificações fundamentais para te
tornares uma boa professora de ESL.
Tudo depende muito também da abordagem
ao ensino da língua que for usada. Observa que a abordagem por nós
preconizada enfatiza mais o contato humano do que o plano didático.
Acreditamos mais em language acquisition
do que em language learning (Krashen).
Em vez de sala de aula, professor e aluno, criamos centros de convívio
que proporcionam ao aluno uma experiência muito parecida com a que
ele teria se participasse de um programa de intercâmbio cultural
no exterior. Em vez se seguir uma receita pronta, em vez de trabalhar em
cima de um plano didático preestabelecido e sequencial, trabalhamos
no plano psicológico, adaptando conteúdos e didática
sob-medida, de acordo com as necessidades e interesses de cada grupo. Este
tipo de abordagem exige mais versatilidade e naturalidade com a língua,
e mais competência cultural do que abordagens tradicionais. No mundo
globalizado de hoje, o futuro do ensino de línguas está nos
programas de intercâmbio entre brasileiros e estrangeios, nos ambientes
multiculturais, tanto aqui como no exterior, através de convênios
com escolas e universidades do exterior.
Atenciosamente, Ricardo
Q
#73: Gotta, gonna, wanna.
Parabéns pelo site, achei muito interessante! Sou de São Paulo e gostaria de saber
o significado e onde posso usar "gotta", "gonna", "wanna". Vejo isso em
muitas letras de músicas e perguntando a uma professora de inglês, ela não soube
me responder, disse que pode ser algum tipo de gíria. Agradeço desde já! Aline
<lica*mandic.com.br> Jan 20, 1998.
A: Prezada Aline,
As três formas citadas são contrações do tipo "Tá bom" para "Está
bom", em português. Trata-se de formas do idioma falado reproduzidas ortograficamente.
- gotta = got to
gonna = going to
wanna = want to
Atenciosamente, Ricardo
Q #72: Hello!!! I'd like
a picture of you or yours? Adriana Scarpari <adriana.scarpari*merconet.com.br>
Jan 21, 98
A: Prezada Adriana,
A picture of you significa que a pessoa aparece na foto, enquanto
que a picture of yours significa apenas que a foto pertence à
pessoa, não necessariamente com a pessoa aparecendo nela. Se usássemos
o nome da pessoa em vez do pronome you, as frases ficariam assim:
A picture of John e a picture of John's.
Atenciosamente, Ricardo
Q#71: Queria perguntar sobre uma das respostas
(a de número 11) que vocês deram a um dos usuários
sobre usar in ou on na frase "I'm sitting ____
an armchair.". Vocês responderam que não há o certo e o errado, comparando
a uma frase em português "Vou no cinema" ou "Vou ao cinema". E que
a vocês soaria melhor o in. Em primeiro lugar queria dizer que aprendi
diferente mas também não sei se está correto, apenas me parece mais lógico o uso
do on, pois a pessoa se senta "sobre", "na" poltrona. Daí,
a explicação in não teria muita lógica, a menos no caso do outro exemplo
que vocês deram a outro usuário, dizendo que depende da cadeira que você usa;
se for uma bem fofa, em que você afunda, o mais certo seria o uso do in
porque dá a ideia de que quem senta nela está quase "dentro" da mesma. Quanto
ao português, tenho que discordar propriamente, pois está em desacordo com as
regras gramaticais dizer "vou no cinema". Porque no não dá sentido
de direção, mas sim de repouso. Você "fica no cinema". Mas "vai
ao cinema". E a lógica disso não pode ser camuflada com a desculpa
de que os falantes dizem da primeira forma, e que não há certo ou errado, mas
sim usual e não usual. Se você quer realmente aprender as regras gramaticais,
tem que tentar segui-las. Isso não significa que você deve se tornar um chato
e ficar corrigindo todos numa festa, por exemplo. Mas que, mesmo quando cometer
uma desregra na gramática, tenha consciência de que o está fazendo. Porque se
não houvesse o certo e o errado gramaticalmente, não haveria gramática. Desculpem,
não estou criticando ou querendo dizer que não falo em desacordo com a gramática,
só estou querendo dizer que as regras existem, e se existem devem ter uma utilidade,
mesmo que não sejam bem-quistas ou que muitos não as respeitem, em certos casos
dependemos muito delas, como por exemplo quando procuramos um emprego, quando
entramos numa faculdade, ou elaboramos um trabalho acadêmico. Uma vez, numa aula
de gramática da língua grega na faculdade, o meu mestre, professor Henrique, disse
que a língua portuguesa apresentava muitas regras absurdas, cujos falantes da
língua não usavam ou nem mesmo conheciam a utilidade, e que precisávamos de uma
revisão, uma mudança urgente. Eu concordo, porém não posso rejeitar o fato de
que as regras gramaticais devem ser cumpridas. Portanto, em relação a classificar
em "usual" e "não-usual" trata-se de uma explicação para o uso da língua coloquial.
Não podemos simplesmente utilizar "Nossa empresa irá na conferência da semana
que vem" numa carta comercial, somente porque as pessoas falam mais assim.
Obrigada e perdão por qualquer mal entendido. Ah, por favor, não esqueçam da minha
questão inicial. Grata. Eliana C.Ricca, São Paulo - SP <ncash*sti.com.br>
Jan 20, 98.
A: Prezada Eliana,
Permita-me um comentário antes da resposta: Ah, que bom seria
se as línguas tivessem lógica. Agora a resposta: Consultei
três native speakers, um britânico de 23 anos e dois
norte-americanos, um de 28 anos da costa oeste e outro de 23 anos da costa
leste, todos com formação universitária completa.
Os três foram unânimes na seguinte resposta: - I would say
in. Porém on não soa ungrammatical,
apenas unusual. Um Canadense mais tarde acrescentou: - The two
sentences have distinct meanings. Sitting 'on' the armchair means
sitting on the back or arm of the chair, in other words not the usual manner
of using the armchair. Sitting 'in' the armchair means sitting normally,
on the cushion of the armchair. Todos concordaram com a colocação.
Quanto a seu posicionamento concernente a linguística,
ele está de acordo com a teoria chamada de linguística
normativa, ou prescritiva. Como o próprio nome define,
a gramática prescritiva é uma tentativa de estabelecer um
ordenamento lógico em um determinado idioma e definir normas que
vão determinar o que é apropriado no uso desse idioma. Daí
surge a noção de certo e errado. Aquilo que não estiver
de acordo com as normas, com as regras gramaticais, é classificado
como errado. Esta foi a teoria linguística predominante desde
meados do século 18 até o início deste século,
e ainda encontrada no currículo de muitas escolas hoje.
A partir das décadas de 1920 e 1930, a teoria do estruturalismo
(Ferdinand de Saussure na Europa e Leonard Bloomfield nos EUA) em linguística
passou a questionar a visão prescritiva. No estruturalismo, o fenômeno
existente é o ponto de partida. Observar o fenômeno da linguagem
existente e descrevê-lo passou a ser mais importante do que prescrever
como esse fenômeno deveria ser.
Nos anos 60, a partir do trabalho do norte-americano Noam
Chomsky, a teoria linguística transformacional-gerativa
revolucionou conceitos e trouxe um elemento novo: o de que a linguagem
humana é criativa, e de que a capacidade (competence) de
um native speaker com bom grau de instrução, através
da qual ele consegue produzir um número ilimitado de frases, é
que determina a "gramaticalidade" ou a "aceitabilidade"
da língua.
Por um lado, a nova gramática transformacional-gerativa representou
um movimento de oposição ao então predominante estruturalismo,
mas por outro lado ambos se opõe radicalmente à rigidez da
linguística prescritiva. Isto coloca o estudo da gramática,
quanto a seu aspecto funcional, no papel de descritiva e não
normativa. Levando nosso raciocínio ao extremo, poderíamos
dizer que, se gramática fosse normativa ou prescritiva, deveríamos
voltar a usar o latim vulgar. Talvez nosso exemplo (Vou ao/no cinema)
não tenha sido feliz. O fato é que regras gramaticais são
úteis se dinâmicas; se relativas e não absolutas. Devem
acompanhar com agilidade as transformações que inexoravelmente
ocorrem em todos os idiomas, ao sabor de fenômenos econômicos,
sociais, culturais, etc.
Este é um assunto não apenas polêmico, mas também
complexo e inesgotável. Ficamos por aqui e nos desculpamos pela
demora em responder. Esta demora foi causada pela inteligência de
sua intervenção, a qual exigiu mais esforço de nossa
parte. Obrigado pelo estímulo.
Atenciosamente, Ricardo
Q
#70: Por favor, gostaria de saber tudo sobre como se usam as palavras
"either", "neither" e "nor".
Se não for muito incômodo. Já procurei na Internet,
mas só existem alguns exemplos, os quais não foram suficientes
para elucidar minha dúvida. Obrigada. Eliana Ricca - S.Paulo/SP
<ncash*sti.com.br> Jan 20, 98.
A: Prezada Eliana,
Quanto à categoria léxica
em que either, neither e nor podem cair normalmente,
a situação é a seguinte:
Either can be adjective, pronoun, conjunction, and adverb:
adj: There are trees on either side of the street.
pron: Do you want coffe or tea? Either one.
conj: A statement is either true or false.
Neither can be adjective, pronoun, and conjunction:
adj: On neither side of the street are there any trees.
pron: He made two suggestions and neither was accepted. / Neither
of the students has failed.
conj: You didn't do it, neither did I.
Nor can be only a conjunction:
conj: Neither here nor there.
Nor aparece predominantemente com paired conjunction
de neither, como no exemplo acima.
Veja aqui outros exemplos: Neither
my brother nor my sister is here. / Neither my sister nor
my parents are here. / That book is neither interesting nor
accurate. / He has neither a pen nor paper. / He can neither
read nor write.
Pode entretanto aparecer também
isoladamente, embora não seja esta uma ocorrência muito comum.
Ex: He couldn't speak, nor could he walk.
Quanto à função
sintática dessas palavras, parece-me interessante fazer as seguintes
observações:
1) Either + verbo
negativo pode substituir neither + verbo afirmativo, exceto nos
casos em que neither (pronome) esteja na função de
sujeito.
2) Either ... or +
verbo negativo pode substituir neither ... nor exceto quando neither
... nor for sujeito.
3) Embora either não
possa ocorrer como sujeito de um verbo negativo, pode ocorrer como sujeito
ou objeto de verbos afirmativos ou interrogativos.
Abraços,
Ricardo - EMB
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